Talismã
Elson
Sabe, quanto tempo eu não te vejo.
Cada vez você distante, mais eu gosto de você.
Porque sabe, eu pensei que fosse fácil
Esquecer seu jeito frágil
De se dar sem receber
Só você
Só você que me ilumina, meu pequeno talismã
Como é doce essa rotina de te amar toda manhã
Nos momentos mais difíceis você é o meu divã
Nosso amor não tem segredo, sabe tudo de nós dois
E joga fora os nossos medos
Vai saudade diz pra ela, diz pra ela aparecer
Vai saudade ve se troca
A minha solidão por ela pra valer o meu viver
Cada vez você distante, mais eu gosto de você.
Porque sabe, eu pensei que fosse fácil
Esquecer seu jeito frágil
De se dar sem receber
Só você
Só você que me ilumina, meu pequeno talismã
Como é doce essa rotina de te amar toda manhã
Nos momentos mais difíceis você é o meu divã
Nosso amor não tem segredo, sabe tudo de nós dois
E joga fora os nossos medos
Vai saudade diz pra ela, diz pra ela aparecer
Vai saudade ve se troca
A minha solidão por ela pra valer o meu viver
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Amuleto é um objeto que um indíviduo acredita que pode trazer sorte ou proteção. Está muito vinculado ao imaginário
popular. Muitos indivíduos costumam ter seu amuleto da sorte como algo
que garante sucesso, ou imune a determinadas situações. É geralmente
dado como presente por uma pessoa ou entidade de grande importância para o recebedor. Objeto, geralmente de procedência animal ou mineral, ao qual é atribuído supersticiosamente virtudes que afugentam os maus espíritos, às desgraças e protegem seus donos de doenças. Suas características variam entre os povos e as culturas. São levados normalmente presos em alguma parte do corpo, como pescoço, pulso ou tornozelo, mas também podem ser presos à roupa. Figas, cruzes de David, sino-saimão “sansolimão”, chaves, elefantes com a tromba para baixo ou para cima, trevos, “trezes”, ferraduras, corcundas, quartos de lua, porcos, patas e cornos de animais, Budas, olhos, um sem fim de objetos semelhantes, são alguns exemplos de amuletos.
Categoria:
Talismã pode referir-se a:
Talismã
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Talismã pode referir-se a:
- Talismã (objeto) — espécie de amuleto; objeto ao qual se atribuem poderes mágicos de realizar desejos
- Talismã (Tocantins) — município do Brasil
- Talismã (Uberlândia) — bairro da cidade Uberlândia, Brasil
- Talismã (álbum) — álbum de Maria Bethânia de 1980
- The Talisman — romance de Stephen King publicado em 1983
- O Talismã da Morte — livro-jogo da série "Aventuras Fantásticas" escrito por Jamie Thomson e Mark Smith
Ver também
Categoria:
Patuá (amuleto)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O patuá é um amuleto muito utilizado por pessoas ligadas ao Candomblé, o amuleto é feito de um pequeno pedaço de tecido na cor correspondente ao Orixá, ao qual é bordado o nome do Orixá e colocado um determinado preparo de ervas e outras substâncias atribuídas a cada Orixá.
A pessoa utiliza o Patuá especifico do seu Orixá no bolso da sua
vestimenta, dentro de carteiras de cédulas, bolsas para obter proteção e
sorte do seu Orixá. No Culto aos Egungun esse amuleto é chamado de Breve.
O grupo étnico Mandinga de origem africana, carregava no peito um cordão com um pedaço de couro com inscrições de trechos do alcorão, eles eram muçulmanos, os negros de outras etnias denominavam esse objeto de patuá.
O grupo étnico Mandinga de origem africana, carregava no peito um cordão com um pedaço de couro com inscrições de trechos do alcorão, eles eram muçulmanos, os negros de outras etnias denominavam esse objeto de patuá.
