quarta-feira, 30 de maio de 2012

BURACO NA PAREDE

Fábio Gandour, Cientista-Chefe da IBM Brasil, fez hoje um post no seu blog da Revista Época, fazendo uma interessante ponte entre * um novo método de ensino, conhecido como "Educação Minimamente Invasiva" - ou mais pitorescamente como "buraco na parede" - e * o conceito de Levy de 'meta-linguagens de localização de conhecimento' difundido por redes sociais como Facebook, Orkut, etc. e microblogs como Twitter, SMS, e o que mais vier por aí. Mesmo a .... peculiar(?) ... ex-diretora da Royal Institution, Lady Susan Greenfield, mantém essa visão reduzida das redes sociais, com as desgastadas afirmações de que "contato visual, linguagem corporal, apertar a mão e abraçar são vitais para a interação humana" e não estão disponíveis para seus "900 amigos no Facebook" e que não tem tempo para ler tweets como "estou colocando uma meia, agora estou colocando a outra meia". As pessoas que sigo no Tweeter postam coisas muuuito mais interessantes e úteis do que isso. O que é realmente interessante é como análise feita por ele 'salva' um pouco tanto os celulares, esses equipamentos ainda proibidos em sala de aula pelos professauros, como nos tranquiliza um pouco contra os 'apocalípticos' que prevêem o fim da nossa cultura por causa da 'futilidade' das redes sociais (tá bom, tá bom, eu sou meio que 'integrado') e do tsunami de comunicação e informação causado por elas. Isso tudo, claro, se aceitarmos mudar o centenário paradigma da Escola Industrial e o substituirmos pelo pós-modernista da educação descentralizada, informal, entre iguais, que, se formos ler bem Vygotsky, é a única que funciona, já que aprendemos muito mais uns com os outros do que com professores. Quantos de nós fizemos cursos de Facebook, Twitter, Outlook, Orkut, Powerpoint, etc., para não falar de uso de celulares, Palms, DVD players, iPods, etc? Quando estou com um problema num software, para mim é sempre muito mais útil um post de 100 caracteres num fórum do que o manual de 400 páginas ou um curso de 20 horas. Igual quando quero uma recomendação de um médico, babá, filme, livro, etc. Não deixe de ler.

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