A Bicicleta
Simone
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Sou eu que te levo
Pelos parques a correr
Te ajudo a crescer
E em duas rodas deslizar
Em cima de mim
O mundo fica à sua mercê
Você roda em mim
E o mundo embaixo de você
Corpo ao vento
Pensamento solto pelo ar
Pra isso acontecer
Basta você me pedalar
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Sou eu que te faço
Companhia por aí
Entre ruas, avenidas
Na beira do mar
Eu vou com você comprar
E te ajudo a curtir
Picolés, chicletes
Figurinhas e gibis
Rodo a roda
E o tempo roda
E é hora de voltar
Pra isso acontecer
Basta você me pedalar
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Faz bem pouco tempo
Entrei na moda pra valer
Os executivos
Me procuram sem parar
Todo mundo vive preocupado
Em emagracer
Até mesmo teus pais
Resolveram me adotar
Muita gente ultimamente
Vem me pedalar
Mas de um jeito estranho
Que eu não saio do lugar
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Sou sua amiga bicicleta
Sou eu que te levo
Pelos parques a correr
Te ajudo a crescer
E em duas rodas deslizar
Em cima de mim
O mundo fica à sua mercê
Você roda em mim
E o mundo embaixo de você
Corpo ao vento
Pensamento solto pelo ar
Pra isso acontecer
Basta você me pedalar
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Sou eu que te faço
Companhia por aí
Entre ruas, avenidas
Na beira do mar
Eu vou com você comprar
E te ajudo a curtir
Picolés, chicletes
Figurinhas e gibis
Rodo a roda
E o tempo roda
E é hora de voltar
Pra isso acontecer
Basta você me pedalar
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Faz bem pouco tempo
Entrei na moda pra valer
Os executivos
Me procuram sem parar
Todo mundo vive preocupado
Em emagracer
Até mesmo teus pais
Resolveram me adotar
Muita gente ultimamente
Vem me pedalar
Mas de um jeito estranho
Que eu não saio do lugar
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Bicicleta
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A bicicleta é um veículo com duas rodas presas a um quadro, movido pelo esforço do próprio usuário (ciclista) através de pedais, ou também, um velocípede de duas rodas iguais e de pequeno diâmetro[1][2].
Em pleno século de revoluções industriais e científicas como foi o século XIX, não demorou muito para a draisiana ser modificada e melhorada. Poucos anos se passaram, após o registro de Drais, e o "veículo" foi apresentado em uma estrutura de ferro e também recebeu uma sela, melhorando em resistência e conforto.
No dia 20 de abril de 1829 aconteceu a primeira competição que se tem conhecimento utilizando-se do veículo de duas rodas da época. Neste dia, competiram 26 draisianas percorrendo 5 quilômetros dentro da cidade de Munique[8].
Em 1839, o escocês Kirkpatrick Macmillan adapta ao eixo traseiro duas bielas ligadas por uma barra de ferro. Isto provocou o avanço da roda traseira, dando-lhe maior estabilidade e possibilidade de manuseio e manejo rápido. Com esse mecanismo a bicicleta ficou mais segura e estável, pois nas curvas evitava o antigo jogo do corpo para o lado oposto ao movimento a fim de manter estável o equilíbrio, já que o equipamento em si era bastante pesado[6].
No ano de 1855 o francês Ernest Michaux inventa o pedal, que foi instalado num veículo de duas rodas traseiras e uma dianteira. Os pedais eram ligados à roda dianteira, e o invento ficou conhecido como velocípede, palavra oriunda do latim velocidade e pé ou velocidade movida a pé. Alguns consideram-no a primeira bicicleta moderna, e na verdade ficou sendo chamado de triciclo posteriormente[6].
A prefeitura de Paris criou, em 1862, caminhos especiais nos parques para os velocípedes para não se misturarem com as charretes e carroças, dando assim origem às primeiras ciclovias, pois era comum alguns acidentes, rotineiramente os animais das charretes e carroças assustavam-se, causando sustos e ferimentos aos condutores. No mesmo ano, Pierre Lallement viu alguém andando com uma draisiana e teve a ideia de construir seu próprio veículo, mas com a adaptação de uma transmissão englobando um mecanismo de pedivela giratório e pedais fixados no cubo da roda dianteira. Ele então acabou criando a primeira bicicleta propriamente dita depois que mudou-se para Paris em 1863[9].
