domingo, 27 de maio de 2012

Coruja

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma caixa taxonómicaCoruja
Northern Spotted Owl.USFWS-thumb.jpg
Classificação científica
Reino: Animal
Filo: Cordado
Classe: Aves
Ordem: Strigiformes

Famílias

Strigidae Tytonidae
O termo coruja é a designação comum às aves estrigiformes, das famílias dos titonídeos e estrigídeos. Tais aves possuem hábitos crepusculares e noturnos e voo silencioso devido à estrutura das penas, alimentando-se de pequenos mamíferos (principalmente de roedores), insetos e aranhas. Engolem suas refeições por inteiro, para depois vomitarem pelotas com pêlos e fragmentos de ossos. A maioria das espécies moram em ninhos que ficam em cima de árvores. Na região do Amazonas, algumas espécies também são chamadas de murutucu. A superstição popular diz que adivinham a morte com o seu piar e esvoaçar. Julgava-se também que essas aves gostam de azeite por visitarem as igrejas durante a noite, onde existiam lamparinas de azeite acesas. Na realidade elas procuravam os insectos atraídos pela luz das lamparinas. Os filhotes de corujas podem ser vítimas de outros predadores como o gavião. A coruja é considerada o símbolo da sabedoria. As corujas conseguem girar o pescoço 270º para ambos os lados a partir da posição central[1][2][3]. O símbolo da deusa grega da sabedoria, Atena, é a coruja. Também considerada o símbolo da filosofia para muitos filósofos.

[editar] Reprodução

O período da reprodução dependente da espécie. A prole é entre cinco ovos por gestação. Depois da eclosão o macho cuida dos filhotes por dois meses até que estes aprendam a se defender. Uma das características marcantes de algumas corujas é o fato da mesma fazer o seu ninho no solo, no local de muitas relvas baixas, próximo a árvores. Cavam no chão verticalmente até certo ponto, e depois prosseguem horizontalmente até o ponto definido para colocar o ninho livre de predadores. O macho fica de sentinela na árvore, cuidando do ninho, principalmente durante o dia. Na presença de um possível invasor os filhotes podem imitar sons de serpentes (sibilar) fazendo o agressor desistir do ataque.

Referências

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Maria Celeste B.S.P.

Suindara:

a
filha
de
Anúbis
(...)
1a edição
dBorboletra’s

Fortaleza-Ceará

2001
ORDEM
CLASSIFICAÇÃO DAS AVES
Anseriformes
Aves aquáticas (patos, gansos, cisnes)
Apodiformes
Andorinhões, beija-flores
Apterigiformes
Quivis
Caprimulgiformes
Bacuraus, urutaus
Caradriformes
Gaivotas, gaivotas-rapineiras, jaçanãs, andorinhas-do-mar, quero-queros, maçaricos, narcejas Casuares, emus
Casuariformes
Casuarus, emus
Ciconiformes
Garças, cegonhas, íbis, colhereiros, flamingos, socós
Columbiformes
Pombos, rolinhas, juritis
Coraciformes
Martins-pescadores, abelheiros, calaus
Cuculiformes
Cucos, anus, jacus
Esfeniciformes
Pingüins
Estrigiformes
Corujas, mochos
Estrucioniformes
Avestruzes
Falconiformes
Abutres, falcões, águias, gaviões
Galiformes
Galinhas, faisões, perus, codornizes, galinhas d’angola, jacus, jacutingas, tetrazes
Gruiformes
Grous, saracuras, seriemas, frangos-d’água, jacamins
Passeriformes
Aves que têm a unha do dedo posterior (hálux) mais fortes que a do dedo mediano anterior. Os três dedos anteriores são livres. Há mais de 70 famílias, incluindo corvos, tordos, pardais, andorinhas, cambaxirras, papa-moscas, cotovias, melros, joões-de-barro, bem-te-vis, galos-da-serra, sabiás
Pelicaniformes
Pelicanos, alcatrazes, cormorões, atobás, biguás
Piciformes
Pica-paus, tucanos, jacamares
Podicipediformes
Mergulhões
Procelariformes
Albatrozes, pardelas, petréis
Psitaciformes
Papagaios, araras, periquitos
Reiformes
Nandus, emas
Tinamiformes
Macucos, inhambus, perdizes
Trogoniformes
Surucuás
ORDEM
CLASSIFICAÇÃO DAS AVES
Anseriformes
Aves aquáticas (patos, gansos, cisnes)
Apodiformes
Andorinhões, beija-flores
Apterigiformes
Quivis
Caprimulgiformes
Bacuraus, urutaus
Caradriformes
Gaivotas, gaivotas-rapineiras, jaçanãs, andorinhas-do-mar, quero-queros, maçaricos, narcejas Casuares, emus
Casuariformes
Casuarus, emus
Ciconiformes
Garças, cegonhas, íbis, colhereiros, flamingos, socós
Columbiformes
Pombos, rolinhas, juritis
Coraciformes
Martins-pescadores, abelheiros, calaus
Cuculiformes
Cucos, anus, jacus
Esfeniciformes
Pingüins
Estrigiformes
Corujas, mochos
Estrucioniformes
Avestruzes
Falconiformes
Abutres, falcões, águias, gaviões
Galiformes
Galinhas, faisões, perus, codornizes, galinhas d’angola, jacus, jacutingas, tetrazes
Gruiformes
Grous, saracuras, seriemas, frangos-d’água, jacamins
Passeriformes
Aves que têm a unha do dedo posterior (hálux) mais fortes que a do dedo mediano anterior. Os três dedos anteriores são livres. Há mais de 70 famílias, incluindo corvos, tordos, pardais, andorinhas, cambaxirras, papa-moscas, cotovias, melros, joões-de-barro, bem-te-vis, galos-da-serra, sabiás
Pelicaniformes
Pelicanos, alcatrazes, cormorões, atobás, biguás
Piciformes
Pica-paus, tucanos, jacamares
Podicipediformes
Mergulhões
Procelariformes
Albatrozes, pardelas, petréis
Psitaciformes
Papagaios, araras, periquitos
Reiformes
Nandus, emas
Tinamiformes
Macucos, inhambus, perdizes
Trogoniformes
Surucuás
ADAPTAÇÕES Em geral, todas as aves compartilham um esquema corporal semelhante, embora existam variações para adaptação aos diferentes tipos de vida. As penas protegem todas as aves contra o frio graças ao ar que fica retido entre elas e que atua como isolante. As aves de maior porte perderam a capacidade de voar e têm extremidades posteriores potentes, para correr. A maior de todas elas é o avestruz.Muitas aves perseguem suas presas mergulhando, mas nenhuma está tão adaptada a esta tarefa como o pingüim. Suas asas modificaram-se de modo total e se converteram em nadadeiras rígidas como remos.A ordem das aves aquáticas Procelariformes se compõe só de espécies marinhas: o albatroz e as procelárias como o petrel (ver Procelarídeos). Nidificam em terra, embora passem a maior parte do ano no mar, onde se alimentam de peixes e invertebrados.O grupo conhecido como aves de rapina ou de presa inclui a ordem dos mochos, que são caçadores noturnos, e uma ordem de caçadores diurnos, à qual pertencem o gavião, a águia, o falcão e o abutre.
