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História
Ídolos religiosos são produzidos desde o princípio da humanidade, ou pelo menos acredita-se que tenha sido como tal baseado nas estatuetas encontradas por arqueólogos de figuras humanóides com características físicas exageradas, ou híbridos entre figuras humanas e animais. De qualquer modo, no princípio da civilização, a existência de ídolos de pedra representando deuses era corriqueira, não se restringindo a templos, mas também presentes em casas, tumbas e locais públicos. O desenvolvimento do monoteísmo no Oriente Médio coincidiu com o declínio das práticas idólatras, condenadas por religiões como o judaísmo, e posteriormente pelo cristianismo e islamismo. Entretanto, a prática da adoração de ídolos religiosos esteve longe de desaparecer, sendo ainda uma prática essencial em religiões asiáticas como o hinduísmo, africanas ou afro-americanas, como o candomblé, e em várias culturas nativas da América e da Oceania. A questão da veneração de imagens já foi motivo de muita controvérsia. As denominações protestantes afirmam que, na Europa, o catolicismo substituiu as religiões pagãs ao longo da Idade Média, conservando a prática da adoração de ídolos e adaptando-a ao novo sistema religioso. Dizem os adeptos da Reforma que ao invés de imagens de deuses, passou-se a manufaturar imagens de santos cristãos, atribuindo-se a eles mais ou menos as mesmas funções dos ídolos pagãos. Já, os católicos e ortodoxos, afirmam que a veneração de imagens, legitimada pelo Segundo Concílio de Nicéia, não pode ser confundida com idolatria. As imagens, para eles, são meras representações daqueles a quem as orações são direcionadas, servindo para despertar a fé, concentrar a atenção e afervorar a piedade. Seriam como fotos de um ente querido.O ídolo tem uma função, que actua como estímulo de uma qualquer tarefa ou simples acto que se procura realizar. O ídolo é motivo de se querer conhecer e identificar aquilo ou aqueles que realizam o nosso virtual esforço real, em vez de nós próprios; ou sem que tenhamos de despender mais energia, mais força, mais atenção, mais inteligência e mais conhecimento, para atingirmos o objectivo que ansiamos atingir com sucesso. O ídolo é o elo-função, cujo contacto de proximidade vence, só por si a apatia, a indolência e a resistência naturais à acção, constituíndo-se como a figura mental principal de arranque dessa acção, da mobilidade, do pensamento e da fala. Esse ídolo, muitas vezes traduz-se pela visão da nossa figura vigorosa de outrora, inspirada de uma fotografia qualquer, e que entretanto se transformou num mito íntimo, símbolo máximo de força vencedora de qualquer resistência, em qualquer circunstância ou situação. A ideia de ídolo opõe-se à prática de idolatria; sendo que a idolatria é a corrupção e banalização do ídolo.
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