Aves
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- Nota: Para outros significados, veja Aves (desambiguação).
Aves |
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Chapim-real (Parus major)
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Classificação científica | ||||||||||||||
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Muitas - veja texto |
Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros. Os pássaros estão incluídos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.
Enquanto a maioria das aves se caracteriza pelo voo, as ratitas não podem voar ou apresentam voo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticas, mamíferos em particular).
Índice |
Evolução e taxonomia
O Archaeopteryx, do Jurássico Superior (entre 150–145 milhões de anos atrás), é a ave mais antiga conhecida, dentro dessa definição. Outros autores partidários ao Phylocode, como Jacques Gauthier, tem definido Aves para incluir somente os grupos de aves modernas, excluindo muitos grupos conhecidos apenas pelo registro fóssil, e assinalando-os ao clado Avialae,[5] em parte para evitar as incertezas sobre o posicionamento do Archaeopteryx em relação aos animais tradicionalmente conhecidos como dinossauros terópodes.
Todas as aves modernas pertencem a subclasse Neornithes, que está subdividida em: Palaeognathae e Neognathae.[3] Estas duas subdivisões são frequentemente assinaladas a posição taxonômica de superordem,[6] embora Livezey e Zusi assinalaram-nas como coorte.[3]
Dependendo do ponto de vista taxonômico, o número de espécies de aves existentes conhecidas varia entre 9 800[7] a 10 050.[8]
Origem das aves
Evolução e diversificação das aves
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As aves se diversificaram numa grande variedade de formas durante o período Cretáceo.[11] Muitos grupos retiveram características primitivas, como garras nas asas e dentes, embora os dentes foram perdidos independentemente em vários grupos de aves. Enquanto as formais primitivas, como o Archaeopteryx e o Jeholornis, retiveram os longos ossos da cauda dos seus ancestrais,[11] as caudas das aves mais avançadas foram encurtadas com o advento do osso pigóstilo no clado Pygostylia.
A primeira linhagem grande e diversa de aves de cauda curta a evoluir foi a Enantiornithes, nomeada em função da construção dos ossos do ombro estarem em posição contrária a das aves modernas. Os Enantiornithes ocuparam uma grande variedade de nichos ecológicos, de filtradores de areia e piscívoros a trepadores e granívoros.[11] Alguns linhagens mais avançadas também se especializaram em um dieta a base de peixes, como a classe Ichthyornithes.[12] Uma ordem de aves marinhas do Mesozóico, a Hesperornithiformes, tornou-se tão adaptada ao ambiente aquático que perdeu a capacidade de voar. Apesar dessas especializações extremas, os Hesperornithiformes representam uma das linhagens mais próximas as aves modernas.[11]
Classificação
baseada na Taxonomia de Sibley-Ahlquist |
- Subclasse †Archaeornithes Gadow, 1893 - aves ancestrais
- Ordem †Archaeopterygiformes Lambrecht, 1933 - arqueopterix
- Ordem †Confuciusornithiformes Hou et al., 1995
- Subclasse Neornithes Gadow, 1893 - aves modernas
- Superordem Paleognathae Pycraft, 1900 - aves com asas atrofiadas e osso esterno sem quilha
- Ordem Apterygiformes Haeckel, 1866 - quivi
- Ordem †Dinornithiformes Gadow, 1893 - moa
- Ordem Casuariiformes Sclater, 1880 - casuar
- Ordem †Aepyornithiformes Newton, 1884 - ave-elefante
- Ordem Struthioniformes Latham, 1790 - avestruz
- Ordem Rheiformes Forbes, 1884 - ema
- Ordem Tinamiformes Huxley, 1872 - macuco, inhambu