ANATOMIA O corpo das aves está adaptado para aumentar a eficácia do vôo. Os ossos dos dedos e das articulações das patas dianteiras são fundidos, formando um suporte rígido para as grandes penas de vôo das asas. Também existe fusão óssea no crânio e na cintura pélvica, pois assim se obtém maior resistência e leveza. Nas aves adultas, muitos ossos são ocos e conectados por um sistema de sacos ou bolsas aéreas dispersos por todo o corpo, pois não têm medula.
Ave (zoologia), nome comum de qualquer membro da classe dos vertebrados que inclui animais com penas. O termo pássaro é aplicado a toda ave com capacidade para voar e de pequeno tamanho.As aves compartilham certos traços com os mamíferos, como o sangue quente e o coração com quatro câmaras. No entanto, diferenciam-se deles porque evoluíram dos dinossauros muito tempo depois da separação dos grupos de répteis e de mamíferos.Os primeiros fósseis identificados como aves vinculam sua ascendência aos répteis, possivelmente a dinossauros de pequeno tamanho que viveram no Triássico (entre 245 e 208 milhões de anos atrás).Desenvolvem-se a partir de embriões (ver Embriologia) localizados em ovos que estão fora do corpo materno, como a maioria dos répteis e alguns mamíferos primitivos. Os ovos das aves têm casca dura. São muito fortes os ovos das espécies grandes e frágeis os das espécies de pequeno porte.
Aves de rapina, grupo de aves caçadoras que se caracterizam por terem um forte bico em forma de gancho para dilacerar o alimento e garras robustas para apanhar suas presas. Estas aves têm os sentidos da visão e da audição muito desenvolvidos. As aves de rapina diurnas realizam suas atividades durante as horas de sol. Alguns integrantes desse grupo só comem as presas que eles mesmos mataram; outros se alimentam de carniça, isto é, restos de carne e ossos putrefatos deixados por outros animais. Pertencem ao grupo: os abutres, as águias e os falcões. As aves de rapina noturnas realizam suas atividades durante a noite. Formam um grupo bastante homogêneo. Sua cabeça é grande e o pescoço é curto; a cara é grande e redonda. Os olhos também são de grande tamanho. Fazem parte das aves de rapina noturnas, entre outras, os mochos e as corujas.
Bochica, na mitologia dos índios chibchas, herói enviado pelo deus criador Chimichagua para levar a cultura à espécie humana. Este deus veio do leste e ensinou, aos antepassados dos chibchas, as leis e os trabalhos manuais. Concluída sua missão, foi embora para o oeste. Então, uma mulher incitou os homens para que abandonassem os ensinamentos rígidos e se entregassem à luxúria. Bochica voltou e transformou-a em coruja. Para se vingar, a mulher recorreu ao deus Chibchacum que enviou um dilúvio sobre as terras dos chibchas. Mais uma vez, Bochica voltou trazendo um arco-íris que secou as águas com seus raios. Chibchacum foi condenado a viver em um mundo subterrâneo, sustentando o mundo sobre os ombros. Esse aspecto o relaciona com Atlas, o titã da mitologia grega, que recebeu o mesmo castigo.
Caburé, nome comum das pequenas espécies de aves de rapina insetívoras, da mesma família dos mochos, especialmente uma espécie da América do Sul que tem o dorso de cor cinza-avermelhada e o ventre branco com pintas circulares pardas e negras. Sua área de distribuição vai desde o México até a Terra do Fogo. Tem hábitos noturnos, seu pescoço pode girar até 270° e põe ovos nos ninhos de outras aves. Outras espécies sul-americanas, de distribuição mais restrita, são o caburé-miudinho, de um tamanho de um pardal (14 cm), que ocorre da Bahia ao Paraná, Goiás, Mato-Grosso e Paraguai; e o caburé-da-amazônia, semelhante ao interior, mais de cauda mais curta (52 mm), encontrado na região amazônica e na Mata Atlântica do Nordeste brasileiro. Uma espécie de outro gênero é o caburé-acanelado ou caburé-canela, ainda pouco conhecido, que vive no Planalto Central, no Nordeste, e de São Paulo ao Rio Grande do Sul, chegando também a Argentina, ao Uruguai e aos Andes. Tem as partes superiores escuras, o disco facial amarelo-vivo e manchas brancas na asa e na cauda.
CICLO VITAL Costumam ser poucas as aves que permanecem com o mesmo par ao longo de um ano ou mais. Ainda que um casal possa ficar junto por vários anos, a união entre macho e fêmea deve renovar-se ou reforçar-se ao início de cada época de reprodução. Isto é feito com exibições visuais, auditivas ou de ambos os tipos. Uma fêmea pode escolher viver com um macho que tenha um bom ninho e copular com outro que cante melhor para garantir a evolução da espécie, porque os machos de canto mais variado têm os filhotes mais aptos à sobrevivência.As aves põem seus ovos em lugares tão variados como o solo nu ou em ninhos muito elaborados. Os ninhos são construídos com uma grande variedade de materiais fáceis de conseguir: ervas, raminhos, cascas, líquenes, fibras vegetais, folhas, pêlos de mamíferos, teias de aranha e até a saliva dos próprios pássaros. O número de ovos por ninho varia, segundo a espécie, entre um e uma dúzia ou mais. Na maioria das espécies, os pais se revezam para incubar os ovos ou a tarefa é apenas da fêmea. Quando saem do ovo, as crias das aves classificam-se em duas categorias gerais: altriciais e precoces. Quando saem do ovo, os filhotes das aves altriciais rompem a casca cegos e desnudos ou cobertos por uma plumagem felpuda e pouco densa. Não podem sustentar-se e dependem por completo de seus pais. As crias precoces saem do ovo de olhos abertos, cobertas por uma penugem densa e, em poucos dias, podem caminhar, mover-se e encontrar parte de seu próprio alimento. Também existem situações intermediárias.