A partir da década de 1870, os progressos foram rápidos e consecutivos. Em 1877 os pedais passaram a funcionar na base do quadro, presos a uma engrenagem dentada que uma corrente ligava ao eixo da roda traseira por intermédio doutra engrenagem de menor número de dentes (um sistema on-line de transmissão[10]), assegurando assim, a multiplicação variável conforme as dimensões relativas das duas engrenagens.
Em 1890 aparecia, na Inglaterra, um aparelho chamado "cripto", cujas principais alterações consistiam na presença de rolamentos sobre esferas nos pedais e na aplicação de câmaras de ar às rodas, pois antes, as rodas dos velocípedes não passavam de aro metálico ou de madeira, recoberto, em sua periferia, de borracha maciça destinada a amortecer os choques e ressaltos nos acidentes do caminho. A roda tubular em borracha com uma "alma" contendo ar comprimido foi uma invenção do veterinário escocês Dunlop[5].
Na capital paranaense, em 1895, já existia um clube de ciclistas organizados por imigrantes da colônia alemã local[13] e em São Paulo, dona Veridiana da Silva Prado constrói a primeira praça do país contendo um velódromo. Esta praça era dentro de sua chácara, na região da consolação (atualmente é a Praça Roosevelt), em 1895. Logo em seguida é fundado, na capital paulistana, o Veloce Club Olímpico Paulista; porém, não podemos afirmar, com toda a certeza, que foi no sul ou sudeste do Brasil a primeira aparição do "veículo", mas como a incidência muito grande de imigrantes europeus no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principalmente de alemães (inventores do velocípede), e as famílias abastadas de São Paulo, indicam uma grande probabilidade de que é nestas regiões que ocorreram os primeiros passeios de bicicleta, vindas do velho continente. Isso porque a bicicleta era um produto muito distante para a realidade brasileira entre o final do século XIX e as primeira décadas do século XX, pois o custo de importação ser muito elevado, associando a inexistência de fabricante em território brasileiro[14].
Com os adventos da Primeira Guerra Mundial e a crise americana de 1929, a industria ciclística brasileira restringia-se a fabricação de selim e paralamas e as marcas de bicicletas que dominavam o mercado eram: Bianchi, Lanhagno, Peugeot, Dupkopp, Phillips, Hercule, Raleigh, Prosdócimo, Singer, Caloi e Monark, todas importadas da Europa ou dos Estados Unidos, sendo vendidas em lojas como: Prosdócimo, Casa Luis Caloi, Mappin Stores e Casa Muniz (Prosdócimo, Monark e Caloi, por exemplo, eram bicicletas montadas no Brasil, sendo suas peças importadas dos seus países de origem). A virada desta situação começou em meados da década de 1940, quando houve dificuldades de importação das peças em função da Segunda Guerra Mundial. Empresas como Caloi, Monark e IRCA[15][16] (Irmão Caloi, uma cisão da família Caloi) passaram a produzir grande parte das peças e a partir da década de 1950, as bicicletas destas marcas eram produzidas integralmente no Brasil, graças ao governo de Getúlio Vargas, que visando fortalecer a indústria nacional e a criação de postos de trabalho, aplicou um corte drástico nas quotas de importação dos bens de consumo, atingindo as montadores de bicicletas[14].
Entre a década de 1950 e os anos de 1970, o Brasil possuíu trinta fabricantes que produziam aproximadamente cinquenta marcas/modelos de bicicletas. Mas a partir da década de 1980, apenas duas fábricas: a Caloi e Monark, dominavam 95% do mercado, mesmo assim, houve um novo impulso na fabricação e vendas neste nicho de mercado, graças ao empenho dos fabricantes em juntar forças entre sí, ao criarem, em 1976, a ABRACICLO (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Motonetas, Bicicletas e Similares)[14][17].
A partir dos anos de 2000, os governos locais de vários centros urbanos do Brasil, além do governo federal, passam a projetar investimento em ciclovias, propiciando, assim, um nova procura no velho veículo de duas rodas, seja para lazer, esporte ou para substituir o automóvel no deslocamento residência-trabalho[18][19].
Com a ICA, o ciclismo tornou-se um esporte popular quando passou a oficializar competições européias que antes eram organizadas por entidades particulares e assim o ciclismo pôde fazer parte da primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna realizado em Atenas, em 1896. A nível mundial, o ciclismo ganhou força com a criação da União Ciclística Internacional (Union Cycliste Internationale), fundada em 4 de Abril de 1900 na cidade de Paris (atualmente sua sede é em Aigle, na Suíça)[21].
