Influenciar positivamente as pessoas ao seu redor. Eu,
particularmente, me interesso em entender por que nós, seres humanos,
agimos de formas tão diferentes frente à natureza e o que pode ser feito
para melhorar a qualidade da nossa relação com ela.
Procurando por material sobre análise comportamental, encontrei a seguinte pesquisa, que agora compartilho com vocês.
Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos queria saber se aquelas placas deixadas nos banheiros de hotéis com a mensagem “Salve o planeta, reutilize sua toalha” faziam de fato alguma diferença no comportamento dos hóspedes.
Para realizar o experimento, os pesquisadores deixaram alguns dos quartos do hotel com a placa e outros quartos sem. Resultado: a placa com esse anúncio não faz diferença alguma. O percentual de hóspedes que reutilizou a toalha nos quartos com a placa foi a mesma que a de hóspedes de quartos sem a placa.
O segundo experimento realizado pelos pesquisadores: avaliar a diferença que a troca do conteúdo do anúncio da placa poderia ter. Ao invés de “Salve o planeta, reutilize a sua toalha”, os pesquisadores escreveram: “A maioria das pessoas que frequentam este hotel reutiliza sua toalha.” Resultado: 20% mais hóspedes reutilizaram as toalhas.
Empolgados com o resultado, os pesquisadores mudaram novamente o anúncio da placa para: “Todas as pessoas que se hospedam no quarto (número do quarto) reutilizam suas toalhas”. Para surpresa geral, em média, 80% mais pessoas reutilizaram as toalhas.
Conclusão: a gente gosta mesmo é de imitar os outros, e quanto mais perto esses outros são da gente, melhor.
Fica cientificamente comprovado por essa e tantas outras pesquisas o fenômeno de imitação social. Esse é um conhecimento que pode ser utilizado de diversas maneiras, por exemplo: suponhamos que você seja um estudante que quer convencer um executivo a se preocupar com os impactos ambientais de sua empresa. Você não irá transformar as opiniões desse executivo mostrando a ele as iniciativas sustentáveis que o pessoal da sua classe adota. No entanto, suas chances de atraí-lo para o tema aumentarão se você mostrar para ele as atitudes sustentáveis que outros executivos bem-sucedidos adotam.
Depois que li essa pesquisa me questionei se o comportamento que tenho hoje influencia positivamente a vida das pessoas ao meu redor. Comecei a me questionar: o mundo seria um lugar melhor se todos agissem como eu?
Acredito que, com isso, eu consegui avaliar bem o que preciso mudar e o que preciso continuar fazendo e recomendo que os leitores também façam o exercício. Afinal, se existe mesmo alguém nos imitando é bom termos certeza de que estamos deixando um bom legado. Não adianta nada somente deixarmos um mundo melhor para os nossos filhos; precisamos também deixar filhos melhores para o nosso mundo.
Se você também gosta desses experimentos de análise comportamental, sugiro que assista a este vídeo.
*Carolina Nalon é bióloga formada na Esalq-USP e life coach da Sociedade Brasileira de Coaching. Atualmente mora nos Estados Unidos e atende profissionais das áreas ambiental/social. Ela também escreve em seu próprio blog: http://carolinanalon.blogspot.
Procurando por material sobre análise comportamental, encontrei a seguinte pesquisa, que agora compartilho com vocês.
Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos queria saber se aquelas placas deixadas nos banheiros de hotéis com a mensagem “Salve o planeta, reutilize sua toalha” faziam de fato alguma diferença no comportamento dos hóspedes.
Para realizar o experimento, os pesquisadores deixaram alguns dos quartos do hotel com a placa e outros quartos sem. Resultado: a placa com esse anúncio não faz diferença alguma. O percentual de hóspedes que reutilizou a toalha nos quartos com a placa foi a mesma que a de hóspedes de quartos sem a placa.
O segundo experimento realizado pelos pesquisadores: avaliar a diferença que a troca do conteúdo do anúncio da placa poderia ter. Ao invés de “Salve o planeta, reutilize a sua toalha”, os pesquisadores escreveram: “A maioria das pessoas que frequentam este hotel reutiliza sua toalha.” Resultado: 20% mais hóspedes reutilizaram as toalhas.
Empolgados com o resultado, os pesquisadores mudaram novamente o anúncio da placa para: “Todas as pessoas que se hospedam no quarto (número do quarto) reutilizam suas toalhas”. Para surpresa geral, em média, 80% mais pessoas reutilizaram as toalhas.
Conclusão: a gente gosta mesmo é de imitar os outros, e quanto mais perto esses outros são da gente, melhor.
Fica cientificamente comprovado por essa e tantas outras pesquisas o fenômeno de imitação social. Esse é um conhecimento que pode ser utilizado de diversas maneiras, por exemplo: suponhamos que você seja um estudante que quer convencer um executivo a se preocupar com os impactos ambientais de sua empresa. Você não irá transformar as opiniões desse executivo mostrando a ele as iniciativas sustentáveis que o pessoal da sua classe adota. No entanto, suas chances de atraí-lo para o tema aumentarão se você mostrar para ele as atitudes sustentáveis que outros executivos bem-sucedidos adotam.
Depois que li essa pesquisa me questionei se o comportamento que tenho hoje influencia positivamente a vida das pessoas ao meu redor. Comecei a me questionar: o mundo seria um lugar melhor se todos agissem como eu?
Acredito que, com isso, eu consegui avaliar bem o que preciso mudar e o que preciso continuar fazendo e recomendo que os leitores também façam o exercício. Afinal, se existe mesmo alguém nos imitando é bom termos certeza de que estamos deixando um bom legado. Não adianta nada somente deixarmos um mundo melhor para os nossos filhos; precisamos também deixar filhos melhores para o nosso mundo.
Se você também gosta desses experimentos de análise comportamental, sugiro que assista a este vídeo.
*Carolina Nalon é bióloga formada na Esalq-USP e life coach da Sociedade Brasileira de Coaching. Atualmente mora nos Estados Unidos e atende profissionais das áreas ambiental/social. Ela também escreve em seu próprio blog: http://carolinanalon.blogspot.
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6 Comentários
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out25Meus parabéns, excelente post!
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out25Concordo que todos devemos pensar em nossas atitudes e principalmente nas consequências que elas implicam para os outros e para o mundo. Entretanto, o conceito de imitação social pode ser válido, mas limitante num contexto em que uma transformação estrutural é necessária. Apesar dos resultados da pesquisa, a imitação não dá conta de realmente transformar atitudes e comportamentos. Somente a compreensão mais ampla de nossas atitudes e escolhas poderá alterar o quadro atual.
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out26Essa estratégia de usar o conceito de imitação é importante, mas ainda é a escola que deveria ser o lugar para dar a partida para uma nova consciência ambiental. Principalmente no nível básico, pois é lá que a criança apreende e fixa os comportamentos.
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out26Muito interessante essa pesquisa. Portanto, agora vou imitá-los e fazer com que me imitem da melhor maneira possível. Se essa for a forma para ajudar o planeta eu aceito.
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out26Além do interessante tema do fenômeno da imitação social, o que mais me chamou a atenção no post foi a frase: precisamos deixar filhos melhores para o mundo. Excelente visão!
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out26Interessante pesquisa, mas não de todo nova. Acredito que o conceito de imitação é inerente ao ser humano desde o nascimento. Os pais, ou melhor a familia são os principais responsáveis pela iniciação da consciencia ambiental. Berço é o que muda ou faz o bom comportamento.