Classificação científica: Família dos Estrigídeos, gênero Glaucidium. A primeira espécie citada é Glaucidium brasilianum. O caburé-miudinho é a espécie Glaucidium minutissimum e o caburé-da-amazônia é Glaucidium hardyi. O caburé-acanelado é a espécie Aegolius harrissii.Esta pequena ave americana, parecida com uma pequena coruja, tem vistosas plumas de grande valor comercial, motivo pelo qual é muito perseguida. Distribui-se desde o México até a Terra do Fogo. Alimenta-se de aves, lagartixas, rãs e até pequenas cobras.
Classificação científica: Família dos Estrigídeos, ordem dos Estrigiformes. A coruja-do-mato mais comum na Europa, Ásia e norte da África é a espécie Strix aluco. No Brasil, a espécie mais comum é Ciccaba virgata.A coruja-do-mato comum distribui-se pela Europa, Ásia e norte da África. Habita as florestas mediterrâneas e caducifólias. Em algumas ocasiões é encontrada em jardins e parques das cidades.
Classificação científica: O nome científico do corujão-orelhudo é Bubo virginianus.Os largos tufos de penas que o jacurutu tem nos lados da cabeça, e que se assemelham a orelhas, estão sempre visíveis e eretos.
Classificação científica: Ordem dos Estrigiformes, família dos Estrigídeos. Os mochos-orelhudos são a espécie Bubo virginianus. O mocho-diabo é Asio stygius e o mocho-dos-banhados é Asio flammeus. O mocho-real é a espécie Bubo bubo. O mocho-níveo é a espécie Nyctea scandiaca.
Classificação científica: Ordem dos Estrigiformes, famílias dos Titonídeos e dos Estrigídeos. Os murucututus, corujas de grande porte, constituem o gênero Pulsatrix.As corujas vivem nas Américas, na Europa, na África, no sul da Ásia, na Indonésia e na Austrália. Equipado com plumas que lhe permitem voar quase sem ruído, este predador noturno alimenta-se de pequenos roedores, como ratos.
Classificação científica: Ordem dos Estrigiformes. É a espécie Speotyto cunicularia.A suindara ou coruja-de-igreja alimenta-se principalmente de insetos no verão e de roedores no inverno. A análise de restos ósseos achados em fezes fossilizadas de suindara permitiu o estudo de vertebrados extintos há milhões de anos.
Corcovado, Parque nacional do, situado na península de Osa, Costa Rica, estende-se por uma superfície de 41.788 ha entre o golfo Dulce e o oceano Pacífico. Trata-se de um conjunto de plataformas litorâneas e estuários (zonas pantanosas), salpicados de pequenas lagoas, lodaçais, costas arenosas, penhascos e pequenas mesetas. As fortes e constantes precipitações dão lugar a uma importante rede fluvial, favorecendo o desenvolvimento de bosques, com árvores como o nazareno, alho, goiaba, espavel e o cedro, recobertos de epífitos. Constitui, por isso, o habitat de numerosas aves (louros, pelicanos pardos, íbis, corujas, garças), mamíferos, répteis (crocodilos) e anfíbios (a rã de vidro e o sapo venenoso) e cerca de 5.500 espécies de mosquitos.
Coruja, nome comum de diversas espécies de aves, especialmente as de maior porte, das famílias dos Estrigídeos e dos Titonídeos, as quais constituem a ordem dos Estrigiformes. São aves noturnas ou crepusculares, exceto por poucas espécies que têm hábitos diurnos. Alimentam-se principalmente de pequenos vertebrados, sobretudo roedores, répteis, anfíbios e pequenas aves. Algumas espécies comem também insetos. Seu ouvido interno é muito bem desenvolvido. Há espécies capazes de capturar um rato vivo na escuridão absoluta. As corujas da família dos Titonídeos, chamadas no Brasil de corujas-de-igreja ou suindaras, são as mais cosmopolitas da ordem dos Estrigiformes. Ocorrem em quase todo o mundo, embora se difundam principalmente por regiões quentes (ver Suindara). A família mais numerosa é a dos Estrigídeos. É formada pelos mochos, caburés, murucututus e diversas corujas, como a coruja-buraqueira e a coruja-do-mato. Os estrigídeos distribuem-se por todos os continentes, exceto a Antártica, mas são provavelmente originários do Velho Mundo. Seu tamanho varia consideravelmente: os mochos de grande porte, também chamados de corujões, que compõem o gênero Bubo, pesam até 20 vezes mais que os pequeninos caburés (gênero Glaucidium). No Brasil são encontrados 11 gêneros de estrigídeos: Otus, Bubo, Glaucidium, Ciccaba, Strix, Asio, Aegolius, Lophostrix, Pulsatrix, Rhinoptynx e Speotyto. Os quatro últimos vivem apenas nas Américas.
Coruja-buraqueira, também chamada coruja-do-campo, é uma ave da família dos Estrigídeos, a mesma dos mochos e caburés. Terrícola e de pernas longas, tem hábitos diurnos. Mede pouco mais de 20 cm e sua plumagem habitualmente apresenta tons terrosos. Vive em campos, pastos e restingas desde o Canadá até a Terra do Fogo, incluindo quase todo o Brasil. Ocupa áreas abertas dentro de cidades, como ocorre nos morros da cidade do Rio de Janeiro e em Brasília. Os insetos predominam na sua alimentação. Seus filhotes ameaçam eventuais intrusos com um ruído que lembra o chocalhar da cascavel, o que se mostra eficaz quando o som vem de dentro da toca.
Coruja-do-mato, designação comum a diversas espécies de aves de rapina noturnas, excelentes caçadoras de roedores, especialmente as dos gêneros Strix e Ciccaba. Camuflam-se nas árvores graças a sua plumagem salpicada de pintas e defendem com ferocidade as suas crias.
Corujão-orelhudo, também chamado mocho-orelhudo e jacurutu, ave da família dos Estrigídeos que alcança mais de 50 cm de comprimento e peso superior a 1 quilo. É a maior coruja da América do Sul e às vezes ataca galinheiros. Suas orelhas (na verdade, tufos de penas sem ligação com a função auditiva) estão sempre eretas. A garganta é toda branca e o peito, rajado. Vive à beira de matas, em campos e em capões, geralmente perto de fontes de água. Tem vasta distribuição geográfica: é encontrada desde os Estados Unidos até a Terra do Fogo (ver Coruja; Mocho).
