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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

AVES

Aves

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Como ler uma caixa taxonómicaAves
Ocorrência: Jurássico Superior–Recente, 150–0 Ma
O
S
D
C
P
T
J
K
N
Chapim-real (Parus major)
Chapim-real (Parus major)
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Tetrapoda
Classe: Aves
Linnaeus, 1758
Ordens
Muitas - veja texto
As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, bípedes, homeotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. Habitam todos os ecossistemas do globo, do Ártico à Antártica. As aves atuais variam muito em tamanho, do Mellisuga helenae de 5 centímetros ao avestruz de 2,75 metros. O registro fóssil indica que as aves evoluíram dos dinossauros terópodes durante o período Jurássico, por volta de 150-200 milhões de anos atrás (Ma), e a primeira ave conhecida é o Archaeopteryx do Jurássico Superior, cerca de 150-145 Ma. A maioria dos paleontólogos considera as aves como o único clado de dinossauros a sobreviver ao evento de extinção Cretáceo-Paleogeno, aproximadamente 65,5 Ma. São reconhecidas aproximadamente 10 000 espécies de aves no mundo.
Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros. Os pássaros estão incluídos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.
Enquanto a maioria das aves se caracteriza pelo voo, as ratitas não podem voar ou apresentam voo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticas, mamíferos em particular).

Índice

Evolução e taxonomia


Archaeopteryx, a primeira ave conhecida.
A primeira classificação das aves foi desenvolvida por Francis Willughby e John Ray, no Ornithologiae de 1676.[1] Carolus Linnaeus modificou a demoninação em 1758 para o sistema de classificação taxonômica atual.[2] As aves estão posicionadas na classe Aves na taxonomia de Linnaeus, entretanto, na taxonomia filogenética agrupa-se as aves junto aos dinossauros terópodes.[3] Aves e Crocodylia são os únicos membros viventes do clado reptiliano Archosauria. Na filogenética, o termo Aves é comumente definido como sendo todos os descendentes do mais recente ancestral das aves modernas e do Archaeopteryx.[4]
O Archaeopteryx, do Jurássico Superior (entre 150–145 milhões de anos atrás), é a ave mais antiga conhecida, dentro dessa definição. Outros autores partidários ao Phylocode, como Jacques Gauthier, tem definido Aves para incluir somente os grupos de aves modernas, excluindo muitos grupos conhecidos apenas pelo registro fóssil, e assinalando-os ao clado Avialae,[5] em parte para evitar as incertezas sobre o posicionamento do Archaeopteryx em relação aos animais tradicionalmente conhecidos como dinossauros terópodes.
Todas as aves modernas pertencem a subclasse Neornithes, que está subdividida em: Palaeognathae e Neognathae.[3] Estas duas subdivisões são frequentemente assinaladas a posição taxonômica de superordem,[6] embora Livezey e Zusi assinalaram-nas como coorte.[3]
Dependendo do ponto de vista taxonômico, o número de espécies de aves existentes conhecidas varia entre 9 800[7] a 10 050.[8]

Origem das aves

Evidências fósseis e análises biológicas intensas tem demonstrado que as aves descendem dos dinossauros terópodes. Mais especificamente, elas são membros do clado Maniraptora, um grupo de terópodes que inclui as famílias Dromaeosauridae e Oviraptoridae.[9] Com a descoberta de mais terópodes não pertencentes ao clado Avialae, a distinção entre terópodes e aves ficou ofuscada. Recentes descobertas na província de Liaoning no nordeste da China, que demonstraram que muitos pequenos terópodes possuíram penas, contribuíram para essa ambiguidade.[10]

Evolução e diversificação das aves

Aves 

Archaeopteryx

 Pygostylia 

Confuciusornithidae

 Ornithothoraces 

Enantiornithes

 Ornithurae 

Hesperornithiformes


Neornithes





Filogenia simplificada das aves segundo Chiappe, 2007[11]

