Ecossistemas de Brejo
Brejo, alagado, alagadiço, charco, banhado, pântano, tremedal, paul e pantanal são designações utilizadas para um tipo especial de ecossistema de águas rasas e semi-paradas coberto com ervas de diversos tipos e tamanhos. O nome oficial adotado pelo IBGE para estes ecossistemas é “comunidades aluviais”. Internacionalmente, são conhecidos como “wetlands” (terras úmidas ou terras alagadiças).
A água é o elemento chave neste tipo de ecossistema. Para que o brejo exista, são necessárias algumas condições físicas. A primeira é a pouca inclinação do terreno, que retarda ou impede o escoamento das águas. A segunda é a existência de solos impermeáveis, impedindo ou dificultando a infiltração, e a terceira é a proximidade da rocha-mãe logo abaixo de uma fina camada de solos, ou a combinação destes fatores. Desde que as condições acima descritas existam, haverá a possibilidade de ocorrência de brejo, não importando se a área está situada próxima do mar, em planalto ou em serras.
Os brejos podem ser encontrados nas planícies adjacentes aos rios, em depressões ou em braços abandonados, recebendo as águas fluviais nos períodos de cheia. Ocorrem também nas margens de lagoas de água doce e salobra ou mesmo em depressões isoladas sem ligações com rios e lagoas. Um brejo pode ser permanente, temporário ou ter um núcleo permanente com uma zona no entorno onde o brejo se expande e se retrai de acordo com a época do ano.
A vegetação de brejo é formada predominantemente por uma variedade de ervas fixas no fundo, flutuantes livres ou flutuantes presas no fundo, dentre outras. Contudo, pode apresentar algumas árvores e arbustos. Nos livros técnicos de ecologia e biologia as ervas são chamadas de “macrófitas”.
A erva mais abundante nos brejos é a taboa ou tabua (Typha dominguensis), que cresce em tufos que podem atingir mais de 2 metros de altura. São comuns ainda peri-peris (Cyperus giganteus), samambaias-do-brejo (Achrosticum aureum), aguapés (Echornia crassipes), salsas-do-brejo (Jussiaea sp), salvínias (Salvinia auriculata), alfaces-d'água (Pistia stratiotes) e lírios-do-brejo (Hedychium coronarium). Este último é uma planta invasora originária da Índia. Provavelmente, sua introdução no país deve ter sido obra de algum paisagista imprevidente. Suas sementes são facilmente espalhadas por pássaros e em alguns brejos tende a se tornar dominante. A floração branca do lírio do brejo é facilmente distinguível, sendo um bom indicador de áreas alagadas rasas, assim como a presença de taboas.
Árvores e arbustos freqüentemente aparecem em brejos na forma de moitas ou de exemplares isolados. As árvores mais comuns são os ingás (Inga sp) e as caixetas (Tabebuia cassinoides). Há também canelas-do-brejo (Ocotea squamosa), carobas-miúda (J. tomentosa), carobas-d'água (Jacaranda nitida), malungus-do-brejo (Erytrina falcata), genipapos (Genipa americana), capororocas (Rapanea umbellata), araticuns (Anona palustris), congonha-do-rios (Ilex amara), pau-pretos (Humiria sp), pau-pombos (Tapirira guianensis), guairanas (Peschiera sp), guanandi (Calophyllum brasiliensis), a gameleiras-brava (Ficus obtusiscula), sangues-de-drago (Croton lagoensis), santa-rita (Laplacea fruticosa) e pau-breu (Symphonia globulifera).
As ervas macrófitas são o motor da vida dos brejos e a base da cadeia alimentar. Em íntima associação com bilhões de bactérias e minúsculos vegetais (“algas”) que vivem aderidos às folhas, elas retiram das águas circundantes enormes quantidades de nutrientes (fósforo, nitrogênio, etc). Ao mesmo tempo, as que tem contato com o fundo bombeiam através das raízes os nutrientes que estão enterrados no lodo, trazendo-os de volta para serem aproveitados pelos seres vivos. Estes mecanismos de alimentação fazem com que algumas ervas de brejo sejam uma máquina de crescimento sem similar no mundo vegetal. Estudos apontam uma produção anual de 6,5 a 8,5 kg de matéria orgânica por metro quadrado de brejo. Aguapés dobram de peso em 12 dias e 10 plantas colocadas em boas condições serão, depois de oito meses, 650.000! Fechando o ciclo, a morte e o apodrecimento das ervas libera os nutrientes presos no corpo da planta, fertilizando e adubando as águas.