A primeira corrida de ciclismo documentada foi uma corrida de 1.200 metros ocorrida em 31 de Maio de 1868 no Parque de Saint-Cloud, Paris. A corrida foi vencida pelo inglês expatriado Dr. James Moore que correu em uma bicicleta com pneus maciços de borracha.[22]
A primeira corrida cobrindo a distância entre duas cidades foi Paris-Rouen e também foi vencida por James Moore, que percorreu os 123 quilômetros que separam as cidades em 10 horas e 40 minutos.[23]
A Volta de Portugal é uma das disputas esportivas do ciclismo mais antigas do mundo e é um dos acontecimentos mais populares em Portugal. A primeira edição da "Volta" ocorreu no ano de 1927 e o pódio deste ano foi: António Augusto Carvalho (1° lugar), Nunes de Abreu (2° lugar) e Quirino de Oliveira (3° lugar)[24].
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Etimologia
A palavra deriva do latim bi (dois) e do grego kyklos (rodas), sendo um veículo de duas rodas. Do inglês bicycle com o diminutivo francês bicyclette, foi adaptado do castelhano como bicicleta[3].História
Os primeirros traços da existência da bicicleta tal como a conhecemos hoje, ocorreram em projetos do renomado inventor italiano Leonardo da Vinci, por volta de 1490. Na China a invenção da bicicleta é atribuido ao antigo inventor chinês Lu Ban, que nasceu há mais de 2.500 anos atrás.[4] Em 1680, Stephan Farffler, um alemão construtor de relógios, projetou e construiu algumas cadeiras de rodas tracionadas por propulsão manual através de manivelas, mas o certo é que o alemão Barão Karl von Drais pode ser considerado o inventor da bicicleta, pois, em 1817 ele implementou um brinquedo que se chamava celerífero, desenvolvido pelo Conde de Sivrac em 1780[5]. O celerífero fôra construído em madeira com duas rodas interligadas por uma viga e um suporte para o apoio das mãos e destinava-se apenas a tração utilizando-se dos pés quando o "velocipedista"[5] postava-se na viga de madeira. O Barão Drais instalou em um celerífero um sistema de direção que permitia fazer curvas e com isto manter o equilíbrio da bicicleta quando em movimento, além de um rudimentar sistema de frenagem. O sucesso foi tanto que em abril de 1818, o próprio Barão Drais apresenta seu invento no parque de Luxemburgo, em Paris, e meses mais tarde faz o trajeto Beaune - Dijon, na França. Drais patenteou a novidade em 12 de janeiro de 1818 em Baden, Paris e outras cidades européias. Mesmo sendo um avanço para a época, seu "produto" não tornou-se popular e o Barão foi ridicularizado e seu projeto o tornou um homem falido[6][7].Em pleno século de revoluções industriais e científicas como foi o século XIX, não demorou muito para a draisiana ser modificada e melhorada. Poucos anos se passaram, após o registro de Drais, e o "veículo" foi apresentado em uma estrutura de ferro e também recebeu uma sela, melhorando em resistência e conforto.
No dia 20 de abril de 1829 aconteceu a primeira competição que se tem conhecimento utilizando-se do veículo de duas rodas da época. Neste dia, competiram 26 draisianas percorrendo 5 quilômetros dentro da cidade de Munique[8].
Em 1839, o escocês Kirkpatrick Macmillan adapta ao eixo traseiro duas bielas ligadas por uma barra de ferro. Isto provocou o avanço da roda traseira, dando-lhe maior estabilidade e possibilidade de manuseio e manejo rápido. Com esse mecanismo a bicicleta ficou mais segura e estável, pois nas curvas evitava o antigo jogo do corpo para o lado oposto ao movimento a fim de manter estável o equilíbrio, já que o equipamento em si era bastante pesado[6].
No ano de 1855 o francês Ernest Michaux inventa o pedal, que foi instalado num veículo de duas rodas traseiras e uma dianteira. Os pedais eram ligados à roda dianteira, e o invento ficou conhecido como velocípede, palavra oriunda do latim velocidade e pé ou velocidade movida a pé. Alguns consideram-no a primeira bicicleta moderna, e na verdade ficou sendo chamado de triciclo posteriormente[6].