Cosmogonias indígenas, conjunto de mitos narrados pelos índios brasileiros, relativos à criação do mundo e da humanidade. Todas as nações indígenas têm seu conjunto de mitos cosmogônicos. Os kamaiurá, por exemplo, utilizam a palavra “moroneta” para designar todas as formas de discurso, seja ele verbal e narrativo ou visual e pictórico. Os numerosos mitos de criação dos índios brasileiros guardam elementos em comum com mitos semelhantes no mundo inteiro. Nos mitos de criação indígenas verifica-se uma constante superposição entre elementos cósmicos (o vazio, a luz e a escuridão, a eternidade) e elementos reais (animais, plantas, objetos e utensílios da vida diária). Os irmãos Vilas Boas observaram que, nos mitos dos índios do Alto Xingu, sempre são especificados os lugares exatos onde os fatos ocorreram. Muitas destas narrativas são ambientadas no Morená, área de confluência dos rios que formam o Xingu, e que seria uma terra sobrenatural, onde mora Mavutsinim, personagem dos mitos kamaiurá. Mavutsinim foi o primeiro homem e transformou uma concha da lagoa em mulher, a fim de dar origem à humanidade. Também foi Mavutsinim o criador do ritual do kuarup, que, em sua origem, era uma tentativa de fazer os mortos voltarem à vida. Segundo a lenda, no kuarup — cerimônia que, durante séculos, os índios esconderam do homem branco — troncos de árvore cobertos de ornamentos humanos eram enterrados no chão, na parte central da aldeia, enquanto os índios cantavam dia e noite. Gradualmente, os troncos iam se transformando em seres humanos, mas quando faltava apenas uma perna para a transformação ser completa, um índio que havia tido relações sexuais na véspera e estava proibido de olhar para os troncos, espiou pela fresta da cabana. Os troncos imediatamente voltaram ao estado original. Desde este dia, o kuarup passou a ser apenas um festival de homenagem aos mortos, sem poder para revivê-los. Nos mitos indígenas também aparecem o sol e a lua como personagens vivos, muitas vezes um casal de irmãos gêmeos. O sol é identificado com o princípio da regularidade e da certeza e a Lua, com o da variação e imprevisibilidade. Nos mitos dos índios guaranis, o deus gerador do universo, Nãmandu, desdobrou-se para fora de si, como uma flor, e gerou os demais deuses: Coração Grande, Karai, Jakaira e Tupã. Nãmandu construiu a Terra e apoiou-a em cinco palmeiras, uma em cada um dos pontos cardeais e outra no centro. Fez o firmamento sustentado por sete colunas. O mito do deus que se cria a si mesmo também está presente entre os índios dessana: é Iebá Beló, a “avó do universo”. Ela surge suspensa no nada e cria-se, usando bancos, suportes de panelas, cuias, folha de coca, pés de mandioca e cigarros. Dentro de um aposento construído em quartzo, Iebá Beló começou a pensar como deveria ser o universo, enquanto fumava um cigarro mágico. Então, seu pensamento ergueu-se sob a forma de uma esfera, incorporando toda a escuridão, até se postar no alto de uma torre. Esta esfera é chamada de “universo-barriga”, local em que Iebá Beló coloca os seres criados pelo bolo de ipadu que sempre mastiga.São freqüentes, nos mitos dos índios, as menções a “coisas invisíveis” que existem apenas no mundo dos deuses, e das quais os objetos reais do nosso mundo são meras cópias ou reflexos, uma idéia semelhante à idéia de Platão sobre as formas ideais. Os guaranis falam nas primeiras criaturas geradas no mundo: a serpente, a cigarra, o girino (ver Rã), o gafanhoto, o tatu e a coruja. A respeito de todos, afirmam que “Eles moram, agora, no limite do firmamento de nossa terra, e os que vivem sobre o leito da terra são apenas suas imagens”.
DISTRIBUIÇÃO As aves habitam todos os continentes e quase todas as ilhas do mundo. Estão adaptadas a todos os hábitats. Várias espécies vivem em desertos aparentemente estéreis, na Antártica, nas selvas, acima da linha de vegetação nas altas montanhas, em pântanos e alagados à beira-mar, nas costas rochosas, nas florestas, nos campos e nas cidades.Embora na maioria as aves sejam móveis, devido a sua capacidade de voar, as diferentes espécies têm uma determinada distribuição geográfica, que pode abarcar desde vários continentes até uma única ilha de pequeno tamanho. Duas das espécies mais amplamente distribuídas são o falcão-peregrino e a coruja-comum ou suindara.
M, décima segunda letra do alfabeto português. Seu nome é "eme". Procede do latim, adotada da letra grega mu, que, por sua vez, teve origem no hieróglifo egípcio que representava uma coruja.
MIGRAÇÃO A maioria das espécies de regiões árticas e temperadas, assim como algumas tropicais, realizam migrações, quer dizer, mudam-se regularmente, segundo a estação, afastando-se do seu lugar de cria e regressando a ele. É possível que unicamente se trasladem, durante o inverno, das montanhas mais expostas para vales protegidos. O extremo oposto é a migração de longa distância que realizam todo ano muitas espécies.As migrações de longa distância suscitam uma interessante questão: como as aves conseguem encontrar seu caminho? Não existe um sistema de navegação único. Algumas espécies parecem guiar-se pelas estrelas e outras, pela inclinação do Sol. Ao menos algumas delas podem detectar a radiação ultravioleta, o campo magnético terrestre e vibrações sonoras muito profundas, como as originárias das ondas de oceanos distantes.
Mitos folclóricos Histórias tradicionais transmitidas oralmente que reúnem lendas, anedotas e mitos de criação coletiva. No Brasil, seus principais personagens têm origem indígena ou européia.
Matintapereira – Segundo a mitologia tupi, é uma pequena coruja que canta à noite para anunciar a morte próxima de uma pessoa. Descrevem-na também como mulher grávida que deixa o feto na rede de quem lhe nega fumo para o cachimbo.
Mocho, nome comum de algumas aves da família dos Estrigídeos, à qual pertencem também os caburés e várias corujas. Têm o disco facial redondo e seus grandes olhos estão incorporados em uma cápsula óssea. Por isso, têm de girar toda a cabeça para olhar para os lados. Entre as espécies maiores de mochos está o mocho-orelhudo ou jucurutu, também chamado de corujão-orelhudo. Com 52 cm e peso superior a 1 kg, é a maior coruja do continente. É também a única espécie de seu gênero (Bubo) que vive nas Américas. Ocorre da América do Norte à Terra do Fogo. No Brasil, aparece na Amazônia, Centro-oeste, Nordeste e Leste. Também ocorrem no Brasil duas espécies do gênero Asio: o mocho-diabo, com 38 cm, que vive em áreas de cerrado e em florestas artificiais de pinheiros, na Amazônia, Centro-oeste, Sudeste e Sul; e o mocho-dos-banhados, com 37 cm, migratório, que veio da América do Norte, atravessando os Andes até a Terra do Fogo. Vive em amplos banhados e caça durante o dia. No Brasil, ocorre de Minas Gerais e São Paulo até o Rio Grande do Sul. É comum nas regiões setentrionais da Europa e da Ásia. É também chamado de coruja-dos-campos e coruja-do-banhado. Na Europa, Ásia e África há 17 espécies de mochos. A distribuição mais ampla é a do mocho-real, que habita desde a Escandinávia até a Espanha e o Japão. O mocho-níveo do norte da Eurásia, cuja fêmea é branca com algumas pintas pretas no dorso, alimenta-se durante o dia.