Categoria:
- Candomblé Amuleto, qualquer objeto ao qual se atribui poder mágico e que pode afastar o azar ou trazer a sorte. Os amuletos são uma constante no comportamente humano e, desde a antigüidade, são encontrados nas mais variadas culturas. Segundo a tradição dos povos ribeirinhos da Amazônia, o olho do boto ou do peixe-boi serve para enamorar as pessoas. Ouvir o canto do uirapuru garante a felicidade e conservar a pele do jurutau, ave de hábitos noturnos, protege as moças virgens. A figa, que muitos acreditam ser de origem brasileira, já era um amuleto popular na Grécia e em Roma. A figa latina, representada por uma mão huamna com o polegar colocado entre os dedos indicador e médio, pode significar um ato sexual ou o orgão sexual feminino. Por isto, foi usada para combater a esterilidade e lhe são atribuídos poderes contra o mau-olhado. Geralmente feitos de pedra ou pedaço de metal com uma inscrição gravada, os amuletos são usados, principalmente, em volta do pescoço para proteção contra doenças e bruxarias. Na maioria das religiões cristãs (ver Cristianismo), são considerados amuletos os bentinhos e escapulários.Balangandãs, coleção de pequenos amuletos de metal trabalhado, de diferentes formatos, usado principalmente pelas baianas. Alguns têm função religiosa, outros, caráter estético. Sua origem é atribuída aos escravos de religião muçulmana (ver Islã) oriundos do Daomé, os malês que conheciam a fundição dos metais e foram trazidos em grande quantidade para a Bahia na época da escravatura (ver Escravidão africana).Boi-santo, movimento religioso ocorrido no Ceará, entre 1918 e 1920, quando seguidores do Padre Cícero emprestaram poderes miraculosos a um novilho. O animal começou a ser tratado como um ser sagrado. Seus resíduos corporais — incluindo fezes, urina, aparas do pêlo, dos cascos e dos chifres — passaram a ser vendidos, transformando-se em um lucrativo comércio de amuletos. O Padre Cícero mandou matar o animal e distribuir a carne aos pobres. O culto ainda se manteve por vários anos.Boto, nome comum de diversos cetáceos pequenos, de distribuição marinha e fluvial, às vezes confundidos, pelo longo bico e por seu temperamento igualmente brincalhão, com os golfinhos. Pertencem à subordem dos Odontocetos, animais que se alimentam de peixes, lulas e crustáceos, os quais conseguem engolir sem mastigar. Os botos encontrados no Brasil pertencem às famílias dos Inídeos, dos Focenídeos, dos Delfinídeos e dos Pontoporídeos. Um dos mais conhecidos é o boto-cor-de-rosa, única espécie da família dos Inídeos (o nome da família vem de inia, nome dado aos botos pelos índios guarayos, da Bolívia). Vive exclusivamente nos rios da bacia amazônica e do Orinoco. Atinge um comprimento máximo de 2,5 m e seu peso pode ultrapassar os 160 quilos. Os filhotes têm o dorso cinza-escuro e a barriga num tom mais claro de cinza. Com a idade, a coloração geral clareia, tornando-se rosada. Os adultos, principalmente os machos, podem se tornar inteiramente cor-de-rosa, quase vermelhos. O nome de boto-cinza é dado a um membro da família dos Delfinídeos, a mesma dos golfinhos. Sua coloração é, como indica o nome, em geral cinzenta, às vezes amarronzada. A espécie ocorre apenas na América do Sul e parte da América Central e apresenta-se em duas formas: fluvial e marinha. A forma fluvial tem um comprimento máximo de 1,6 m e vive nas bacias dos rios Orinoco e Amazonas, onde é chamada também de boto-tucuxi. É encontrada a até 1.500 km de distância da foz dos rios. A forma marinha, com comprimento máximo de 2,2 m, vive em águas costeiras, principalmente em baías e desembocaduras de rios, de Santa Catarina, no Brasil, até o Panamá, no Caribe. São comumente observados na baía de Guanabara, onde demonstram grande resistência à poluição e a outras alterações de seu hábitat, como aterros e movimento intenso de embarcações.Uma espécie às vezes confundida com o boto-cinza é a franciscana, pequeno cetáceo da família dos Pontoporídeos (alguns autores a classificam como família dos Platanastídeos), também conhecida como boto-cachimbo.As espécies de focenídeos (do grego phokaina, boto) encontradas no Brasil são o boto-de-burmeister, que vive nas águas costeiras temperadas e subantárticas da América do Sul; e o boto-de-óculos, o membro da família que atinge maior comprimento (2,2 m), e tem distribuição restrita às zonas temperadas e subantárticas do hemisfério Sul. Seu dorso é preto brilhante, a barriga é branca e tem os olhos contornados de