A prefeitura de Paris criou, em 1862, caminhos especiais nos parques para os velocípedes para não se misturarem com as charretes e carroças, dando assim origem às primeiras ciclovias, pois era comum alguns acidentes, rotineiramente os animais das charretes e carroças assustavam-se, causando sustos e ferimentos aos condutores. No mesmo ano, Pierre Lallement viu alguém andando com uma draisiana e teve a ideia de construir seu próprio veículo, mas com a adaptação de uma transmissão englobando um mecanismo de pedivela giratório e pedais fixados no cubo da roda dianteira. Ele então acabou criando a primeira bicicleta propriamente dita depois que mudou-se para Paris em 1863[9].
Evolução
Os velocípedes do início da segunda metade do século XIX tinham os pedais fixos ao eixo da roda da frente que era, portanto, simultaneamente motora e diretriz. A velocidade de deslocamento dependia exclusivamente da aceleração rotativa dos pedais e o desejo de obter maior rendimento levou os construtores a procurar um recurso que favorecesse a ação mecânica do velocipedista. A solução mais fácil foi o aumento do diâmetro da roda motora, levando ao aparecimento, em 1874, da "grande bi" ou "biciclo", com rodas desiguais, ou seja, uma que atingia um diâmetro de um metro e meio e a de trás reduzida ao mínimo necessário para garantir o equilíbrio[5].A partir da década de 1870, os progressos foram rápidos e consecutivos. Em 1877 os pedais passaram a funcionar na base do quadro, presos a uma engrenagem dentada que uma corrente ligava ao eixo da roda traseira por intermédio doutra engrenagem de menor número de dentes (um sistema on-line de transmissão[10]), assegurando assim, a multiplicação variável conforme as dimensões relativas das duas engrenagens.
Em 1890 aparecia, na Inglaterra, um aparelho chamado "cripto", cujas principais alterações consistiam na presença de rolamentos sobre esferas nos pedais e na aplicação de câmaras de ar às rodas, pois antes, as rodas dos velocípedes não passavam de aro metálico ou de madeira, recoberto, em sua periferia, de borracha maciça destinada a amortecer os choques e ressaltos nos acidentes do caminho. A roda tubular em borracha com uma "alma" contendo ar comprimido foi uma invenção do veterinário escocês Dunlop[5].
O início da fabricação em série
Pierre Lallement, um francês fabricante de carrinhos de bebês, entrou com a primeira patente de um modelo de velocípede nos Estados Unidos da América em 1866, fabricando algumas unidades, porém, sem muito sucesso. Lallement vendeu sua patente e os projetos para os irmãos Oliver que se associaram ao ferreiro Pierre Michaux para fundar, na França, a empresa Michaux and Company, em 1875. Assim nasceu a primeira indústria de bicicletas consolidada pelo mercado consumidor, pois as mesmas tornaram-se uma mania em Paris[11][12].Pneu
Entre o final da década de 1880 e 1900, o mercado de peças e acessórios em torno da bicicleta cresceu. Um importante passo para a segurança e o conforto dos "bicicletistas", foi no desenvolvimento e produção do pneu. Em 1888 John Boyd Dunlop patenteou o pneu com câmara de ar e pouco tempo depois, em 1891, Edouard Michelin, Francês, aparece nas competições com seus pneus sem câmara de ar[6].A bicicleta no Brasil
No final do século XIX a bicicleta chega ao Brasil vinda da Europa e os primeiros relatos de sua existência em território tupiniquim são no Paraná, mais precisamento em Curitiba, cidade que recebeu muitos imigrantes europeus desde a segunda metade do século XIX e em São Paulo.Na capital paranaense, em 1895, já existia um clube de ciclistas organizados por imigrantes da colônia alemã local[13] e em São Paulo, dona Veridiana da Silva Prado constrói a primeira praça do país contendo um velódromo. Esta praça era dentro de sua chácara, na região da consolação (atualmente é a Praça Roosevelt), em 1895. Logo em seguida é fundado, na capital paulistana, o Veloce Club Olímpico Paulista; porém, não podemos afirmar, com toda a certeza, que foi no sul ou sudeste do Brasil a primeira aparição do "veículo", mas como a incidência muito grande de imigrantes europeus no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principalmente de alemães (inventores do velocípede), e as famílias abastadas de São Paulo, indicam uma grande probabilidade de que é nestas regiões que ocorreram os primeiros passeios de bicicleta, vindas do velho continente. Isso porque a bicicleta era um produto muito distante para a realidade brasileira entre o final do século XIX e as primeira décadas do século XX, pois o custo de importação ser muito elevado, associando a inexistência de fabricante em território brasileiro[14].