Murucututu, ave da família dos mochos. Destaca-se pelo grande porte (48 cm) e pela ausência de orelhas. A face apresenta um desenho branco-puro, o peito, uma fita parda, e a barriga é de cor uniforme, branca ou amarela. Habita a mata alta, desde o México à Bolívia, ao Paraguai, à Argentina e, provavelmente, todo o Brasil. Também é popularmente chamada de corujão, mocho-mateiro e coruja-de-garganta-preta. Assim como outros grandes estrigídeos, caça animais de porte maior que insetos. Come morcegos e outros mamíferos, como ratos, e, na Guiana, costuma alimentar-se de caranguejos apanhados em beiras de rio.
Suindara, nome comum de uma ave noturna que é o único representante da família dos Titonídeos, também chamada de coruja-de-igreja, coruja-comum e coruja-branca (ver Coruja). Apresenta as patas alongadas e o disco facial em forma de coração, diferentemente dos mochos e caburés, que o têm redondo. Mochos e caburés são também chamados popularmente de coruja, mas pertencem a outra família, a dos Estrigídeos. De coloração clara, tem a parte inferior e a face brancas. Seus olhos transformam-se numa fenda longitudinal quando é intimidada durante o dia. Seu grito, fortíssimo, valeu-lhe também a denominação de rasga-mortalha. É cosmopolita, porém mais comum nas regiões quentes. Vive nas Américas, na Europa, no sul da Ásia, na África, na Indonésia e na Austrália. No Brasil, é encontrada em todas as regiões, inclusive em cidades. Come principalmente roedores, mas também marsupiais, morcegos, anfíbios, répteis, insetos e pequenas aves. Faz ninhos em sótãos de casas velhas, forros e torres de igrejas, pombais e grutas. Nas proximidades de habitações humanas, caça ratos domésticos, ratazanas e camundongos.
ORDEM
CLASSIFICAÇÃO DAS AVES
Anseriformes
Aves aquáticas (patos, gansos, cisnes)
Apodiformes
Andorinhões, beija-flores
Apterigiformes
Quivis
Caprimulgiformes
Bacuraus, urutaus
Caradriformes
Gaivotas, gaivotas-rapineiras, jaçanãs, andorinhas-do-mar, quero-queros, maçaricos, narcejas Casuares, emus
Casuariformes
Casuarus, emus
Ciconiformes
Garças, cegonhas, íbis, colhereiros, flamingos, socós
Columbiformes
Pombos, rolinhas, juritis
Coraciformes
Martins-pescadores, abelheiros, calaus
Cuculiformes
Cucos, anus, jacus
Esfeniciformes
Pingüins
Estrigiformes
Corujas, mochos
Estrucioniformes
Avestruzes
Falconiformes
Abutres, falcões, águias, gaviões
Galiformes
Galinhas, faisões, perus, codornizes, galinhas d’angola, jacus, jacutingas, tetrazes
Gruiformes
Grous, saracuras, seriemas, frangos-d’água, jacamins
Passeriformes
Aves que têm a unha do dedo posterior (hálux) mais fortes que a do dedo mediano anterior. Os três dedos anteriores são livres. Há mais de 70 famílias, incluindo corvos, tordos, pardais, andorinhas, cambaxirras, papa-moscas, cotovias, melros, joões-de-barro, bem-te-vis, galos-da-serra, sabiás
Pelicaniformes
Pelicanos, alcatrazes, cormorões, atobás, biguás
Piciformes
Pica-paus, tucanos, jacamares
Podicipediformes
Mergulhões
Procelariformes
Albatrozes, pardelas, petréis
Psitaciformes
Papagaios, araras, periquitos
Reiformes
Nandus, emas
Tinamiformes
Macucos, inhambus, perdizes
Trogoniformes
Surucuás
ADAPTAÇÕES Em geral, todas as aves compartilham um esquema corporal semelhante, embora existam variações para adaptação aos diferentes tipos de vida. As penas protegem todas as aves contra o frio graças ao ar que fica retido entre elas e que atua como isolante. As aves de maior porte perderam a capacidade de voar e têm extremidades posteriores potentes, para correr. A maior de todas elas é o avestruz.Muitas aves perseguem suas presas mergulhando, mas nenhuma está tão adaptada a esta tarefa como o pingüim. Suas asas modificaram-se de modo total e se converteram em nadadeiras rígidas como remos.A ordem das aves aquáticas Procelariformes se compõe só de espécies marinhas: o albatroz e as procelárias como o petrel (ver Procelarídeos). Nidificam em terra, embora passem a maior parte do ano no mar, onde se alimentam de peixes e invertebrados.O grupo conhecido como aves de rapina ou de presa inclui a ordem dos mochos, que são caçadores noturnos, e uma ordem de caçadores diurnos, à qual pertencem o gavião, a águia, o falcão e o abutre.
ANATOMIA O corpo das aves está adaptado para aumentar a eficácia do vôo. Os ossos dos dedos e das articulações das patas dianteiras são fundidos, formando um suporte rígido para as grandes penas de vôo das asas. Também existe fusão óssea no crânio e na cintura pélvica, pois assim se obtém maior resistência e leveza. Nas aves adultas, muitos ossos são ocos e conectados por um sistema de sacos ou bolsas aéreas dispersos por todo o corpo, pois não têm medula.
Ave (zoologia), nome comum de qualquer membro da classe dos vertebrados que inclui animais com penas. O termo pássaro é aplicado a toda ave com capacidade para voar e de pequeno tamanho.As aves compartilham certos traços com os mamíferos, como o sangue quente e o coração com quatro câmaras. No entanto, diferenciam-se deles porque evoluíram dos dinossauros muito tempo depois da separação dos grupos de répteis e de mamíferos.Os primeiros fósseis identificados como aves vinculam sua ascendência aos répteis, possivelmente a dinossauros de pequeno tamanho que viveram no Triássico (entre 245 e 208 milhões de anos atrás).Desenvolvem-se a partir de embriões (ver Embriologia) localizados em ovos que estão fora do corpo materno, como a maioria dos répteis e alguns mamíferos primitivos. Os ovos das aves têm casca dura. São muito fortes os ovos das espécies grandes e frágeis os das espécies de pequeno porte.