- Superordem Neognathae Pycraft, 1900 - aves com asas bem desenvolvidas e osso esterno com quilha
- Ordem Sphenisciformes Bonaparte, 1831 - pinguim
- Ordem Gaviiformes Wetmore & Miller, 1926 - mobelha
- Ordem Podicipediformes Fürbringer, 1888 - mergulhão
- Ordem Procellariiformes Fürbringer, 1888 - albatroz, petrel
- Ordem Pelecaniformes Sharpe, 1891 - pelicano, atobá, cormorão, rabo-de-palha
- Ordem Ciconiiformes Bonaparte, 1854 - cegonha, garça, urubu, íbis
- Ordem Anseriformes Wagler, 1831 - pato, ganso, cisne
- Ordem Falconiformes Sharpe, 1874 - águia, gavião, falcão
- Ordem Galliformes Temminck, 1820 - galo, peru, faisão, perdiz, pavão, aracuã, jacu, mutum
- Ordem Gruiformes Bonaparte, 1854 - grou, saracura, jacamim, seriema
- Ordem Charadriiformes Huxley, 1867 - batuíra, maçarico, gaivota, jaçanã
- Ordem Columbiformes Latham, 1790 - pombo, dodô
- Ordem Psittaciformes Wagler, 1830 - papagaio, arara, periquito, cacatua
- Ordem Cuculiformes Wagler, 1830 - cuco, anu
- Ordem Strigiformes Wagler, 1830 - coruja
- Ordem Caprimulgiformes Ridgway, 1881 - bacurau, urutau
- Ordem Apodiformes Peters, 1940 - andorinhão, beija-flor
- Ordem Coliiformes Murie, 1872 - rabo-de-junco
- Ordem Trogoniformes Wetmore & Miller, 1926 - surucuá
- Ordem Coraciiformes Forbes, 1884 - martim-pescador, rolieiro
- Ordem Piciformes Meyer & Wolf, 1810 - pica-pau, tucano
- Ordem Passeriformes Linnaeus, 1758 - pássaros
- Superordem Paleognathae Pycraft, 1900 - aves com asas atrofiadas e osso esterno sem quilha
Adaptações ao voo
No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o voo ao animal. Entre estas podemos citar:- Endotermia
- Desenvolvimento das penas
- Desenvolvimento de ossos pneumatizados
- Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos
- Desenvolvimento de um sistema de sacos aéreos
- Postura de ovos
- Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as asas
- Ausência de bexiga urinária
- Ausência de dentes
- Corpo leve e aerodinâmico
Os ossos pneumáticos também são encontrados em outros grupos de répteis. Apesar de serem ocos (sendo um termo melhor "não-maciços"), os ossos das aves são muito resistentes, pois preservam um sistema de trabéculas ósseas arranjadas piramidalmente em seu interior.
Com relação a características ósseas relacionadas à adaptação ao voo, podemos citar:
- Diminuição do crânio, sendo este composto por ossos completamente fusionados no estágio adulto;
- Rostrum (mandíbula + maxilar) leve, podendo ser "oco" (p. ex. em tucanos, Ramphastidae) e coberto por uma camada córnea, a ranfoteca;
- Forame magno direcionado posteriormente, facilitando a posição "horizontal" da ave (quando em voo);
- Diminuição do número de vértebras, em especial no sinsacrum (fusão de vértebras e outros ossos da cintura pélvica) e pigóstilo (vértebras caudais fusionadas);
- Tarsos (mãos) com grande fusão de ossos, sendo que atualmente só se observam três dedos;
- Fusão das clavículas formando a fúrcula (conhecido popularmente como "osso da sorte"), como adaptação ao fechamento dos órgãos dentro de uma caixa óssea;
- Costelas dotadas de um processo uncinar (projeção óssea posteriormente direcionada de modo a fixar uma costela com a costela imediatamente atrás), também uma adaptação ao fechamento;
- Prolongamento do osso esterno e desenvolvimento da carena ou quilha esternal, sendo que, o primeiro também é uma adaptação à formação da caixa óssea e o segundo uma adaptação para a implantação dos músculos do voo, necessariamente fortes.
- Fusão de ossos nas pernas (apêndices locomotores posteriores) formando a tíbia-tarso e tarso-metatarso.
