Nos
próximos dias, a população do planeta atingirá a marca de sete bilhões
de habitantes, um momento crítico que estimula a reflexão sobre como
assegurar um futuro sustentável para tanta gente e para as próximas
gerações sem esgotar os recursos naturais.
As
estatísticas indicam que estamos crescendo a passos relativamente
largos. A boa notícia é que o crescimento foi menor do que o previsto
por estudiosos na década de 1960.
Segundo
um estudo atual da Organização das Nações Unidas (ONU), a estimativa é
que haverá 9,3 bilhões de pessoas no planeta em 2050. E mesmo as
comprovadas quedas nos índices de natalidade em todos os continentes
não são suficientes para haver redução populacional.
Para
o final do século, especialistas já fazem estimativas de que esse
número poderá chegar a 15 bilhões – mais que o dobro dos níveis atuais e
cinco bilhões a mais do já previamente estimado pela ONU.
Diante
dessa realidade, não pensarmos todos de forma sustentável passa a ser
um risco, já que os recursos deverão ser aproveitados da forma mais
racional possível para que seja garantida a segurança alimentar (e
ambiental) de todos.
O
biólogo e professor da universidade de Harvard, Edward O. Wilson,
disse em artigo à BBC Brasil que a preocupação ambiental está muito
focada nas “partes não vivas” do meio ambiente – como a qualidade da
água e da atmosfera e nas mudanças climáticas – e reserva-se pouca
atenção a ecossistemas e à maioria das espécies. Wilson diz que mais
reservas e parques naturais deveriam ser criados, enquanto a raça humana
resolve os problemas de sua espécie.
Mudanças
nos hábitos de consumo e contenção de taxas de natalidade são pontos
destacados pelos estudiosos. Wilson analisa que os ricos têm padrões
“absurdos” de consumo mesmo nos países em desenvolvimento e que essa é
uma perigosa tendência. Segundo ele, é necessário adotar medidas de
limitação desses hábitos de consumo nos países desenvolvidos e
distribuir de maneira mais coerente a riqueza.
Especialistas
em geral estão de acordo com a necessidade urgente de uma mudança de
valores. Especificamente, que a prosperidade de um país seja medida por
sua capacidade em satisfazer as necessidades básicas humanas, fornecer
educação, oferecer métodos de contracepção, incentivar a criatividade,
o senso de comunidade e cooperação e por quão bem seus habitantes
conseguem tratar o meio ambiente. Parece fazer sentido para você?
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