Aves de rapina, grupo de aves caçadoras que se caracterizam por terem um forte bico em forma de gancho para dilacerar o alimento e garras robustas para apanhar suas presas. Estas aves têm os sentidos da visão e da audição muito desenvolvidos. As aves de rapina diurnas realizam suas atividades durante as horas de sol. Alguns integrantes desse grupo só comem as presas que eles mesmos mataram; outros se alimentam de carniça, isto é, restos de carne e ossos putrefatos deixados por outros animais. Pertencem ao grupo: os abutres, as águias e os falcões. As aves de rapina noturnas realizam suas atividades durante a noite. Formam um grupo bastante homogêneo. Sua cabeça é grande e o pescoço é curto; a cara é grande e redonda. Os olhos também são de grande tamanho. Fazem parte das aves de rapina noturnas, entre outras, os mochos e as corujas.
Bochica, na mitologia dos índios chibchas, herói enviado pelo deus criador Chimichagua para levar a cultura à espécie humana.Este deus veio do leste e ensinou, aos antepassados dos chibchas, as leis e os trabalhos manuais. Concluída sua missão, foi embora para o oeste. Então, uma mulher incitou os homens para que abandonassem os ensinamentos rígidos e se entregassem à luxúria. Bochica voltou e transformou-a em coruja. Para se vingar, a mulher recorreu ao deus Chibchacum que enviou um dilúvio sobre as terras dos chibchas. Mais uma vez, Bochica voltou trazendo um arco-íris que secou as águas com seus raios. Chibchacum foi condenado a viver em um mundo subterrâneo, sustentando o mundo sobre os ombros. Esse aspecto o relaciona com Atlas, o titã da mitologia grega, que recebeu o mesmo castigo.
Caburé, nome comum das pequenas espécies de aves de rapina insetívoras, da mesma família dos mochos, especialmente uma espécie da América do Sul que tem o dorso de cor cinza-avermelhada e o ventre branco com pintas circulares pardas e negras. Sua área de distribuição vai desde o México até a Terra do Fogo. Tem hábitos noturnos, seu pescoço pode girar até 270° e põe ovos nos ninhos de outras aves. Outras espécies sul-americanas, de distribuição mais restrita, são o caburé-miudinho, de um tamanho de um pardal (14 cm), que ocorre da Bahia ao Paraná, Goiás, Mato-Grosso e Paraguai; e o caburé-da-amazônia, semelhante ao interior, mais de cauda mais curta (52 mm), encontrado na região amazônica e na Mata Atlântica do Nordeste brasileiro. Uma espécie de outro gênero é o caburé-acanelado ou caburé-canela, ainda pouco conhecido, que vive no Planalto Central, no Nordeste, e de São Paulo ao Rio Grande do Sul, chegando também a Argentina, ao Uruguai e aos Andes. Tem as partes superiores escuras, o disco facial amarelo-vivo e manchas brancas na asa e na cauda.
CICLO VITAL Costumam ser poucas as aves que permanecem com o mesmo par ao longo de um ano ou mais. Ainda que um casal possa ficar junto por vários anos, a união entre macho e fêmea deve renovar-se ou reforçar-se ao início de cada época de reprodução. Isto é feito com exibições visuais, auditivas ou de ambos os tipos. Uma fêmea pode escolher viver com um macho que tenha um bom ninho e copular com outro que cante melhor para garantir a evolução da espécie, porque os machos de canto mais variado têm os filhotes mais aptos à sobrevivência.As aves põem seus ovos em lugares tão variados como o solo nu ou em ninhos muito elaborados. Os ninhos são construídos com uma grande variedade de materiais fáceis de conseguir: ervas, raminhos, cascas, líquenes, fibras vegetais, folhas, pêlos de mamíferos, teias de aranha e até a saliva dos próprios pássaros. O número de ovos por ninho varia, segundo a espécie, entre um e uma dúzia ou mais. Na maioria das espécies, os pais se revezam para incubar os ovos ou a tarefa é apenas da fêmea. Quando saem do ovo, as crias das aves classificam-se em duas categorias gerais: altriciais e precoces. Quando saem do ovo, os filhotes das aves altriciais rompem a casca cegos e desnudos ou cobertos por uma plumagem felpuda e pouco densa. Não podem sustentar-se e dependem por completo de seus pais. As crias precoces saem do ovo de olhos abertos, cobertas por uma penugem densa e, em poucos dias, podem caminhar, mover-se e encontrar parte de seu próprio alimento. Também existem situações intermediárias.
Classificação científica: Família dos Estrigídeos, gênero Glaucidium. A primeira espécie citada é Glaucidium brasilianum. O caburé-miudinho é a espécie Glaucidium minutissimum e o caburé-da-amazônia é Glaucidium hardyi. O caburé-acanelado é a espécie Aegolius harrissii.Esta pequena ave americana, parecida com uma pequena coruja, tem vistosas plumas de grande valor comercial, motivo pelo qual é muito perseguida. Distribui-se desde o México até a Terra do Fogo. Alimenta-se de aves, lagartixas, rãs e até pequenas cobras.
Classificação científica: Família dos Estrigídeos, ordem dos Estrigiformes. A coruja-do-mato mais comum na Europa, Ásia e norte da África é a espécie Strix aluco. No Brasil, a espécie mais comum é Ciccaba virgata.A coruja-do-mato comum distribui-se pela Europa, Ásia e norte da África. Habita as florestas mediterrâneas e caducifólias. Em algumas ocasiões é encontrada em jardins e parques das cidades.
Classificação científica: O nome científico do corujão-orelhudo é Bubo virginianus.Os largos tufos de penas que o jacurutu tem nos lados da cabeça, e que se assemelham a orelhas, estão sempre visíveis e eretos.
Classificação científica: Ordem dos Estrigiformes, famílias dos Titonídeos e dos Estrigídeos. Os murucututus, corujas de grande porte, constituem o gênero Pulsatrix.As corujas vivem nas Américas, na Europa, na África, no sul da Ásia, na Indonésia e na Austrália. Equipado com plumas que lhe permitem voar quase sem ruído, este predador noturno alimenta-se de pequenos roedores, como ratos.
Classificação científica: Ordem dos Estrigiformes. É a espécie Speotyto cunicularia.A suindara ou coruja-de-igreja alimenta-se principalmente de insetos no verão e de roedores no inverno. A análise de restos ósseos achados em fezes fossilizadas de suindara permitiu o estudo de vertebrados extintos há milhões de anos.
Classificação científica: Ordem dos Estrigiformes. É a espécie Tyto alba. Alguns autores a consideram uma subfamília da família dos Estrigídeos.
Classificação científica: Todas as aves constituem a classe das Aves.