Todas essas características já são observadas em outros grupos de répteis, em especial nos Dinosauria, o que levou especialistas a classificar as aves não como um grupo à parte (Classe Aves, como era conhecida antigamente), e sim como um grupo especializado de dinossauros (veja Ascendência das aves).
Morfologia
Do ponto de vista morfológico, as aves constituem um grupo um tanto particular e uniforme dentro dos tetrápodes (Tetrapoda) atuais. Particular porque se distinguem facilmente de outros grupos de animais vivos e uniformes porque, apesar do grande número de espécies e adaptações das mais variadas para diferentes nichos ecológicos, o grupo como um todo mantém sua morfologia bastante semelhante (diferentemente, p. ex., dos mamíferos).Entre as características morfológicas de grande importância ecológica e evolutiva, estão o formato do bico e dos pés e a proporção área alar/tamanho corporal.
Do ponto de vista sistemático, a estrutura da siringe é de particular interesse, tendo sido de fundamental importância na divisão da ordem Passeriformes em Tyranni (Suboscines, ou "aves gritadoras") e Passeri (Oscines, ou "aves canoras, que cantam"). Mais recentemente, a estrutura da siringe também tem sido usada para estudos filogenéticos em grupos de aves não-Passeriformes (p. ex. os Falconiformes).
Reprodução
A reprodução da ave é interna. Enquanto a fêmea geralmente tem um único ovário, situado no lado esquerdo, onde produz óvulos, o macho sempre possui dois testículos e libera espermatozóides. Ocorrências de dois ovários entre as aves são raras e, nestes casos, apenas um deles é funcional (por exemplo, no quivi). A incubação do ovo é externa, até o momento da eclosão. Em raros casos[14] em que a incubação do ovo ocorre dentro do corpo da ave[15], a mesma ou a cria podem chegar a óbito prematuro.Ancestrais
As aves descendem de répteis Diapsida Theropoda, ao passo que os mamíferos fazem parte da linhagem Sinapsida.O Archaeopteryx é o mais antigo fóssil conhecido de ave e data de aproximadamente 140 milhões de anos atrás, do período Jurássico. Era um pouco maior que uma pomba e possuía cauda longa, percorrida pela coluna vertebral, como os répteis, além de dentes, dedos individualizados com garras e, como característica mais marcante, penas do corpo e penas de voo assimétricas (indícios de que esse animal era capaz de voar).
As aves pertencem ao mesmo grupo dos dinossauros, sendo que já foram descobertas penas (ou estruturas semelhantes, mais primitivas) em outros grupos de Dinosauria. Portanto, atualmente aceita-se o grupo aves não como Classe (a exemplo de Mammalia), mas um grupo bastante diversificado e atual de Dinosauria.
Há cerca de 65 milhões de anos, com a extinção da maioria dos grandes grupos de répteis ocorreu uma grande radiação adaptativa e consequente diversificação das aves, que passaram a povoar praticamente todos ambientes terrestres.
A filogenia dos grupos atuais de aves ainda está pouco elucidado, sendo difícil afirmar quais os grupos ancestrais e quais os mais derivados e de quem descendem.
Referências
- ↑ del HOYO, J.; ELLIOTT, A.; SARGATAL, J.. Handbook of Birds of the World, Volume 1: Ostrich to Ducks. Barcelona: Lynx Edicions, 1992. ISBN 84-87334-10-5
- ↑ LINNAEUS, C.. Systema naturae per regna tria naturae, secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis. Tomus I. Editio decima, reformata. [S.l.]: Holmiae. (Laurentii Salvii), 1758.
- ↑ a b c LIVEZEY, B.C.; ZUSI, R.L.. (2007). "Higher-order phylogeny of modern birds (Theropoda, Aves: Neornithes) based on comparative anatomy. II. Analysis and discussion". Zoological Journal of the Linnean Society 149 (1): 1–95.
