terça-feira, 17 de julho de 2012

O desafio de planejar o futuro de Unidades de Conservação



Por Ayslaner Gallo Nenhum Comentário
Recentemente, tive a oportunidade de participar de uma reunião da Comunidade de Ensino e Aprendizagem em Planejamento de Unidades de Conservação, instituída por pessoas envolvidas com a temática e que, muitas vezes, com diferentes iniciativas, contribuem com o processo de evolução da Conservação da Natureza no Brasil.
A comunidade é constituída por pessoas que trabalham nos órgãos gestores, instituições de pesquisa, universidades, organizações de interesse público, organizações não governamentais e na iniciativa privada, agregando também as riquíssimas contribuições de nossos hermanos da ELAP (Escuela Latinoamericana de Areas Protegidas - Costa Rica), trazendo toda a experiência acumulada pela América Latina.
O objetivo dessa turma é “contribuir para tornar os esforços de planejamento em unidades de conservação do Brasil mais eficientes, com ênfase na Amazônia e visando a gestão socialmente justa, participativa e efetiva para a conservação da natureza (Comunidade de Ensino e Aprendizagem em Planejamento de Unidades de Conservação).

Trabalho com esse tema desde 2005, e foi muito importante perceber que os processos estão sendo melhorados. É muito enriquecedor ter a oportunidade de argumentar com pessoas envolvidas na área há mais de 30 anos, pessoas que conhecem muito bem diversos temas relacionados às unidades de conservação, pessoas que acompanharam toda a evolução desse contexto no Brasil, desde o início da década de 1970, e que ainda estão na ativa para melhorar tudo isso. Passamos três dias discutindo alguns temas a fundo, pensando em melhorias e em novas abordagens sobre a etapa de planejamento dessas unidades.

Com tanta responsabilidade em mãos, é importante termos coragem para encarar os paradigmas, buscando alternativas eficientes e caminhos inovadores. Precisamos ter uma visão ampla dos desafios e oportunidades para entender os diferentes argumentos dos atores envolvidos: técnico, para inferir na dose certa os critérios e o rigor cientifico, e holístico e sensível o suficiente para perceber as possíveis mudanças nos cenários.
Tudo isso para, no fim das contas, garantir o relaxante banho de cachoeira, a receita de açaí bem caprichada, a permanência da comunidade tradicional, os móveis de madeira e até mesmo os medicamentos que poderão nos beneficiar e que ainda nem conhecemos.
*Ayslaner Gallo, engenheiro florestal de 29 anos, mora em Alta Floresta (MT) e é filho de pecuarista. Ainda jovem, percebeu que gostava mais de ver as árvores em pé do que derrubadas. É sócio da MapsMut, empresa que faz diagnósticos ambientais na 
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