Com os adventos da Primeira Guerra Mundial e a crise americana de 1929, a industria ciclística brasileira restringia-se a fabricação de selim e paralamas e as marcas de bicicletas que dominavam o mercado eram: Bianchi, Lanhagno, Peugeot, Dupkopp, Phillips, Hercule, Raleigh, Prosdócimo, Singer, Caloi e Monark, todas importadas da Europa ou dos Estados Unidos, sendo vendidas em lojas como: Prosdócimo, Casa Luis Caloi, Mappin Stores e Casa Muniz (Prosdócimo, Monark e Caloi, por exemplo, eram bicicletas montadas no Brasil, sendo suas peças importadas dos seus países de origem). A virada desta situação começou em meados da década de 1940, quando houve dificuldades de importação das peças em função da Segunda Guerra Mundial. Empresas como Caloi, Monark e IRCA[15][16] (Irmão Caloi, uma cisão da família Caloi) passaram a produzir grande parte das peças e a partir da década de 1950, as bicicletas destas marcas eram produzidas integralmente no Brasil, graças ao governo de Getúlio Vargas, que visando fortalecer a indústria nacional e a criação de postos de trabalho, aplicou um corte drástico nas quotas de importação dos bens de consumo, atingindo as montadores de bicicletas[14].
Entre a década de 1950 e os anos de 1970, o Brasil possuíu trinta fabricantes que produziam aproximadamente cinquenta marcas/modelos de bicicletas. Mas a partir da década de 1980, apenas duas fábricas: a Caloi e Monark, dominavam 95% do mercado, mesmo assim, houve um novo impulso na fabricação e vendas neste nicho de mercado, graças ao empenho dos fabricantes em juntar forças entre sí, ao criarem, em 1976, a ABRACICLO (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Motonetas, Bicicletas e Similares)[14][17].
A partir dos anos de 2000, os governos locais de vários centros urbanos do Brasil, além do governo federal, passam a projetar investimento em ciclovias, propiciando, assim, um nova procura no velho veículo de duas rodas, seja para lazer, esporte ou para substituir o automóvel no deslocamento residência-trabalho[18][19].
A bicicleta no esporte
O ciclismo como atividade desportiva teve seus primeiros atos oficiais na Inglaterra com a criação da Bicicle Union (BU) no final do século XIX e alguns anos depois da BU, a itália criou a União Velocipédica Italiana. Em 1892 houve a intenção de oficializar competições a nível continental com a criação da Internacional Cyclist Association (ICA), com sede em Londres, agrupando as entidades da Inglaterra, Bélgica, Itália, Holanda, Alemanha e França, mais o Canadá e os Estados Unidos da América[20].Com a ICA, o ciclismo tornou-se um esporte popular quando passou a oficializar competições européias que antes eram organizadas por entidades particulares e assim o ciclismo pôde fazer parte da primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna realizado em Atenas, em 1896. A nível mundial, o ciclismo ganhou força com a criação da União Ciclística Internacional (Union Cycliste Internationale), fundada em 4 de Abril de 1900 na cidade de Paris (atualmente sua sede é em Aigle, na Suíça)[21].
A primeira corrida de ciclismo documentada foi uma corrida de 1.200 metros ocorrida em 31 de Maio de 1868 no Parque de Saint-Cloud, Paris. A corrida foi vencida pelo inglês expatriado Dr. James Moore que correu em uma bicicleta com pneus maciços de borracha.[22]
A primeira corrida cobrindo a distância entre duas cidades foi Paris-Rouen e também foi vencida por James Moore, que percorreu os 123 quilômetros que separam as cidades em 10 horas e 40 minutos.[23]
A Volta de Portugal é uma das disputas esportivas do ciclismo mais antigas do mundo e é um dos acontecimentos mais populares em Portugal. A primeira edição da "Volta" ocorreu no ano de 1927 e o pódio deste ano foi: António Augusto Carvalho (1° lugar), Nunes de Abreu (2° lugar) e Quirino de Oliveira (3° lugar)[24].