preto, separados do manto dorsal por um estreito arco branco, o que lembra os “óculos” que lhe dão o nome. FOLCLORE A presença de botos na região amazônica enriqueceu o folclore local. Segundo a lenda, os botos, ao anoitecer, transformam-se em jovens bonitos, altos, fortes, bons dançarinos e bebedores. Voluptuosos e sedutores, freqüentam bailes, namoram e enganam as moças que chegam às margens dos rios, engravidando-as. De madrugada voltam para o rio onde recuperam a forma animal. Essa lenda foi explorada no filme Ele, o Boto, de Walter Lima Júnior. É comum, no norte do Brasil, a expressão “filho de boto” para definir filhos sem pai. As primeiras informações sobre o boto apareceram no século XIX. Na época, o desconhecimento sobre esta espécie fez surgir histórias variadas como, por exemplo, que o boto-cor-de-rosa é uma réplica da mãe d'água e o boto-tucuxi ajuda os náufragos, empurrando-os para a praia. Os olhos e os órgãos genitais do boto, secos, são considerados um eficaz amuleto amoroso depois de manipulados pelo feiticeiro.Breve, amuleto que consiste num saquinho de pano em cujo interior se traz costurada alguma espécie de relíquia, que, acredita-se, assegura proteção a seu portador. Usa-se, em geral, pendente do pescoço por uma fita ou guardado dentro da roupa, em contato direto com o corpo. Em alguns casos, seu uso impõe que o conteúdo do breve não seja revelado, sob pena de perder a eficácia.Brinquedos, objetos que, destinados ao divertimento e passatempo das crianças — e às vezes também dos jovens e dos adultos — têm significados diferentes nas diferentes culturas. Para o norte-americano ou o europeu, um brinquedo é algo que serve para distrair, divertir e até instruir as crianças. Mas um objeto elaborado, que fosse visto por um adulto como ornamental e estático, ou uma engenhoca mantida como uma curiosidade, poderia ter para uma criança o valor de um brinquedo. Quando alguns objetos como armas antigas — por exemplo, arco e flecha —, fetiches religiosos, uma corneta ou um chocalho são descartados por sociedades adultas, podem se tornar brinquedos para crianças e, portanto, assumir uma nova existência com um novo significado. Os psicólogos modernos aceitam os brinquedos para adultos como um fenômeno natural. Os especialistas consideram que muitos objetos têm um valor dual: são ao mesmo tempo brinquedo e ornamento, réplica juvenil e modelo de colecionador. Hoje, quando o fato de adultos colecionarem brinquedos é popular em muitos países, resulta cada vez mais freqüente a experiência dessa dualidade: quem coleciona também brinca, confirmando mais uma vez a oposição que assinalavam os antigos romanos entre o otium (ócio) e o nec otium (não ócio, negócio), entre o espaço do prazer, da liberdade, da infância e o do dever, das obrigações, das exigências do ser adulto. Os seguintes objetos são aceitos por colecionadores de bonecas: fetiches primitivos, estatuetas, imagens rituais, ex-votos, ornamentos em porcelana, vidro ou cerâmica, bonecas de papel, bonecas para vestir, souvenirs turísticos, miniaturas feitas a mão e objetos entalhados. Outros objetos cobiçados pelos colecionadores de brinquedos são emblemas festivos, como ovos de páscoa e pingentes de árvores de natal, decorações para mesas, miniaturas em prata, soldadinhos de chumbo, caixas de música, engenhocas antigas, máquinas de feiras, aparatos óticos, títeres e fantoches, modelos de vitrine, bonecos e objetos que são réplicas de vendedores — por exemplo, móveis do período holandês ou britânico —, amuletos, chaveiros, caixas de fósforos e papéis de embrulho. Apesar destes exemplos, há uma concordância geral entre os historiadores e colecionadores sobre o valor estrito da palavra brinquedo. No terceiro milênio a.C., os meninos já brincavam com soldadinhos e as meninas, de boneca. Alguns cavalos de barro egípcios, datando de 500 a.C., subsistiram. Poucos, de origem grega, são de 400 a.C. Em Rodes, foram encontrados animais e cavaleiros de terracota datando de 2000 a.C. Os espécimes pré-históricos mais importantes foram encontradas nas escavações do vale do rio Indo. Estes achados e os do vale do rio Nilo podem ser vistos em museus.As bonecas mais antigas conhecidas são feitas de madeira, terracota e pano. Certos espécimes em museus datam respectivamente de 200 a.C. (Egito) e 500 d.C. (Grécia). As bonecas européias passaram por muitas transformações no design e nos materiais. Semelhanças toscas com figuras humanas, entalhadas na madeira, eram populares