Movimento antitabagismo
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O Movimento anti-tabagismo é um movimento que se opõe ao fumo, congregando diversas organizações que geralmente visam a proteção da saúde pública e os direitos dos não fumadores de evitar o fumo do tabaco. O movimento anti-tabagismo moderno é organizado por diversas ONGs, ativistas sociais e de saúde pública.[1]
O curto papado de 13 dias do Papa Urbano VII incluiu a primeira proibição de fumar pública, em 1590. O papa ameaçou excomungar quem "fumar tabaco no pórtico ou no interior de uma igreja, quer o tabaco seja mascado, fumado em um cachimbo, ou, em pó, cheirado pelo nariz". [2]
Logo seguida, algumas cidades européias adotaram a proibição ao fumo. Entre elas Ducado da Alta Saxônia, a Baviera e algumas cidades na Áustria, logo no final dos anos 1600. Com o decorrer do tempo, outras cidades seguiram, foi proibido fumar em Berlim em 1723, em Königsberg em 1742, e em Stettin em 1744. Estas proibições foram todas revogadas nas Revoluções de 1848. [3]
A primeira proibição anti-tabagista nacional da era moderna foi a do movimento anti-tabagismo na Alemanha nazista, imposta pelo Partido Nazista em todas as universidades, correios, hospitais militares e escritórios do Partido Nazista na Alemanha. Esta proibição foi feita sob os auspícios do Instituto de Pesquisa do Perigos do Tabaco, criado em 1941 sob ordens de Adolf Hitler e gerido por Karl Astel. [4] Grandes campanhas anti-tabagismo foram realizadas pelos nazistas até o fim do regime em 1945.[5]
Existem duas grandes vertentes de argumentação no movimento anti-tabagismo:
Depois de décadas do tabagismo ser visto como um comportamento normal, e apesar de seu suporte ao fumo por parte da indústria do tabaco, o movimento anti-tabagismo tem conseguido aumentar lentamente seu sucesso em vários países, com numerosas leis que proíbem fumar em espaços públicos fechados, assim como o apoio governamental em alguns países para campanhas anti-tabaco, como parte de suas iniciativas de saúde pública, além de restrições a sua publicidade a favor do fumo.
A nível mundial existe a Convenção Quadro para Controle do Tabaco, criada em 2006 é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde, buscando um compromisso internacional pela adoção de medidas de restrição ao consumo de cigarros e outros produtos derivados do tabaco.
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História da oposição ao fumo
O tabagismo sofreu uma oposição precoce, baseado mais no desgosto das pessoas que circundavam os fumantes, do que realmente em motivos de saúde.O curto papado de 13 dias do Papa Urbano VII incluiu a primeira proibição de fumar pública, em 1590. O papa ameaçou excomungar quem "fumar tabaco no pórtico ou no interior de uma igreja, quer o tabaco seja mascado, fumado em um cachimbo, ou, em pó, cheirado pelo nariz". [2]
Logo seguida, algumas cidades européias adotaram a proibição ao fumo. Entre elas Ducado da Alta Saxônia, a Baviera e algumas cidades na Áustria, logo no final dos anos 1600. Com o decorrer do tempo, outras cidades seguiram, foi proibido fumar em Berlim em 1723, em Königsberg em 1742, e em Stettin em 1744. Estas proibições foram todas revogadas nas Revoluções de 1848. [3]
A primeira proibição anti-tabagista nacional da era moderna foi a do movimento anti-tabagismo na Alemanha nazista, imposta pelo Partido Nazista em todas as universidades, correios, hospitais militares e escritórios do Partido Nazista na Alemanha. Esta proibição foi feita sob os auspícios do Instituto de Pesquisa do Perigos do Tabaco, criado em 1941 sob ordens de Adolf Hitler e gerido por Karl Astel. [4] Grandes campanhas anti-tabagismo foram realizadas pelos nazistas até o fim do regime em 1945.[5]
Movimento anti-tabagista moderno
As mais proeminentes organizações anti-tabagismo da atualidade incluem as entidades norte-americanas Ação sobre Fumo e Saúde (ou Action on Smoking and Health) e Ação no Espaço Aéreo sobre Fumo e Saúde ou (Airspace Action on Smoking and Health) e a organização canadense Conselho Canadense para o Controle do Tabaco. No Brasil as campanhas anti-tabagistas são coordenadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.Existem duas grandes vertentes de argumentação no movimento anti-tabagismo:
- Em primeiro lugar, que fumar é prejudicial e ofensivo aos não-fumantes, e que eles não têm o direito de ser expostos aos "gases residuais e detritos" dos fumantes;
- Em segundo lugar, que fumar é prejudicial à saúde dos fumante, e que, portanto:
- Crianças e adolescentes deveriam ser impedidos de começar a fumar
- Fumantes devem ser motivados para deixar de fumar para sua própria proteção
Depois de décadas do tabagismo ser visto como um comportamento normal, e apesar de seu suporte ao fumo por parte da indústria do tabaco, o movimento anti-tabagismo tem conseguido aumentar lentamente seu sucesso em vários países, com numerosas leis que proíbem fumar em espaços públicos fechados, assim como o apoio governamental em alguns países para campanhas anti-tabaco, como parte de suas iniciativas de saúde pública, além de restrições a sua publicidade a favor do fumo.
