Uma expedição de pesquisadores na Reserva de Betampona, floresta no nordeste de Madagascar, resultou na descoberta de 76 espécies de rãs diferentes, e 36 dessas são potencialmente novas para a ciência.
A expedição foi coordenada pelo biólogo português Gonçalo Rosa, que
considerada o achado “extraordinário”. O trabalho foi iniciado em 2007,
com uma rotina diária de buscas em rios, ribeiras e charcos, além de
escaladas em árvores e pouquíssimas horas de sono. Após sete meses de
acampamento na região, o trabalho resultou em mais meses de apuração e
cruzamento de dados para catalogar as espécies.
Madagascar é o berço de espécies únicas no mundo, e muitas dessas rãs
provavelmente só existem lá. Porém, de acordo com o pesquisador, ainda
não é possível precisar quantas espécies de anfíbios podem existir em
Betampona, que apesar de ser uma área relativamente pequena, abriga uma
diversidade grandiosa.
Não foi fácil viabilizar o estudo, pois para estruturar toda a
pesquisa, era necessário que empresas oferecessem apoio financeiro.
Apesar de nenhuma empresa portuguesa se prontificar, o grupo conseguiu
apoio do Wildcare Institute, do Zoo de Saint Louis, do Museu Regional de
Ciências Naturais de Turim, na Itália, e da plataforma Gondwana
Conservation and Research.
Gonçalo espera que o trabalho não fique restrito às prateleiras de
bibliotecas. Quer que seja acessível ao grande público. A descoberta
mostra que o trabalho de profissionais que possuem um ideal pode chegar a
grandes resultados. As novas espécies de rãs podem ajudar a compreender melhor todo o ecossistema no qual elas vivem.
* Com informações de ANDA
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