As aves se diversificaram numa grande variedade de formas durante o período Cretáceo.[11] Muitos grupos retiveram características primitivas, como garras nas asas e dentes, embora os dentes foram perdidos independentemente em vários grupos de aves. Enquanto as formais primitivas, como o Archaeopteryx e o Jeholornis, retiveram os longos ossos da cauda dos seus ancestrais,[11] as caudas das aves mais avançadas foram encurtadas com o advento do osso pigóstilo no clado Pygostylia.
A primeira linhagem grande e diversa de aves de cauda curta a evoluir foi a Enantiornithes, nomeada em função da construção dos ossos do ombro estarem em posição contrária a das aves modernas. Os Enantiornithes ocuparam uma grande variedade de nichos ecológicos, de filtradores de areia e piscívoros a trepadores e granívoros.[11] Alguns linhagens mais avançadas também se especializaram em um dieta a base de peixes, como a classe Ichthyornithes.[12] Uma ordem de aves marinhas do Mesozóico, a Hesperornithiformes, tornou-se tão adaptada ao ambiente aquático que perdeu a capacidade de voar. Apesar dessas especializações extremas, os Hesperornithiformes representam uma das linhagens mais próximas as aves modernas.[11]

Classificação

Neornithes  
Palaeognathae 

Struthioniformes


Tinamiformes


 Neognathae 

Neoaves

Galloanserae 

Anseriformes


Galliformes




Divergências basais das aves modernas
baseada na Taxonomia de Sibley-Ahlquist

Cladograma mostrando a recente classificação das Neoaves, baseada em diversos estudos filogenéticos.
A classificação tradicional segue o padrão de Clements (também conhecido como as ordens de Clements):
A classificação radicalmente diferente de Sibley-Monroe (Taxonomia de Sibley-Ahlquist), baseada em dados moleculares de hibridização DNA-DNA, encontrou corroboração, por evidências moleculares, fósseis e anatômicas, de algumas modificações propostas, entre elas o apoio para o clado Galloanserae.[13]

Adaptações ao voo

No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o voo ao animal. Entre estas podemos citar:
  1. Endotermia
  2. Desenvolvimento das penas
  3. Desenvolvimento de ossos pneumatizados
  4. Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos
  5. Desenvolvimento de um sistema de sacos aéreos
  6. Postura de ovos
  7. Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as asas
  8. Ausência de bexiga urinária
  9. Ausência de dentes
  10. Corpo leve e aerodinâmico
As penas, consideradas como diagnóstico das aves atuais, estão presentes em outros grupos de dinossauros, entre eles o próprio Tyrannosaurus rex. Estudos apontam que a origem das penas se deu a partir de modificações das escamas dos répteis, tornando-se cada vez mais diferenciadas, complexas e, posteriormente, vieram a possibilitar os voos planado e batido. Acredita-se que as penas teriam sido preservadas na evolução por seu valor adaptativo, ao auxiliar no controle térmico dos dinossauros – uma hipótese que aponta para o surgimento da endotermia já em grupos mais basais de Dinosauria (com relação às aves) e paralelamente com a aquisição da mesma característica por répteis Sinapsida, que deram origem aos mamíferos.
Os ossos pneumáticos também são encontrados em outros grupos de répteis. Apesar de serem ocos (sendo um termo melhor "não-maciços"), os ossos das aves são muito resistentes, pois preservam um sistema de trabéculas ósseas arranjadas piramidalmente em seu interior.
Com relação a características ósseas relacionadas à adaptação ao voo, podemos citar:
  • Diminuição do crânio, sendo este composto por ossos completamente fusionados no estágio adulto;
  • Rostrum (mandíbula + maxilar) leve, podendo ser "oco" (p. ex. em tucanos, Ramphastidae) e coberto por uma camada córnea, a ranfoteca;
  • Forame magno direcionado posteriormente, facilitando a posição "horizontal" da ave (quando em voo);
  • Diminuição do número de vértebras, em especial no sinsacrum (fusão de vértebras e outros ossos da cintura pélvica) e pigóstilo (vértebras caudais fusionadas);
  • Tarsos (mãos) com grande fusão de ossos, sendo que atualmente só se observam três dedos;
  • Fusão das clavículas formando a fúrcula (conhecido popularmente como "osso da sorte"), como adaptação ao fechamento dos órgãos dentro de uma caixa óssea;
  • Costelas dotadas de um processo uncinar (projeção óssea posteriormente direcionada de modo a fixar uma costela com a costela imediatamente atrás), também uma adaptação ao fechamento;
  • Prolongamento do osso esterno e desenvolvimento da carena ou quilha esternal, sendo que, o primeiro também é uma adaptação à formação da caixa óssea e o segundo uma adaptação para a implantação dos músculos do voo, necessariamente fortes.
  • Fusão de ossos nas pernas (apêndices locomotores posteriores) formando a tíbia-tarso e tarso-metatarso.
Quanto a outros órgãos, as aves perderam os dentes (redução do peso total do animal) e as bexigas, e a grande maioria dos grupos de aves perderam o ovário direito. O sistema de sacos aéreos funciona em conjunto com o sistema respiratório (por isso a respiração em aves é diferente dos outros grupos de tetrápodes). Ainda tem função de diminuir a densidade do animal, facilitando o voo e a natação (no caso de aves que mergulham).
Todas essas características já são observadas em outros grupos de répteis, em especial nos Dinosauria, o que levou especialistas a classificar as aves não como um grupo à parte (Classe Aves, como era conhecida antigamente), e sim como um grupo especializado de dinossauros (veja Ascendência das aves).