- ↑ PADIAN, K.; CHIAPPE, L.M.. In: Philip J. Currie & Kevin Padian (eds.). Encyclopedia of Dinosaurs. San Diego: Academic Press, 1997. Capítulo: Bird Origins, ISBN 0-12-226810-5
- ↑ Gauthier, Jacques. In: Kevin Padian. The Origin of Birds and the Evolution of Flight. [S.l.: s.n.], 1986. 1–55 p. ISBN 0-940228-14-9
- ↑ Bird biogeography. Página visitada em 2008-04-10.
- ↑ Clements, James F.. The Clements Checklist of Birds of the World. 6th edition ed. Ithaca: Cornell University Press, 2007. ISBN 978-0-8014-4501-9
- ↑ GILL, F.. Birds of the World: Recommended English Names. Princeton: Princeton University Press, 2006. ISBN 978-0-691-12827-6
- ↑ Paul, Gregory S.. Dinosaurs of the Air: The Evolution and Loss of Flight in Dinosaurs and Birds. Baltimore: John Hopkins University Press, 2002. 171–224 p. ISBN 0-8018-6763-0
- ↑ Norell, Mark; Mick Ellison. Unearthing the Dragon: The Great Feathered Dinosaur Discovery. New York: Pi Press, 2005. ISBN 0-13-186266-9
- ↑ a b c d e Chiappe, Luis M.. Glorified Dinosaurs: The Origin and Early Evolution of Birds. Sydney: University of New South Wales Press, 2007. ISBN 978-0-86840-413-4
- ↑ Clarke, Julia A.. (September 2004). "Morphology, Phylogenetic Taxonomy, and Systematics of Ichthyornis and Apatornis (Avialae: Ornithurae)". Bulletin of the American Museum of Natural History 286: 1–179.
- ↑ Ericson, Per G.P.; Cajsa L. Anderson, Tom Britton et al.. (2006). "Diversification of Neoaves: Integration of molecular sequence data and fossils". Biology Letters 2 (4): 543–547. DOI:10.1098/rsbl.2006.0523.
- ↑ "Pintainho nasceu antes do ovo no Sri Lanka".
- ↑ "Pintinho nasceu antes do ovo no Sri Lanka".
Ver também
Ligações externas
- Dinossauros com penas em www.dinosaur-world.com (em inglês)
- Nature Pictures (em português) - Nomes e Fotos de Pássaros
- Aves de Portugal (em português)
- Aves do Brasil (em português)
- Avionary Aves do Palearctico central e ocidental em 46 línguas
A
águia-imperial-ibérica se caracteriza pela cor branca do dorso e a
cauda cinzenta com uma franja terminal negra. Na península Ibérica, é
considerada em risco de extinção. A águia-cobreira, presente também na
península Ibérica, recebe esse nome porque se alimenta principalmente de
cobras.
Abutre,
nome comum de alguns dos membros de dois grupos de aves comedoras de
carniça. Em geral, são aves de grande porte, com a cabeça nua e o bico
em forma de gancho. Há espécies européias, asiáticas, africanas e
americanas.O xofrango-brita-ossos, o abutre-comum e o abutre-negro são
espécies habituais na península Ibérica.
Abutre-negro - Sua
plumagem de cor escura, e daí vem seu nome, distingue-o claramente do
abutre-comum. Em alguns países europeus é uma espécie protegida, já que
ocorreu uma diminuição de sua população, devido ao uso de venenos e à
destruição do hábitat. Hoje, parece haver uma ligeira recuperação.
Águia,
nome comum de uma série de aves de rapina diurnas, algumas das quais se
encontram entre os maiores membros de uma família em que se incluem
também o milhafre e alguns abutres.A águia-real se caracteriza pela
plumagem que apresenta na parte inferior das patas. Sua distribuição
abrange a maior parte do hemisfério Norte. A plumagem do corpo é
castanho-escura, com uma pincelada dourada na parte posterior da cabeça e
no pescoço. Desde a Antigüidade é considerada um símbolo de coragem e
poder, devido a seu grande porte, sua destreza no ar e a
inacessibilidade dos ninhos que constrói, colocados em lugares agrestes e
montanhosos. Fez parte do emblema de algumas legiões romanas, da França
bonapartista, da Alemanha e dos impérios russo e austro-húngaro. Também
aparece no escudo nacional do México.