Corcovado, Parque nacional do, situado na península de Osa, Costa Rica, estende-se por uma superfície de 41.788 ha entre o golfo Dulce e o oceano Pacífico. Trata-se de um conjunto de plataformas litorâneas e estuários (zonas pantanosas), salpicados de pequenas lagoas, lodaçais, costas arenosas, penhascos e pequenas mesetas. As fortes e constantes precipitações dão lugar a uma importante rede fluvial, favorecendo o desenvolvimento de bosques, com árvores como o nazareno, alho, goiaba, espavel e o cedro, recobertos de epífitos. Constitui, por isso, o habitat de numerosas aves (louros, pelicanos pardos, íbis, corujas, garças), mamíferos, répteis (crocodilos) e anfíbios (a rã de vidro e o sapo venenoso) e cerca de 5.500 espécies de mosquitos.
Coruja, nome comum de diversas espécies de aves, especialmente as de maior porte, das famílias dos Estrigídeos e dos Titonídeos, as quais constituem a ordem dos Estrigiformes. São aves noturnas ou crepusculares, exceto por poucas espécies que têm hábitos diurnos. Alimentam-se principalmente de pequenos vertebrados, sobretudo roedores, répteis, anfíbios e pequenas aves. Algumas espécies comem também insetos. Seu ouvido interno é muito bem desenvolvido. Há espécies capazes de capturar um rato vivo na escuridão absoluta. As corujas da família dos Titonídeos, chamadas no Brasil de corujas-de-igreja ou suindaras, são as mais cosmopolitas da ordem dos Estrigiformes. Ocorrem em quase todo o mundo, embora se difundam principalmente por regiões quentes (ver Suindara). A família mais numerosa é a dos Estrigídeos. É formada pelos mochos, caburés, murucututus e diversas corujas, como a coruja-buraqueira e a coruja-do-mato. Os estrigídeos distribuem-se por todos os continentes, exceto a Antártica, mas são provavelmente originários do Velho Mundo. Seu tamanho varia consideravelmente: os mochos de grande porte, também chamados de corujões, que compõem o gênero Bubo, pesam até 20 vezes mais que os pequeninos caburés (gênero Glaucidium). No Brasil são encontrados 11 gêneros de estrigídeos: Otus, Bubo, Glaucidium, Ciccaba, Strix, Asio, Aegolius, Lophostrix, Pulsatrix, Rhinoptynx e Speotyto. Os quatro últimos vivem apenas nas Américas.
Coruja-buraqueira, também chamada coruja-do-campo, é uma ave da família dos Estrigídeos, a mesma dos mochos e caburés. Terrícola e de pernas longas, tem hábitos diurnos. Mede pouco mais de 20 cm e sua plumagem habitualmente apresenta tons terrosos. Vive em campos, pastos e restingas desde o Canadá até a Terra do Fogo, incluindo quase todo o Brasil. Ocupa áreas abertas dentro de cidades, como ocorre nos morros da cidade do Rio de Janeiro e em Brasília. Os insetos predominam na sua alimentação. Seus filhotes ameaçam eventuais intrusos com um ruído que lembra o chocalhar da cascavel, o que se mostra eficaz quando o som vem de dentro da toca.
Coruja-do-mato, designação comum a diversas espécies de aves de rapina noturnas, excelentes caçadoras de roedores, especialmente as dos gêneros Strix e Ciccaba. Camuflam-se nas árvores graças a sua plumagem salpicada de pintas e defendem com ferocidade as suas crias.
Corujão-orelhudo, também chamado mocho-orelhudo e jacurutu, ave da família dos Estrigídeos que alcança mais de 50 cm de comprimento e peso superior a 1 quilo. É a maior coruja da América do Sul e às vezes ataca galinheiros. Suas orelhas (na verdade, tufos de penas sem ligação com a função auditiva) estão sempre eretas. A garganta é toda branca e o peito, rajado. Vive à beira de matas, em campos e em capões, geralmente perto de fontes de água. Tem vasta distribuição geográfica: é encontrada desde os Estados Unidos até a Terra do Fogo (ver Coruja; Mocho).
Cosmogonias indígenas, conjunto de mitos narrados pelos índios brasileiros, relativos à criação do mundo e da humanidade. Todas as nações indígenas têm seu conjunto de mitos cosmogônicos. Os kamaiurá, por exemplo, utilizam a palavra “moroneta” para designar todas as formas de discurso, seja ele verbal e narrativo ou visual e pictórico. Os numerosos mitos de criação dos índios brasileiros guardam elementos em comum com mitos semelhantes no mundo inteiro. Nos mitos de criação indígenas verifica-se uma constante superposição entre elementos cósmicos (o vazio, a luz e a escuridão, a eternidade) e elementos reais (animais, plantas, objetos e utensílios da vida diária). Os irmãos Vilas Boas observaram que, nos mitos dos índios do Alto Xingu, sempre são especificados os lugares exatos onde os fatos ocorreram. Muitas destas narrativas são ambientadas no Morená, área de confluência dos rios que formam o Xingu, e que seria uma terra sobrenatural, onde mora Mavutsinim, personagem dos mitos kamaiurá. Mavutsinim foi o primeiro homem e transformou uma concha da lagoa em mulher, a fim de dar origem à humanidade. Também foi Mavutsinim o criador do ritual do kuarup, que, em sua origem, era uma tentativa de fazer os mortos voltarem à vida. Segundo a lenda, no kuarup — cerimônia que, durante séculos, os índios esconderam do homem branco — troncos de árvore cobertos de ornamentos humanos eram enterrados no chão, na parte central da aldeia, enquanto os índios cantavam dia e noite. Gradualmente, os troncos iam se transformando em seres humanos, mas quando faltava apenas uma perna para a transformação ser completa, um índio que havia tido relações sexuais na véspera e estava proibido de olhar para os troncos, espiou pela fresta da cabana. Os troncos imediatamente voltaram ao estado original. Desde este dia, o kuarup passou a ser apenas um festival de homenagem aos mortos, sem poder para revivê-los. Nos mitos indígenas também aparecem o sol e a lua como personagens vivos, muitas vezes um casal de irmãos gêmeos. O sol é identificado com o princípio da regularidade e da certeza e a Lua, com o da variação e imprevisibilidade. Nos mitos dos índios guaranis, o deus gerador do universo, Nãmandu, desdobrou-se para fora de si, como uma flor, e gerou os demais deuses: Coração Grande, Karai, Jakaira e Tupã. Nãmandu construiu a Terra e apoiou-a em cinco palmeiras, uma em cada um dos pontos cardeais e outra no centro. Fez o firmamento sustentado por sete colunas. O mito do deus que se cria a si mesmo também está presente entre os índios dessana: é Iebá Beló, a “avó do universo”. Ela surge suspensa no nada e cria-se, usando bancos, suportes de panelas, cuias, folha de coca, pés de mandioca e cigarros. Dentro de um aposento construído em quartzo, Iebá Beló começou a pensar como deveria ser o universo, enquanto fumava um cigarro mágico. Então, seu pensamento ergueu-se sob a forma de uma esfera, incorporando toda a escuridão, até se postar no alto de uma torre. Esta esfera é chamada de “universo-barriga”, local em que Iebá Beló coloca os seres criados pelo bolo de ipadu que sempre mastiga.São freqüentes, nos mitos dos índios, as menções a “coisas invisíveis” que existem apenas no mundo dos deuses, e das quais os objetos reais do nosso mundo são meras cópias ou reflexos, uma idéia semelhante à idéia de Platão sobre as formas ideais. Os guaranis falam nas primeiras criaturas geradas no mundo: a serpente, a cigarra, o girino (ver Rã), o gafanhoto, o tatu e a coruja. A respeito de todos, afirmam que “Eles moram, agora, no limite do firmamento de nossa terra, e os que vivem sobre o leito da terra são apenas suas imagens”.