Morfologia


Exemplos de especializações de bicos.
Do ponto de vista morfológico, as aves constituem um grupo um tanto particular e uniforme dentro dos tetrápodes (Tetrapoda) atuais. Particular porque se distinguem facilmente de outros grupos de animais vivos e uniformes porque, apesar do grande número de espécies e adaptações das mais variadas para diferentes nichos ecológicos, o grupo como um todo mantém sua morfologia bastante semelhante (diferentemente, p. ex., dos mamíferos).
Entre as características morfológicas de grande importância ecológica e evolutiva, estão o formato do bico e dos pés e a proporção área alar/tamanho corporal.

Do ponto de vista sistemático, a estrutura da siringe é de particular interesse, tendo sido de fundamental importância na divisão da ordem Passeriformes em Tyranni (Suboscines, ou "aves gritadoras") e Passeri (Oscines, ou "aves canoras, que cantam"). Mais recentemente, a estrutura da siringe também tem sido usada para estudos filogenéticos em grupos de aves não-Passeriformes (p. ex. os Falconiformes).

Morfologia de uma ave (Vanellus malabaricus)

Reprodução

A reprodução da ave é interna. Enquanto a fêmea geralmente tem um único ovário, situado no lado esquerdo, onde produz óvulos, o macho sempre possui dois testículos e libera espermatozóides. Ocorrências de dois ovários entre as aves são raras e, nestes casos, apenas um deles é funcional (por exemplo, no quivi). A incubação do ovo é externa, até o momento da eclosão. Em raros casos[14] em que a incubação do ovo ocorre dentro do corpo da ave[15], a mesma ou a cria podem chegar a óbito prematuro.

Ancestrais


Uma espécie de ave (Ara ararauna).
As aves descendem de répteis Diapsida Theropoda, ao passo que os mamíferos fazem parte da linhagem Sinapsida.
O Archaeopteryx é o mais antigo fóssil conhecido de ave e data de aproximadamente 140 milhões de anos atrás, do período Jurássico. Era um pouco maior que uma pomba e possuía cauda longa, percorrida pela coluna vertebral, como os répteis, além de dentes, dedos individualizados com garras e, como característica mais marcante, penas do corpo e penas de voo assimétricas (indícios de que esse animal era capaz de voar).
As aves pertencem ao mesmo grupo dos dinossauros, sendo que já foram descobertas penas (ou estruturas semelhantes, mais primitivas) em outros grupos de Dinosauria. Portanto, atualmente aceita-se o grupo aves não como Classe (a exemplo de Mammalia), mas um grupo bastante diversificado e atual de Dinosauria.
Há cerca de 65 milhões de anos, com a extinção da maioria dos grandes grupos de répteis ocorreu uma grande radiação adaptativa e consequente diversificação das aves, que passaram a povoar praticamente todos ambientes terrestres.
A filogenia dos grupos atuais de aves ainda está pouco elucidado, sendo difícil afirmar quais os grupos ancestrais e quais os mais derivados e de quem descendem.