No Estado do Rio de Janeiro, devido à ausência de inverno rigoroso na maior parte do território, quem comanda o crescimento das ervas é a flutuação do nível de água do brejo, embora o calor e a luminosidade do verão seja também um fator importante.
Já vai longe o tempo que os brejos eram tidos como inúteis, sendo considerados focos de mosquitos e terras imprestáveis para agricultura. Ditados populares como “a vaca foi pro brejo” mostram a visão negativa da sociedade sobre este ecossistema. Os serviços de extensão rural, na tentativa de ajudar lavradores e fazendeiros, promoveram no passado a drenagem de muitos hectares de brejo, sob o desígnio de “recuperação das terras”. Fomentado pelo antigo PROVÁRZEAS com apoio do extinto DNOS na década de 70, esta prática liquidou matas ciliares, brejos e banhados localizados em áreas com solos encharcados ou sujeitos a inundações temporárias (várzeas). A drenagem de milhares de hectares de várzeas, realizada por décadas no Estado, foi extremamente danosa, pois reduziu significativamente a capacidade de retenção de água das microbacias, e conseqüentemente, a capacidade de regularização do fluxo de córregos. Como conseqüência, os cursos de água tornaram-se excessivamente dependentes do regime de chuvas ocorrente a cada ano, o que prejudica o próprio agricultor, pois as vazões mínimas decaem nos períodos de estiagem, afetando a disponibilidade hídrica.
Além disso, as intervenções aceleram o escoamento, facilitando a erosão de margens e o transporte de sedimentos. Cabe lembrar que o território do Estado do Rio de Janeiro, em sua maior parte, encontra-se em franco processo de erosão devido a diversos fatores, sendo o principal a retirada das matas de topo de morros e encostas. Tudo isto termina por elevar significativamente a carga sólida dos rios principais, provocando o assoreamento no baixo curso. As propriedades localizadas no baixo curso podem ser penalizadas pela aumento da freqüência e intensidade de enchentes. Isto pode não ser percebido nitidamente quando se está trabalhando na microescala, ao nível de propriedade ou de uma microbacia. Mas a soma de intervenções em diversas microbacias gera um dano facilmente percebido quando se analisa a geomorfologia fluvial e o regime hidrológico de uma bacia. Outra conseqüência negativa das drenagens é a eliminação de habitats de procriação e crescimento de filhotes de peixes, o que reduz drasticamente os estoques, prejudicando a pesca. A drenagem de brejos pois, é uma atitude insensata pois deprecia a terra do lavrador e o expõe a riscos desnecessários na estiagem
Em estudo publicado em 1997 (Revista Nature, vol. 387, n 6230), 18 cientistas apontaram os brejos e as planícies de inundação como os ecossistemas que mais produzem serviços ambientais que beneficiam a humanidade. Os cientistas estimaram que 1 hectare de brejo vale US$ 14,8 mil/ano. Brejos garantem a sobrevivência de seu ecossistema vizinho, normalmente as lagoas e os rios. Quando há uma seca, o brejo fornece água e, quando há cheia, retém. Faz o papel de uma esponja. Como as águas nos brejos são quase paradas, isto favorece a sedimentação da carga trazida pelos rios afluentes ou arrastada pelo escoamento. Assim, as partículas finas se depositam nos brejos, incorporando-se à matéria orgânica. Nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, os brejos assumiram um papel de relevância e há centenas de empresas de engenharia especializadas em reconstruir brejos.
