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terça-feira, 5 de junho de 2012

Lixão de Gramacho é fechado e área deverá produzir biogás



Por Daniel Accioly Nenhum Comentário
O lixão de Gramacho, situado em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, foi fechado no domingo, 3 de junho, em ato simbólico conduzido pelo prefeito Eduardo Paes. Fundado em 1978, o aterro estava recebendo em torno de 80% do lixo da região metropolitana. Mesmo após 34 anos de acompanhamento, ainda não é possível dimensionar o dano ambiental causado pela instalação do lixão.
A obtenção de dados sobre os índices de contaminação de Gramacho é complexa devido aos lixões clandestinos que existem em seu entorno. São pelo menos 42 no total, 21 em plena atividade. O fechamento desses lixões está previsto no projeto do Estado.
Segundo o consórcio Novo Gramacho Energia Ambiental SA, responsável pela manutenção do aterro, nas análises do solo e da água subterrânea são encontrados metais pesados como chumbo, ferro e níquel, provenientes dos lixões clandestinos.
O fechamento de Gramacho é um marco simbólico, mas não resolve o problema do Estado, que conta com outros grandes lixões, principalmente na Baixada Fluminense.
“Quando se fala em 30 municípios com lixões, parece muito, mas é preciso ver a quantidade de lixo que vai parar nesses locais. Em 2010, somente 12% do lixo produzido no Estado ia para aterros sanitários. Hoje, vai 86%, disse o secretário do Ambiente, Carlos Minc, ao “O Globo”.
Localizado às margens da baía de Guanabara, o lixão é considerado o maior da América Latina, agora inativo. Além do impacto ambiental, há um forte impacto social ligado ao lugar, já que era a principal fonte de renda de quase metade da população local. A prefeitura do Rio de Janeiro indenizará os catadores que trabalhavam no lixão de Gramacho. O valor total será de R$ 23,8 milhões, R$ 14.864,55 por trabalhador indicado pelo conselho local de catadores. O seu fechamento será apresentado durante a Rio+20 como exemplo de ação de adequação no campo do tratamento de lixo.
Segundo o jornal “O Globo”, o lixo do município do Rio irá para a Central de Tratamento de Resíduos, em Seropédica. Uma empresa deverá recuperar a área de Gramacho e produzir biogás a partir do lixo que já está lá.
* Com informações de O Globo, Destak e Brasil Atual

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