Alimoche,
ave de rapina que pertence à mesma família dos abutres. Sua plumagem é
branca, exceto nas asas, que apresentam uma franja externa preta.
Alimenta-se principalmente de carniça. Distribui-se pelo sul da Europa,
norte, centro e leste da África, sudoeste da Ásia e pela Índia.
Aves de rapina,
grupo de aves caçadoras que se caracterizam por terem um forte bico em
forma de gancho para dilacerar o alimento e garras robustas para apanhar
suas presas. Estas aves têm os sentidos da visão e da audição muito
desenvolvidos.As aves de rapina diurnas realizam suas atividades durante
as horas de sol. Alguns integrantes desse grupo só comem as presas que
eles mesmos mataram; outros se alimentam de carniça, isto é, restos de
carne e ossos putrefatos deixados por outros animais. Pertencem ao
grupo: os abutres, as águias e os falcões.As aves de rapina noturnas
realizam suas atividades durante a noite. Formam um grupo bastante
homogêneo. Sua cabeça é grande e o pescoço é curto; a cara é grande e
redonda. Os olhos também são de grande tamanho. Fazem parte das aves de
rapina noturnas, entre outras, os mochos e as corujas.
Carcará ou Caracará,
também chamado carancho, nome comum de certas espécies de aves de
rapina sul-americanas. Costumam viver em espaços abertos. O bico e as
garras são frágeis e sua alimentação baseia-se em carniça, embora também
comam insetos e outros animais pequenos. Podem atingir 58 cm de
comprimento e 1,2 m de envergadura.
Cetraria,
arte de adestrar falcões para capturar caça silvestre ou aves, e também
o esporte de caçar com estas aves de rapina. De origem oriental, já se
praticava desde a antigüidade, mas seu maior desenvolvimento aconteceu
durante a Idade Média, quando era esporte dos reis e da nobreza.Na
cetraria moderna se usam dois tipos de falcões: de asa grande e de olhos
escuros ou de asa curta e de olhos amarelos. No primeiro tipo estão o
gerifalte e o peregrino; no segundo, o açor e o gavião. Cada tipo é
adequado à caça de uma determinada variedade de presas.
Condor,
nome comum de dois grandes abutres americanos: o condor-dos-andes e o
da Califórnia. Ambos estão entre as maiores e mais pesadas aves voadoras
que existem. O condor-dos-andes se distribui ao longo da cordilheira
dos Andes, desde a Venezuela e Colômbia, até o estreito de Magalhães. Às
vezes, desce até as costas do Pacífico, para se alimentar dos ovos de
aves aquáticas. Nos tempos pré-históricos, o condor da Califórnia tinha
ampla distribuição, depois chegou a ser considerado espécie ameaçada, só
encontrado na Califórnia (Estados Unidos) e na península da Baixa
Califórnia (México). Em 1988, iniciou-se com êxito um programa de
reprodução em cativeiro, com o objetivo de obter indivíduos em número
suficiente para permitir sua volta à vida selvagem em áreas apropriadas.
Gavião-do-mangue,
nome comum de cerca de 13 espécies de aves de rapina, caracterizadas
por terem longas patas, asas longas e largas e um colarinho de plumas ao
redor da cara. Na América Latina são chamados também de
gaviões-do-campo ou gaviões-do-pântano. Estão presentes também na Europa
e na Ásia.
Gavião-pescador ou Águia-pescadora,
nome comum de uma ave de rapina cosmopolita, que na América Latina
também é conhecida como águia-do-mar, guincho ou sangual. Alimenta-se
exclusivamente de peixes. Vive na parte ocidental da América do Norte,
América Central e Antilhas, de onde emigra para a América do Sul. Recebe
também os nomes de águia-pesqueira e gavião-papa-peixe (ver Águia).
Os gaviões-pescadores foram outrora comuns no norte da Europa e nas
regiões atlânticas da América do Norte, mas seu número foi reduzido por
causa da caça, da coleta de ovos e em conseqüência do DDT e outros
pesticidas cujos resíduos, presentes em seus alimentos, interferiram em
sua reprodução...
