Os olhos do mundo, ao menos no que se refere ao meio ambiente e
estilo de vida sustentável, estão voltados desde o último domingo para
Durban, cidade litorânea da África do Sul. É lá que acontece, durante as
próximas duas semanas, a COP 17 (17ª Conferência das Partes da
Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas), reunião mais importante do
ano sobre aquecimento global organizada pelas Nações Unidas. São
esperados os principais negociadores e líderes mundiais.
Em pauta, principalmente, a possibilidade de aumentar o período do
Tratado de Quioto, com fim previsto para dezembro de 2012. Segundo ele,
todos os países pertencentes ao Anexo I, ou seja, aqueles desenvolvidos e
que historicamente emitiram gases de efeito estufa para a atmosfera – a
partir da Revolução Industrial – devem reduzir, em média, 5,2% do
lançamento de carbono até 2012, com base no ano de 1990.
São três os principais problemas: este número, embora pouco
ambicioso, ainda não foi alcançado; os países europeus querem que
gigantes como Brasil, China e Índia assumam reduções obrigatórias das
emissões, além, é claro, dos Estados Unidos (e ninguém mostra-se muito
disposto a fazê-lo, principalmente os EUA); O IPCC, Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, composto por mais de
mil cientistas de todo o mundo, avisou com todas as letras – para que os
efeitos das mudanças no clima não sejam absolutamente drásticos, a
temperatura não pode aumentar em mais de 2 graus centígrados até o final
do século.
Enquanto a COP 15, em Copenhague, na Dinamarca (2009), era aguardada
como a mais importante reunião climática do planeta, a COP 16, em Cancún
(2010, no México), progrediu um pouco com a definição de um Fundo Verde
para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas em países em
desenvolvimento, além da inclusão do REDD (Redução de Emissões por
Desmatamento e Degradação Florestal) no documento final.
Agora é torcer para que as discussões na COP 17 fujam dos interesses
políticos e caminhem em direção a um futuro mais sustentável e
equilibrado.
Se você pudesse falar com os negociadores presente à COP 17, o que diria?
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