Brejos podem ser construídos para servirem como estações de tratamento de água de vilas e povoados, são criadouros de animais aquáticos e aves migratórias e possuem diversos produtos vegetais passíveis de uso econômico. A popular taboa ou tabua fornece uma fibra leve e impermeável a água, que é um excelente material isolante para o calor, daí o emprego em cintos salva-vidas e material de enchimento em geral. Outro recurso valioso é o pau-tamanco ou caixeta (Tabebuia cassinoides). Trata-se de uma árvore de 5-12 metros de altura e 10-30 cm de diâmetro, que tem uma madeira branca ou levemente amarela, macia e que não racha e nem empena mesmo exposta ao sol. A madeira é usada na fabricação de tamancos, lápis, pranchetas, violas, brinquedos, caixas finas, molduras, saltos de sapato e palitos de fósforo. As hastes do lírio do brejo misturadas com massa de papel reciclado servem como matéria prima para fabricação de papel de embrulho, processo utilizado em Morretes (Paraná). Com juncos (Scirpus sp) podem ser feitas esteiras e réstia de cebolas. Com material vegetal de brejos é possível construir diversos aparatos de bioengenharia para serem utilizados em recuperação de áreas degradadas.
No início dos anos de 1970 sob os auspícios da Organização das Nações Unidas – ONU diversos paises assinaram a Convenção RAMSAR.
Desde então, uma intensa campanha mundial tem sido desenvolvida para incentivar os governos e as sociedades a preservarem e recuperarem os brejos. Aí incluem-se a organização mundial Wetland International, a Society of Wetland Scientists e a Wetland Science Institute. Orientações práticas para se calcular o benefício econômico de um brejo podem ser obtidos na publicação de Edward B. Barbier, Mike Acreman e Duncan Knowler - “Valoración económica de los humedales: Guía para decisores y planificadores”,
Para aqueles que desejam conhecer em detalhes as plantas de brejo recomenda-se a publicação de F.C. Hoehne, “Plantas Aquáticas”, com 168 páginas, editada em 1955 pelo Instituto de Botânica do Estado de São Paulo. Ela pode ser encontrada com facilidade nas boas bibliotecas de biologia e agronomia das universidades fluminenses.
© Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zona Costeira
CNPJ 036.612.270/0001/41
Todos os direitos reservados. All rights reserved.
Brejo, alagado, alagadiço, charco, banhado, pântano, tremedal, paul e pantanal são designações utilizadas para um tipo especial de ecossistema de águas rasas e semi-paradas coberto com ervas de diversos tipos e tamanhos. O nome oficial adotado pelo IBGE para estes ecossistemas é “comunidades aluviais”. Internacionalmente, são conhecidos como “wetlands” (terras úmidas ou terras alagadiças).
A água é o elemento chave neste tipo de ecossistema. Para que o brejo exista, são necessárias algumas condições físicas. A primeira é a pouca inclinação do terreno, que retarda ou impede o escoamento das águas. A segunda é a existência de solos impermeáveis, impedindo ou dificultando a infiltração, e a terceira é a proximidade da rocha-mãe logo abaixo de uma fina camada de solos, ou a combinação destes fatores. Desde que as condições acima descritas existam, haverá a possibilidade de ocorrência de brejo, não importando se a área está situada próxima do mar, em planalto ou em serras.
Os brejos podem ser encontrados nas planícies adjacentes aos rios, em depressões ou em braços abandonados, recebendo as águas fluviais nos períodos de cheia. Ocorrem também nas margens de lagoas de água doce e salobra ou mesmo em depressões isoladas sem ligações com rios e lagoas. Um brejo pode ser permanente, temporário ou ter um núcleo permanente com uma zona no entorno onde o brejo se expande e se retrai de acordo com a época do ano.
A vegetação de brejo é formada predominantemente por uma variedade de ervas fixas no fundo, flutuantes livres ou flutuantes presas no fundo, dentre outras. Contudo, pode apresentar algumas árvores e arbustos. Nos livros técnicos de ecologia e biologia as ervas são chamadas de “macrófitas”.