As águias-pescadoras ou marinhas
têm bicos mais longos e pesados que os das águias-reais. Além disso,
carecem de penas na parte inferior das patas e habitam as regiões
costeiras ou próximas de lagos e rios. A águia-careca-americana ou de
cabeça-branca pertence a esse grupo. Distribui-se do Alasca até a
Flórida e o México.
Milhafre,
nome comum de cada uma de 21 espécies diferentes de aves de rapina
semelhantes ao gavião, nem todas intimamente aparentadas. Têm as patas e
as garras menores e menos poderosas que outras aves de rapina. Vivem
nas áreas mais quentes de todos os continentes e em muitas ilhas
tropicais. As espécies euroasiáticas mais conhecidas são o milhafre-real
e o milhafre-negro, de 56 cm de comprimento. Ambos têm a cauda
bifurcada, ainda que no primeiro a bifurcação seja mais profunda.
Pomba,
nome comum de cada um dos membros de uma família de aves, de
distribuição praticamente mundial, e muito abundante em regiões quentes.
Têm a cabeça pequena, o pescoço curto, o corpo robusto e a plumagem
lisa e brilhante; na base do bico há uma protuberância carnosa ou
cerúlea. A espécie mais conhecida é a pomba-trocaz, cuja antecessora
silvestre, originária da Europa e Ásia, é a chamada pomba-bravia. É de
cor cinza-azulada no dorso, com o peito púrpura e o abdome azulado. As
mais de 200 raças domésticas derivam dessa espécie (ver Pombo-correio;
Pombo-migratório). As aves que recebem o nome de rola têm ampla
distribuição na Eurásia e África e são menores que as denominadas
pombas. A mais conhecida é a rola-comum, presente na Europa, na Ásia
Ocidental e na África. No Brasil, o nome de rola é dado a várias
espécies e subespécies de pombas de dois gêneros. São aves cujo estômago
contém areia, que ajuda a triturar os alimentos. Recebem também os
nomes de rolinha, rola-carijó, rola-pequena e turueí.
Pombo,
estirpe colombiana descendente do espanhol Esteban Pombo y Gómez
(século XVIII), militantes pela independência: Manuel de Pombo
(1769-1829), Miguel de Pombo (1779-1816), Lino de Pombo (1797-1862) e
Rafael Pombo (1833-1912).
Urubu,
nome comum de quatro espécies de aves americanas, freqüentes no Brasil,
dotadas de visão muito aguda. Aproveitam as correntes ascendentes de ar
para planar. Pertencem a uma família diferente daquela dos abutres do
Velho Mundo, que são acipitrídeos. Têm a plumagem negra, com exceção do
urubu-rei. Alimentam-se habitualmente de carniça. O condor é da mesma
família.
Ximango,
ave de rapina que pertence à família dos falcões. Suas asas são longas e
pontudas e costuma caçar mergulhando em vôo sobre a presa. A espécie
distribuída por toda a Europa pertence ao gênero Falco.
Os adultos têm a parte superior da cabeça cinza-escura, a cara é negra,
o peito é branco com listras pardas e o dorso é pardo-acinzentado. No
extremo sul do Brasil, na Argentina e no Chile, vive outra espécie, do
gênero Milvago, cujo corpo é
ocre, com manchas cor de creme nas asas e ventre amarelado com estrias
longitudinais mais escuras. Na Argentina, é uma das aves de rapina mais
comuns.
Xofrango-brita-ossos,
ave carniceira de grande envergadura (quase três metros). É também
chamada de abutre-de-barba. Alimenta-se sobretudo de ossos que, quando
de grande tamanho, costuma quebrar batendo contra as pedras. É
encontrada na África, Ásia e Europa, mas está cada vez mais escassa,
sendo considerada espécie ameaçada de extinção em alguns países, como a
Espanha. A espécie é classificada como Gypaetus barbatus.
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