Anatomia da bicicleta
Abaixo as principais peças e sistemas que constituem a bicicleta ou velocípede. Como existe uma diversificado de expressões locais e regionais, bem como, entre o Brasil e Portugal, alguns itens apresentam estas variações[25][1][26].- Quadro (chassi) - Tubos de aço chamados da "alma" da bicicleta. Destinado a receber a montagem das principais peças do velocípede. A região dianteira do quadro recebe o garfo e a roda dianteira e a extremidade posterior é formado por duplos "braços" de metal para acomodar o rodado traseiro e seus mecanismos. Na região superior é instalado o selim e na inferior esta localizado o movimento central com as pedivelas.
- Roda - Formada por grandes anéis (aros) metálicos ligados por raios ao cubo com blocante ou porca.
- Garfo - Peça que aloja a roda dianteira, semelhante a uma forquilha, pois é formada por duas hastes paralelas. Nela se conecta o sistema de direção (guidão e mesa) à roda dianteira, passando pelo quadro da bicicleta.
- Guidão (Guidom, direção, guiador (em Portugal)) - Peça tubular fixado no garfo e destinado a orientar a movimentação da bicicleta.
- Selim (sela, banco, coxim) - É o acento para a acomodação do ciclista.
- Corrente (correia) - Com um conjunto de elos metálicos e flexiveis é formado a corrente da bicicleta (corrente de roletes). A corrente faz a conexão entre a coroa fixada na pedivela e a catraca ou o cassete na roda traseira.
- Freio (trava, travão (em Portugal)) - Equipamento de segurança da bicicleta. É acionado por cabos de aço através do manete de freio. Quando acionado o manete, sua força/pressão é transmitida através do cabo de aço para acionar as sapatas de freio fixadas próximo ao aro das rodas que executam a frenagem através da fricção de uma borrracha com o aro. Em bicicletas mais antigas, o freio esta presente na pedivela e no mecanismo do movimento central conhecido por freio contra pedal ou torpedo. Freio a disco: peça similar ao freio a disco dos automóveis, com um disco instalado no cubo da roda e outro conjunto preso ao quadro ou ao garfo.
- Pneu - Peça constituída de protetores de lona e borracha que se encaixa no aro da roda. Recebe uma câmara tubular, também de borracha, que se enche com ar comprimido numa determinada calibragem para que suporte o peso associado da bicicleta e do ciclista juntos. Os pneus servem para amortecer as trepidações devidas às asperezas do chão.
- Passador de marchas (alavanca de câmbio, trocador de marcha, manípulo de mudança (em Portugal)) - É o comando do mecanismo de mudança das engrenagens das coroas e do cassete ou da catraca.
- Câmbio dianteiro - Sistema responsável pelas mudanças de marchas na bicicleta, com a passagem da corrente entre as coroas.
- Câmbio traseiro - Sistema responsável pelas mudanças de marchas na bicicleta, com a passagem da corrente entre os anéis dentados do cassete ou da catraca.
- Cassete - Conjunto de anéis dentados, fixados na roda-livre do cubo da roda traseira. Pelo cassete passa a corrente que esta interligada com a coroa (ou coroas) fixadas na pedivela.
- Roda livre - Peça que faz parte do cubo da roda traseira. Por ela passa a corrente que vem desde a coroa fixada na pedivela.
- Conduíte flexível o cabo de aço - Tubo destinado ao cabo de aço dos freios e dos câmbios.
- Manete do freio (maçaneta, manete de travão (em Portugal)) - Alavanca de freio destinado ao acionamento do mesmo.
- Garfo com amortecedor - Suspensão dianteira.
- Manopla (punho, (em Portugal), luva) - Peça de borracha colocada nas extremidades do guidão para propiciar um maior conforto ao ciclista.
- Mesa (cachimbo, suporte de guidão, avanço, canote, avanço de guiador (em Portugal)) - Peça que conecta o guidão ao tubo central do garfo.
- Movimento central - Peça instalada no quadro da bicicleta para a fixação das pedivelas.
- Pedal - Peça integrante da pedivela destinada a acomodar os pés do ciclista.
- Pedivela com coroas ("z", monobloco, pedaleira (em Portugal)) - Peça que conecta o pedal ao eixo do movimento central. Coroa são ou anéis dentados fixados na pedivela. As pedivelas estão deslocadas entre si de 180°.