Referências

  1. del HOYO, J.; ELLIOTT, A.; SARGATAL, J.. Handbook of Birds of the World, Volume 1: Ostrich to Ducks. Barcelona: Lynx Edicions, 1992. ISBN 84-87334-10-5
  2. LINNAEUS, C.. Systema naturae per regna tria naturae, secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis. Tomus I. Editio decima, reformata. [S.l.]: Holmiae. (Laurentii Salvii), 1758.
  3. a b c LIVEZEY, B.C.; ZUSI, R.L.. (2007). "Higher-order phylogeny of modern birds (Theropoda, Aves: Neornithes) based on comparative anatomy. II. Analysis and discussion". Zoological Journal of the Linnean Society 149 (1): 1–95.
  4. PADIAN, K.; CHIAPPE, L.M.. In: Philip J. Currie & Kevin Padian (eds.). Encyclopedia of Dinosaurs. San Diego: Academic Press, 1997. Capítulo: Bird Origins, ISBN 0-12-226810-5
  5. Gauthier, Jacques. In: Kevin Padian. The Origin of Birds and the Evolution of Flight. [S.l.: s.n.], 1986. 1–55 p. ISBN 0-940228-14-9
  6. Bird biogeography. Página visitada em 2008-04-10.
  7. Clements, James F.. The Clements Checklist of Birds of the World. 6th edition ed. Ithaca: Cornell University Press, 2007. ISBN 978-0-8014-4501-9
  8. GILL, F.. Birds of the World: Recommended English Names. Princeton: Princeton University Press, 2006. ISBN 978-0-691-12827-6
  9. Paul, Gregory S.. Dinosaurs of the Air: The Evolution and Loss of Flight in Dinosaurs and Birds. Baltimore: John Hopkins University Press, 2002. 171–224 p. ISBN 0-8018-6763-0
  10. Norell, Mark; Mick Ellison. Unearthing the Dragon: The Great Feathered Dinosaur Discovery. New York: Pi Press, 2005. ISBN 0-13-186266-9
  11. a b c d e Chiappe, Luis M.. Glorified Dinosaurs: The Origin and Early Evolution of Birds. Sydney: University of New South Wales Press, 2007. ISBN 978-0-86840-413-4
  12. Clarke, Julia A.. (September 2004). "Morphology, Phylogenetic Taxonomy, and Systematics of Ichthyornis and Apatornis (Avialae: Ornithurae)". Bulletin of the American Museum of Natural History 286: 1–179.
  13. Ericson, Per G.P.; Cajsa L. Anderson, Tom Britton et al.. (2006). "Diversification of Neoaves: Integration of molecular sequence data and fossils". Biology Letters 2 (4): 543–547. DOI:10.1098/rsbl.2006.0523.
  14. "Pintainho nasceu antes do ovo no Sri Lanka".
  15. "Pintinho nasceu antes do ovo no Sri Lanka".