DISTRIBUIÇÃO As aves habitam todos os continentes e quase todas as ilhas do mundo. Estão adaptadas a todos os hábitats. Várias espécies vivem em desertos aparentemente estéreis, na Antártica, nas selvas, acima da linha de vegetação nas altas montanhas, em pântanos e alagados à beira-mar, nas costas rochosas, nas florestas, nos campos e nas cidades.Embora na maioria as aves sejam móveis, devido a sua capacidade de voar, as diferentes espécies têm uma determinada distribuição geográfica, que pode abarcar desde vários continentes até uma única ilha de pequeno tamanho. Duas das espécies mais amplamente distribuídas são o falcão-peregrino e a coruja-comum ou suindara.
M, décima segunda letra do alfabeto português. Seu nome é "eme". Procede do latim, adotada da letra grega mu, que, por sua vez, teve origem no hieróglifo egípcio que representava uma coruja.
MIGRAÇÃO A maioria das espécies de regiões árticas e temperadas, assim como algumas tropicais, realizam migrações, quer dizer, mudam-se regularmente, segundo a estação, afastando-se do seu lugar de cria e regressando a ele. É possível que unicamente se trasladem, durante o inverno, das montanhas mais expostas para vales protegidos. O extremo oposto é a migração de longa distância que realizam todo ano muitas espécies.As migrações de longa distância suscitam uma interessante questão: como as aves conseguem encontrar seu caminho? Não existe um sistema de navegação único. Algumas espécies parecem guiar-se pelas estrelas e outras, pela inclinação do Sol. Ao menos algumas delas podem detectar a radiação ultravioleta, o campo magnético terrestre e vibrações sonoras muito profundas, como as originárias das ondas de oceanos distantes.
Mitos folclóricos Histórias tradicionais transmitidas oralmente que reúnem lendas, anedotas e mitos de criação coletiva. No Brasil, seus principais personagens têm origem indígena ou européia.Matintapereira – Segundo a mitologia tupi, é uma pequena coruja que canta à noite para anunciar a morte próxima de uma pessoa. Descrevem-na também como mulher grávida que deixa o feto na rede de quem lhe nega fumo para o cachimbo.
Mocho, nome comum de algumas aves da família dos Estrigídeos, à qual pertencem também os caburés e várias corujas. Têm o disco facial redondo e seus grandes olhos estão incorporados em uma cápsula óssea. Por isso, têm de girar toda a cabeça para olhar para os lados. Entre as espécies maiores de mochos está o mocho-orelhudo ou jucurutu, também chamado de corujão-orelhudo. Com 52 cm e peso superior a 1 kg, é a maior coruja do continente. É também a única espécie de seu gênero (Bubo) que vive nas Américas. Ocorre da América do Norte à Terra do Fogo. No Brasil, aparece na Amazônia, Centro-oeste, Nordeste e Leste. Também ocorrem no Brasil duas espécies do gênero Asio: o mocho-diabo, com 38 cm, que vive em áreas de cerrado e em florestas artificiais de pinheiros, na Amazônia, Centro-oeste, Sudeste e Sul; e o mocho-dos-banhados, com 37 cm, migratório, que veio da América do Norte, atravessando os Andes até a Terra do Fogo. Vive em amplos banhados e caça durante o dia. No Brasil, ocorre de Minas Gerais e São Paulo até o Rio Grande do Sul. É comum nas regiões setentrionais da Europa e da Ásia. É também chamado de coruja-dos-campos e coruja-do-banhado. Na Europa, Ásia e África há 17 espécies de mochos. A distribuição mais ampla é a do mocho-real, que habita desde a Escandinávia até a Espanha e o Japão. O mocho-níveo do norte da Eurásia, cuja fêmea é branca com algumas pintas pretas no dorso, alimenta-se durante o dia.
Murucututu, ave da família dos mochos. Destaca-se pelo grande porte (48 cm) e pela ausência de orelhas. A face apresenta um desenho branco-puro, o peito, uma fita parda, e a barriga é de cor uniforme, branca ou amarela. Habita a mata alta, desde o México à Bolívia, ao Paraguai, à Argentina e, provavelmente, todo o Brasil. Também é popularmente chamada de corujão, mocho-mateiro e coruja-de-garganta-preta. Assim como outros grandes estrigídeos, caça animais de porte maior que insetos. Come morcegos e outros mamíferos, como ratos, e, na Guiana, costuma alimentar-se de caranguejos apanhados em beiras de rio.
Suindara, nome comum de uma ave noturna que é o único representante da família dos Titonídeos, também chamada de coruja-de-igreja, coruja-comum e coruja-branca (ver Coruja). Apresenta as patas alongadas e o disco facial em forma de coração, diferentemente dos mochos e caburés, que o têm redondo. Mochos e caburés são também chamados popularmente de coruja, mas pertencem a outra família, a dos Estrigídeos. De coloração clara, tem a parte inferior e a face brancas. Seus olhos transformam-se numa fenda longitudinal quando é intimidada durante o dia. Seu grito, fortíssimo, valeu-lhe também a denominação de rasga-mortalha. É cosmopolita, porém mais comum nas regiões quentes. Vive nas Américas, na Europa, no sul da Ásia, na África, na Indonésia e na Austrália. No Brasil, é encontrada em todas as regiões, inclusive em cidades. Come principalmente roedores, mas também marsupiais, morcegos, anfíbios, répteis, insetos e pequenas aves. Faz ninhos em sótãos de casas velhas, forros e torres de igrejas, pombais e grutas. Nas proximidades de habitações humanas, caça ratos domésticos, ratazanas e camundongos.

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