A nível mundial existe a Convenção Quadro para Controle do Tabaco, criada em 2006 é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde, buscando um compromisso internacional pela adoção de medidas de restrição ao consumo de cigarros e outros produtos derivados do tabaco.
Anti-tabagismo no Brasil
No Brasil, o anti-tabagismo é uma das bandeiras de saúde pública do governo, que é o principal ator do movimento. É proibido fumar (ou utilizar qualquer produto de fumo) em todos os recintos coletivos, privados ou públicos, a não ser em áreas especialmente destinadas a fumantes, devidamente isolada e com arejamento conveniente. É proibida a propaganda de artigos de fumo em rádio, televisão e outros meios de comunicação, sendo permitida somente no interior dos locais de venda, através de cartazes, que não sugiram o uso exagerado ou induzam o consumo através da sugestão de efeitos calmantes, imagens de maior sexualidade dos usuários ou associação do produto a práticas esportivas. Todo o produto de fumo deve conter frases de advertência. Além disso são proibidos a venda de fumo por via postal, a distribuição de amostra ou brinde; a propaganda pela internet; promoções em estabelecimentos de ensino ou em locais públicos; patrocínio de atividade cultural ou esportiva; venda em estabelecimentos de ensino e de saúde; venda a menores de dezoito anos. [6] No congresso nacional, existe a Frente Parlamentar de Combate ao Uso do Cigarro.Oposição ao movimento anti-tabagismo
Uma série de organizações se opõem ao movimento anti-tabagismo, geralmente por motivos libertários. A mais proeminente destas organizações é a inglesa FLOREST, (abreviatura de Freedom Organisation for the Right to Enjoy Smoking Tobacco, ou Organização Livre pelo Direito pelo Prazer de Fumar Tabaco), que é financiada principalmente pela indústria do fumo. [7]Veja também
- Proibição de fumar
- Movimento anti-tabagismo na Alemanha nazista
- Convenção Quadro para Controle do Tabaco
Referências
- ↑ P.L. Berger. The Anti-Smoking Movement in Global Perspective.
- ↑ Nicotine: An Old-Fashioned Addiction, pp 96-98, Jack E. Henningfield, Chelsea House Publishers, 1985
- ↑ Proctor, RN. (Fall 1997). "The Nazi war on tobacco: ideology, evidence, and possible cancer consequences". Bull Hist Med 71 (3): 435–88. DOI:10.1353/bhm.1997.0139. PMID 9302840.
- ↑ Robert N Proctor, Pennsylvania State University (2001). Commentary: Schairer and Schöniger's forgotten tobacco epidemiology and the Nazi quest for racial purity (HTML). Página visitada em 2007-03-07.
- ↑ Robert N Proctor, Pennsylvania State University (1996-12-07). The anti-tobacco campaign of the Nazis: a little known aspect of public health in Germany, 1933-45 (HTML). Página visitada em 2007-03-07.
- ↑ LEI Nº 9.294, DE 15 DE JULHO DE 1996.
- ↑ FOREST website: Frequently Asked Questions.
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