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A águia-harpia vive nas terras baixas das florestas virgens desde o sul do México ao norte da Argentina. Devido à destruição constante de seu hábitat, converteu-se em uma espécie ameaçada. Outras espécies destacadas da América Latina são o gavião-preto, que se distribui desde o sul do México até o norte da Argentina, e a águia-cinzenta, que habita o Chile, a Argentina, o sul do Brasil, o Uruguai, o Paraguai e a Bolívia.
A águia-imperial-ibérica se caracteriza pela cor branca do dorso e a cauda cinzenta com uma franja terminal negra. Na península Ibérica, é considerada em risco de extinção. A águia-cobreira, presente também na península Ibérica, recebe esse nome porque se alimenta principalmente de cobras.
Abutre, nome comum de alguns dos membros de dois grupos de aves comedoras de carniça. Em geral, são aves de grande porte, com a cabeça nua e o bico em forma de gancho. Há espécies européias, asiáticas, africanas e americanas.O xofrango-brita-ossos, o abutre-comum e o abutre-negro são espécies habituais na península Ibérica. 
Abutre-negro - Sua plumagem de cor escura, e daí vem seu nome, distingue-o claramente do abutre-comum. Em alguns países europeus é uma espécie protegida, já que ocorreu uma diminuição de sua população, devido ao uso de venenos e à destruição do hábitat. Hoje, parece haver uma ligeira recuperação.
Águia, nome comum de uma série de aves de rapina diurnas, algumas das quais se encontram entre os maiores membros de uma família em que se incluem também o milhafre e alguns abutres.A águia-real se caracteriza pela plumagem que apresenta na parte inferior das patas. Sua distribuição abrange a maior parte do hemisfério Norte. A plumagem do corpo é castanho-escura, com uma pincelada dourada na parte posterior da cabeça e no pescoço. Desde a Antigüidade é considerada um símbolo de coragem e poder, devido a seu grande porte, sua destreza no ar e a inacessibilidade dos ninhos que constrói, colocados em lugares agrestes e montanhosos. Fez parte do emblema de algumas legiões romanas, da França bonapartista, da Alemanha e dos impérios russo e austro-húngaro. Também aparece no escudo nacional do México.
Alimoche, ave de rapina que pertence à mesma família dos abutres. Sua plumagem é branca, exceto nas asas, que apresentam uma franja externa preta. Alimenta-se principalmente de carniça. Distribui-se pelo sul da Europa, norte, centro e leste da África, sudoeste da Ásia e pela Índia.
Aves de rapina, grupo de aves caçadoras que se caracterizam por terem um forte bico em forma de gancho para dilacerar o alimento e garras robustas para apanhar suas presas. Estas aves têm os sentidos da visão e da audição muito desenvolvidos.As aves de rapina diurnas realizam suas atividades durante as horas de sol. Alguns integrantes desse grupo só comem as presas que eles mesmos mataram; outros se alimentam de carniça, isto é, restos de carne e ossos putrefatos deixados por outros animais. Pertencem ao grupo: os abutres, as águias e os falcões.As aves de rapina noturnas realizam suas atividades durante a noite. Formam um grupo bastante homogêneo. Sua cabeça é grande e o pescoço é curto; a cara é grande e redonda. Os olhos também são de grande tamanho. Fazem parte das aves de rapina noturnas, entre outras, os mochos e as corujas.
Carcará ou Caracará, também chamado carancho, nome comum de certas espécies de aves de rapina sul-americanas. Costumam viver em espaços abertos. O bico e as garras são frágeis e sua alimentação baseia-se em carniça, embora também comam insetos e outros animais pequenos. Podem atingir 58 cm de comprimento e 1,2 m de envergadura.
Cetraria, arte de adestrar falcões para capturar caça silvestre ou aves, e também o esporte de caçar com estas aves de rapina. De origem oriental, já se praticava desde a antigüidade, mas seu maior desenvolvimento aconteceu durante a Idade Média, quando era esporte dos reis e da nobreza.Na cetraria moderna se usam dois tipos de falcões: de asa grande e de olhos escuros ou de asa curta e de olhos amarelos. No primeiro tipo estão o gerifalte e o peregrino; no segundo, o açor e o gavião. Cada tipo é adequado à caça de uma determinada variedade de presas.
Condor, nome comum de dois grandes abutres americanos: o condor-dos-andes e o da Califórnia. Ambos estão entre as maiores e mais pesadas aves voadoras que existem. O condor-dos-andes se distribui ao longo da cordilheira dos Andes, desde a Venezuela e Colômbia, até o estreito de Magalhães. Às vezes, desce até as costas do Pacífico, para se alimentar dos ovos de aves aquáticas. Nos tempos pré-históricos, o condor da Califórnia tinha ampla distribuição, depois chegou a ser considerado espécie ameaçada, só encontrado na Califórnia (Estados Unidos) e na península da Baixa Califórnia (México). Em 1988, iniciou-se com êxito um programa de reprodução em cativeiro, com o objetivo de obter indivíduos em número suficiente para permitir sua volta à vida selvagem em áreas apropriadas.
