A
questão do controle dos pais sobre os filhos sempre é controversa,
mas é necessário deixar claro que o responsável pelos limites que os
adultos estabelecem para a sua autonomia é o próprio adolescente.
Quem vai dizer se tem de haver um controle ou não é a própria vida que o adolescente leva nesse processo de "segundo parto" - porque a adolescência é o segundo parto para ganhar a autonomia comportamental.
Teoricamente, esse jovem não precisa depender dos adultos para decidir o que fazer.
Agora, uma vez que ele não se mostre competente para ditar os próprios rumos e, em vez de ir à escola, fica no bar da esquina, o controle é necessário.
Nesse contexto, aparelhos rastreadores capazes de deixar os filhos localizáveis o tempo todo, que chamo de "coleira virtual", são bastante viáveis.
Esses jovens que precisam de controle não tomam as medidas de proteção necessárias e acabam se expondo a todo tipo de perigo. Em vez de manter a família informada, simplesmente desaprecem. Os pais têm de impor limites: se largar o celular em qualquer lugar, então não merece sair.
Nesse ponto, tem de ser um pouco mais radical, porque alguns adolescentes transcendem os limites, e os pais só vão saber na hora de tirá-los, na melhor das hipóteses, da delegacia.
Assim como há jovens que podem ir para a "balada" sem maiores preocupações, existem outros que precisam, sim, dessa "coleira virtual".
Quem vai dizer se tem de haver um controle ou não é a própria vida que o adolescente leva nesse processo de "segundo parto" - porque a adolescência é o segundo parto para ganhar a autonomia comportamental.
Teoricamente, esse jovem não precisa depender dos adultos para decidir o que fazer.
Agora, uma vez que ele não se mostre competente para ditar os próprios rumos e, em vez de ir à escola, fica no bar da esquina, o controle é necessário.
Nesse contexto, aparelhos rastreadores capazes de deixar os filhos localizáveis o tempo todo, que chamo de "coleira virtual", são bastante viáveis.
Esses jovens que precisam de controle não tomam as medidas de proteção necessárias e acabam se expondo a todo tipo de perigo. Em vez de manter a família informada, simplesmente desaprecem. Os pais têm de impor limites: se largar o celular em qualquer lugar, então não merece sair.
Nesse ponto, tem de ser um pouco mais radical, porque alguns adolescentes transcendem os limites, e os pais só vão saber na hora de tirá-los, na melhor das hipóteses, da delegacia.
Assim como há jovens que podem ir para a "balada" sem maiores preocupações, existem outros que precisam, sim, dessa "coleira virtual".
Folha de S.Paulo, 12 dez. 2004, p. C3
Içami Tiba é psiquiatra e autor de vários livros, entre os quais, Quem ama, educa!.
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