A erva mais abundante nos brejos é a taboa ou tabua (Typha dominguensis), que cresce em tufos que podem atingir mais de 2 metros de altura. São comuns ainda peri-peris (Cyperus giganteus), samambaias-do-brejo (Achrosticum aureum), aguapés (Echornia crassipes), salsas-do-brejo (Jussiaea sp), salvínias (Salvinia auriculata), alfaces-d'água (Pistia stratiotes) e lírios-do-brejo (Hedychium coronarium). Este último é uma planta invasora originária da Índia. Provavelmente, sua introdução no país deve ter sido obra de algum paisagista imprevidente. Suas sementes são facilmente espalhadas por pássaros e em alguns brejos tende a se tornar dominante. A floração branca do lírio do brejo é facilmente distinguível, sendo um bom indicador de áreas alagadas rasas, assim como a presença de taboas.
Árvores e arbustos freqüentemente aparecem em brejos na forma de moitas ou de exemplares isolados. As árvores mais comuns são os ingás (Inga sp) e as caixetas (Tabebuia cassinoides). Há também canelas-do-brejo (Ocotea squamosa), carobas-miúda (J. tomentosa), carobas-d'água (Jacaranda nitida), malungus-do-brejo (Erytrina falcata), genipapos (Genipa americana), capororocas (Rapanea umbellata), araticuns (Anona palustris), congonha-do-rios (Ilex amara), pau-pretos (Humiria sp), pau-pombos (Tapirira guianensis), guairanas (Peschiera sp), guanandi (Calophyllum brasiliensis), a gameleiras-brava (Ficus obtusiscula), sangues-de-drago (Croton lagoensis), santa-rita (Laplacea fruticosa) e pau-breu (Symphonia globulifera).
As ervas macrófitas são o motor da vida dos brejos e a base da cadeia alimentar. Em íntima associação com bilhões de bactérias e minúsculos vegetais (“algas”) que vivem aderidos às folhas, elas retiram das águas circundantes enormes quantidades de nutrientes (fósforo, nitrogênio, etc). Ao mesmo tempo, as que tem contato com o fundo bombeiam através das raízes os nutrientes que estão enterrados no lodo, trazendo-os de volta para serem aproveitados pelos seres vivos. Estes mecanismos de alimentação fazem com que algumas ervas de brejo sejam uma máquina de crescimento sem similar no mundo vegetal. Estudos apontam uma produção anual de 6,5 a 8,5 kg de matéria orgânica por metro quadrado de brejo. Aguapés dobram de peso em 12 dias e 10 plantas colocadas em boas condições serão, depois de oito meses, 650.000! Fechando o ciclo, a morte e o apodrecimento das ervas libera os nutrientes presos no corpo da planta, fertilizando e adubando as águas.
No Estado do Rio de Janeiro, devido à ausência de inverno rigoroso na maior parte do território, quem comanda o crescimento das ervas é a flutuação do nível de água do brejo, embora o calor e a luminosidade do verão seja também um fator importante.
Já vai longe o tempo que os brejos eram tidos como inúteis, sendo considerados focos de mosquitos e terras imprestáveis para agricultura. Ditados populares como “a vaca foi pro brejo” mostram a visão negativa da sociedade sobre este ecossistema. Os serviços de extensão rural, na tentativa de ajudar lavradores e fazendeiros, promoveram no passado a drenagem de muitos hectares de brejo, sob o desígnio de “recuperação das terras”. Fomentado pelo antigo PROVÁRZEAS com apoio do extinto DNOS na década de 70, esta prática liquidou matas ciliares, brejos e banhados localizados em áreas com solos encharcados ou sujeitos a inundações temporárias (várzeas). A drenagem de milhares de hectares de várzeas, realizada por décadas no Estado, foi extremamente danosa, pois reduziu significativamente a capacidade de retenção de água das microbacias, e conseqüentemente, a capacidade de regularização do fluxo de córregos. Como conseqüência, os cursos de água tornaram-se excessivamente dependentes do regime de chuvas ocorrente a cada ano, o que prejudica o próprio agricultor, pois as vazões mínimas decaem nos períodos de estiagem, afetando a disponibilidade hídrica.