Gavião-do-mangue, nome comum de cerca de 13 espécies de aves de rapina, caracterizadas por terem longas patas, asas longas e largas e um colarinho de plumas ao redor da cara. Na América Latina são chamados também de gaviões-do-campo ou gaviões-do-pântano. Estão presentes também na Europa e na Ásia.
Gavião-pescador ou Águia-pescadora, nome comum de uma ave de rapina cosmopolita, que na América Latina também é conhecida como águia-do-mar, guincho ou sangual. Alimenta-se exclusivamente de peixes. Vive na parte ocidental da América do Norte, América Central e Antilhas, de onde emigra para a América do Sul. Recebe também os nomes de águia-pesqueira e gavião-papa-peixe (ver Águia). Os gaviões-pescadores foram outrora comuns no norte da Europa e nas regiões atlânticas da América do Norte, mas seu número foi reduzido por causa da caça, da coleta de ovos e em conseqüência do DDT e outros pesticidas cujos resíduos, presentes em seus alimentos, interferiram em sua reprodução...
As águias-pescadoras ou marinhas têm bicos mais longos e pesados que os das águias-reais. Além disso, carecem de penas na parte inferior das patas e habitam as regiões costeiras ou próximas de lagos e rios. A águia-careca-americana ou de cabeça-branca pertence a esse grupo. Distribui-se do Alasca até a Flórida e o México.
Milhafre, nome comum de cada uma de 21 espécies diferentes de aves de rapina semelhantes ao gavião, nem todas intimamente aparentadas. Têm as patas e as garras menores e menos poderosas que outras aves de rapina. Vivem nas áreas mais quentes de todos os continentes e em muitas ilhas tropicais. As espécies euroasiáticas mais conhecidas são o milhafre-real e o milhafre-negro, de 56 cm de comprimento. Ambos têm a cauda bifurcada, ainda que no primeiro a bifurcação seja mais profunda.
Pomba, nome comum de cada um dos membros de uma família de aves, de distribuição praticamente mundial, e muito abundante em regiões quentes. Têm a cabeça pequena, o pescoço curto, o corpo robusto e a plumagem lisa e brilhante; na base do bico há uma protuberância carnosa ou cerúlea. A espécie mais conhecida é a pomba-trocaz, cuja antecessora silvestre, originária da Europa e Ásia, é a chamada pomba-bravia. É de cor cinza-azulada no dorso, com o peito púrpura e o abdome azulado. As mais de 200 raças domésticas derivam dessa espécie (ver Pombo-correio; Pombo-migratório). As aves que recebem o nome de rola têm ampla distribuição na Eurásia e África e são menores que as denominadas pombas. A mais conhecida é a rola-comum, presente na Europa, na Ásia Ocidental e na África. No Brasil, o nome de rola é dado a várias espécies e subespécies de pombas de dois gêneros. São aves cujo estômago contém areia, que ajuda a triturar os alimentos. Recebem também os nomes de rolinha, rola-carijó, rola-pequena e turueí.
Pombo, estirpe colombiana descendente do espanhol Esteban Pombo y Gómez (século XVIII), militantes pela independência: Manuel de Pombo (1769-1829), Miguel de Pombo (1779-1816), Lino de Pombo (1797-1862) e Rafael Pombo (1833-1912).
Urubu, nome comum de quatro espécies de aves americanas, freqüentes no Brasil, dotadas de visão muito aguda. Aproveitam as correntes ascendentes de ar para planar. Pertencem a uma família diferente daquela dos abutres do Velho Mundo, que são acipitrídeos. Têm a plumagem negra, com exceção do urubu-rei. Alimentam-se habitualmente de carniça. O condor é da mesma família.
Ximango, ave de rapina que pertence à família dos falcões. Suas asas são longas e pontudas e costuma caçar mergulhando em vôo sobre a presa. A espécie distribuída por toda a Europa pertence ao gênero Falco. Os adultos têm a parte superior da cabeça cinza-escura, a cara é negra, o peito é branco com listras pardas e o dorso é pardo-acinzentado. No extremo sul do Brasil, na Argentina e no Chile, vive outra espécie, do gênero Milvago, cujo corpo é ocre, com manchas cor de creme nas asas e ventre amarelado com estrias longitudinais mais escuras. Na Argentina, é uma das aves de rapina mais comuns.
Xofrango-brita-ossos, ave carniceira de grande envergadura (quase três metros). É também chamada de abutre-de-barba. Alimenta-se sobretudo de ossos que, quando de grande tamanho, costuma quebrar batendo contra as pedras. É encontrada na África, Ásia e Europa, mas está cada vez mais escassa, sendo considerada espécie ameaçada de extinção em alguns países, como a Espanha. A espécie é classificada como Gypaetus barbatus. 

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