Um dos fenômenos que mais chamam a atenção é a preservação até a incorruptibilidade do corpo de certos santos.
É fato que em condições excepcionais pode acontecer que um corpo não se desfaça inteiramente por razões meramente naturais.
Porém, o fenômeno dá-se com os santos em proporções muito acima do normal, sendo que na quase totalidade das vezes foram sepultados em condições comuns e que, portanto, deveriam se pulverizar como os outros.
No processo de canonização, a Igreja estabelece a apertura dos sarcófagos para conferir que o corpo ali enterrado pertence verdadeiramente ao Servo de Deus e constatar seu estado.
A conservação inusitada desse corpo é um sinal que, entre outros, contribui a definição da santidade do Servo de Deus.
Há, portanto, três tipos de preservação:
1 ‒ milagrosa (incorruptíveis strictu sensu),
2 ‒ deliberada por meios científicos (quando o corpo foi embalsamado, como foi o caso de B. Juan XXIII),
3 ‒ natural e acidental.
A incorruptibilidade propriamente dita é a preservação milagrosa que não se explica por nenhuma lei ou fator natural e é independente das circunstâncias (umidade, temperatura, tempo, cal ou outros elementos que poderiam acelerar a decomposição).
Só pode se ter certeza da incorruptibilidade quando o corpo admiravelmente conservado jamais foi embalsamado ou tratado com qualquer tipo de procedimento visando uma preservação.
Em alguns casos acresce que os corpos de santos também exsudam aromas ou perfumes, sobre tudo no momento da exumação.
A incorruptibilidade não é a mumificação (nem natural, nem por obra humana). Os corpos mumificados apresentam características facilmente reconhecíveis pela ciência.
Um dos casos mais impressionantes é o da vidente de Lourdes, Santa Bernadette Soubirous.
Seu corpo encontra-se exposto na capela do convento de Saint-Gildard, na cidade de Nevers, França, nas condições que podem ser vistas no vídeo abaixo, registrado em julho de 2010.
Verificou-se que o hábito estava ensopado pela umidade do túmulo e o terço estava completamente enferrujado. As freiras lavaram o corpo, o vestiram e o puseram num ataúde forrado de seda.
Na segunda, em 31 de abril de 1919, o corpo estava no mesmo estado. Apenas que por causa da lavagem feita pelas freiras tinha-se criado mofo no corpo. Foi observado que as veias ainda estavam proeminentes como se estivessem cheias de sangue.
Na terceira, em 18 de abril de 1925, o corpo estava no mesmo estado, com a pele mais escura. Os músculos mostravam-se tonificados, a pele estava elástica e inteira salvo em algumas partes mínimas. O fígado estava elástico, quase normal, quando deveria estar reduzido a pó ou petrificado.
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