Além disso, as intervenções aceleram o escoamento, facilitando a erosão de margens e o transporte de sedimentos. Cabe lembrar que o território do Estado do Rio de Janeiro, em sua maior parte, encontra-se em franco processo de erosão devido a diversos fatores, sendo o principal a retirada das matas de topo de morros e encostas. Tudo isto termina por elevar significativamente a carga sólida dos rios principais, provocando o assoreamento no baixo curso. As propriedades localizadas no baixo curso podem ser penalizadas pela aumento da freqüência e intensidade de enchentes. Isto pode não ser percebido nitidamente quando se está trabalhando na microescala, ao nível de propriedade ou de uma microbacia. Mas a soma de intervenções em diversas microbacias gera um dano facilmente percebido quando se analisa a geomorfologia fluvial e o regime hidrológico de uma bacia. Outra conseqüência negativa das drenagens é a eliminação de habitats de procriação e crescimento de filhotes de peixes, o que reduz drasticamente os estoques, prejudicando a pesca. A drenagem de brejos pois, é uma atitude insensata pois deprecia a terra do lavrador e o expõe a riscos desnecessários na estiagem
Em estudo publicado em 1997 (Revista Nature, vol. 387, n 6230), 18 cientistas apontaram os brejos e as planícies de inundação como os ecossistemas que mais produzem serviços ambientais que beneficiam a humanidade. Os cientistas estimaram que 1 hectare de brejo vale US$ 14,8 mil/ano. Brejos garantem a sobrevivência de seu ecossistema vizinho, normalmente as lagoas e os rios. Quando há uma seca, o brejo fornece água e, quando há cheia, retém. Faz o papel de uma esponja. Como as águas nos brejos são quase paradas, isto favorece a sedimentação da carga trazida pelos rios afluentes ou arrastada pelo escoamento. Assim, as partículas finas se depositam nos brejos, incorporando-se à matéria orgânica. Nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, os brejos assumiram um papel de relevância e há centenas de empresas de engenharia especializadas em reconstruir brejos.
Brejos podem ser construídos para servirem como estações de tratamento de água de vilas e povoados, são criadouros de animais aquáticos e aves migratórias e possuem diversos produtos vegetais passíveis de uso econômico. A popular taboa ou tabua fornece uma fibra leve e impermeável a água, que é um excelente material isolante para o calor, daí o emprego em cintos salva-vidas e material de enchimento em geral. Outro recurso valioso é o pau-tamanco ou caixeta (Tabebuia cassinoides). Trata-se de uma árvore de 5-12 metros de altura e 10-30 cm de diâmetro, que tem uma madeira branca ou levemente amarela, macia e que não racha e nem empena mesmo exposta ao sol. A madeira é usada na fabricação de tamancos, lápis, pranchetas, violas, brinquedos, caixas finas, molduras, saltos de sapato e palitos de fósforo. As hastes do lírio do brejo misturadas com massa de papel reciclado servem como matéria prima para fabricação de papel de embrulho, processo utilizado em Morretes (Paraná). Com juncos (Scirpus sp) podem ser feitas esteiras e réstia de cebolas. Com material vegetal de brejos é possível construir diversos aparatos de bioengenharia para serem utilizados em recuperação de áreas degradadas.
No início dos anos de 1970 sob os auspícios da Organização das Nações Unidas – ONU diversos paises assinaram a Convenção RAMSAR.
Desde então, uma intensa campanha mundial tem sido desenvolvida para incentivar os governos e as sociedades a preservarem e recuperarem os brejos. Aí incluem-se a organização mundial Wetland International, a Society of Wetland Scientists e a Wetland Science Institute. Orientações práticas para se calcular o benefício econômico de um brejo podem ser obtidos na publicação de Edward B. Barbier, Mike Acreman e Duncan Knowler - “Valoración económica de los humedales: Guía para decisores y planificadores”,
Para aqueles que desejam conhecer em detalhes as plantas de brejo recomenda-se a publicação de F.C. Hoehne, “Plantas Aquáticas”, com 168 páginas, editada em 1955 pelo Instituto de Botânica do Estado de São Paulo. Ela pode ser encontrada com facilidade nas boas bibliotecas de biologia e agronomia das universidades fluminenses.
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