- Cubo da roda - O cubo é a peça do meio da roda, onde são presos os raios. Consiste num cartucho com rolamentos ou esferas e um eixo passando pelo meio. Este eixo é fixado no garfo e no quadro através de porcas ou blocante.
- Raio - São tirantes de aço rígido de pequeno diâmetro que terminam, por um lado nos cubos das rodas e por outro lado nos grandes aros (anéis) que acomodam os pneus.
- Canote de selim (cano de selim, espigão de selim (em Portugal)) - Peça que se fixa no selim para o encaixe no quadro da bicicleta e que possibilita a regulagem de altura do selim.
- Amortecedor - O amortecedor é uma peça constituida de uma mola para absorver os efeitos da rodagem em superfícies irregulares.
- Para-lama (guarda-lama (em Portugal)) - Acessório que recobre a parte superior da rodas destinado a impedir o lançamento de cascalho ou lama em direção ao ciclista.
Galeria de imagens (modelos)
Ver também
- Cicloturismo
- Bicicleta reclinada
- BMX
- Mountain bike
- Speed
- Bicicleta de marcha única
- Bicicleta Tandem
- Riquixá
- Ciclovia
- Freeride
- Reboque para bicicleta
- Tropas ciclistas
- Bicicleta elétrica
Referências
- ↑ a b Portuguesa e Brasileira, 1936, p.688, v.IV
- ↑ Magister, 1980, p.269
- ↑ Etimologia Bicicleta Site Etimologia - acessado em 12 de janeiro de 2012
- ↑ [1]
- ↑ a b c d Portuguesa e Brasileira, 1936, p.689, v.IV
- ↑ a b c d A História da Bicicleta no Mundo Site Escola da Bicicleta - acessado em 12 de janeiro de 2012
- ↑ A história da bicicleta Site Tudo sobre rodas - acessado em 13 de janeiro de 2012
- ↑ História da Bike Site Pedaleaki - acessado em 12 de janeiro de 2012
- ↑ História da Bicicleta Portal São Francisco - acessado em 12 de janeiro de 2012
- ↑ Revendo a história Transporte - acessado em 13 de janeiro de 2012
- ↑ Pierre Lallement, the Michaux family and their velocipede (em inglês) A Short Illustrated History of the Bicycle - acessado em 13 de janeiro de 2012
- ↑ A história da bicicleta WebMundi - acessado em 13 de janeiro de 2012
- ↑ Vida equilibrada Coluna Nostalgia (Cid Destefani - edição de 18/9/2011) - Porta GRPCOM - acessado em 18 de setembro de 2011
- ↑ a b c Ergonomia e Design da bicicleta Site PosDesign - UNEB - acessado em 14 de janeiro de 2012
- ↑ Empresa Portal Institucional da Monark - acessado em 14 de janeiro de 2012
- ↑ História - Linha do Tempo Portal Institucional da Caloi - acessado em 14 de janeiro de 2012
- ↑ A História da Bicicleta no Brasil Site Escola de Bicicleta - acessado em 14 de janeiro de 2012
- ↑ No Dia Mundial sem Carro, ministro promete investimentos em ciclovias Portal Jornal Semana em Destaque - acessado em 14 de janeiro de 2012
- ↑ Ciclovias - Utopia ou Realidade Portal do Governo do estado de São Paulo - acessado em 14 de janeiro de 2012
- ↑ Ciclismo Site Nota Positiva - acessado em 13 de janeiro de 2012
- ↑ O que é e história da Ciclismo Site Sua Pesquisa - acessado em 13 de janeiro de 2012
- ↑ (em inglês) Maso, B. (tr. Horn, M.) (2005), The Sweat of the Gods, Mousehold Press, pp. 1-2, ISBN 1-874739-37-4
- ↑ (em francês) Paris-Rouen 1869 Último acesso em 13 de janeiro de 2012
- ↑ A história da Volta a Portugal em Bicicleta Site Tudo sobre rodas - acessado em 13 de janeiro de 2012
- ↑ glossário Site Escola de Bicicleta - acessado em 12 de janeiro de 2012
- ↑ expressões regionais Site Escola de Bicicleta - acessado em 12 de janeiro de 2012
Bibliografia
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa: Editorial Enciclopédia Ltda., 1936. 4 v
- Enciclopédia Magister. Brasília: Editora Amazonas Ltda., 1980. 1 v
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