durante a Idade Média. No século XVI, o costume de usar bonecas como representantes da moda levaram à sofisticação e à grandiosidade. Durante os últimos quatro séculos, as bonecas têm sido produzidas em cera, papel machê, porcelana de Paros, biscuit, e borracha. Após a Primeira Guerra Mundial, novos materiais foram usados, e entre eles, lã, peles artificiais, lata e outros materiais mais leves. O período após a Segunda Guerra Mundial trouxe uma gama inteiramente nova de plásticos. Pouco se sabe sobre os brinquedos da Idade Média. Raras referências literárias e fontes de imagens mostram piões e chocalhos. Alguns objetos que sobreviveram após os séculos XII e XIII incluem bonecas de barro primitivas e cavalos e cavaleiros. Nuremberg, que depois tornou-se o centro da famosa indústria alemã de brinquedos, possuía seus artesãos de bonecas antes do ano 1500. No Museu Nacional Germânico dessa cidade, se conserva uma parte de uma casa de bonecas do século XV, e no Museu Cluny, em Paris, há um cavaleiro montado que tem 7 centímetros de altura e pode ser considerado o ancestral dos soldadinhos. Existem muito mais informações sobre os brinquedos do século XVI. Rabelais mencionou moinhos e um estábulo de cavalinhos nos quais montou Gargantua. Na obra desse autor francês também se inclui uma lista de divertimentos e jogos de rua tradicionais. Algumas gravuras e pinturas, como a famosa Jogos infantis, de Pieter Brueghel, mostram crianças européias jogando com tacos e bolas, matracas e cordas. No final do século, os artesãos empregados por nobres eram pagos para vestirem as maravilhosas miniaturas com que brincavam as crianças da aristocracia. Eram fabricados também animais de madeira nobre ou pedras preciosas, soldados de prata ou ouro e miniaturas de artigos de cozinha para suas casas de bonecas. A popularidade dos brinquedos mecânicos cresceu quando a hierarquia entre classes começou a mudar e técnicas de fabricação mais engenhosas seguiram-se às especializações dos artesãos do século XVIII, que desenvolveram engenhocas musicais fantásticas, efígies com mecanismos de relógio, e animais. Os movimentos e os vários métodos de induzi-los nos brinquedos assumiram uma grande importância.Os brinquedos mecanizados, já conhecidos no ano mil, eram equipados com maquinismos de relógio em Nuremberg, em 1672. Os franceses produziram autômatos como presentes para os potentados orientais e, um século depois, um marinheiro francês que lutou em Trafalgar foi o primeiro a produzir brinquedos com mecanismo de relógio. A Alemanha tomou a liderança desse mercado entre 1850 e 1900, mas os fabricantes britânicos, americanos e japoneses também produziram protótipos originais. As primeiras unidades musicais foram uma contribuição da Suíça: a intenção era, de acordo com alguns especialistas, promover a venda dos relógios suíços. Em meados do século XIX, graças às novas técnicas de produção, foi criada uma variedade inigualável de brinquedos, jogos e divertimentos para as crianças. A inventividade alemã foi a pioneira de designs novos e intrigantes, variando de artigos simples em lata ou madeira, conhecidos na Inglaterra como pennytoys, até jogos construtivos e didáticos que refletiam a tendência à difusão da ciência até na escola maternal. Durante o governo da rainha Vitória, as meninas inglesas começaram a seguir os costumes de suas companheiras alemãs e austríacas, aprendendo os trabalhos caseiros e o cuidado dos bebês com as Puppenspielen. Na virada do século XX, bonecas, casas de bonecas e “cozinhas alemãs” de baixo custo eram comuns em famílias de classe média. Hoje, a propagação de técnicas de produção modernas em muitos países desenvolvidos do mundo tornou milhões de pessoas mais conscientes sobre a função, a utilidade e os multíplices aspectos culturais dos brinquedos. E, embora a utilização de refinamentos na aplicação de rádios, eletrônica, magnetismo, baterias e outros recursos tenha revolucionado a feitura de alguns brinquedos, a volta do gosto pelos brinquedos antigos existe já em vários países do mundo, equilibrando assim a vigência da mecanização com o resgate de técnicas mais artesanais. Nas últimas décadas do século XX, organizações e movimentos políticos, bem como grupos sociais representativos das minorias, têm se empenhado em superar uma classificação dos brinquedos própria de um esquema cultural que novos usos e novas idéias contradizem.A discussão sobre os papéis rígidos dos sexos, a luta contra os preconceitos ligados ao sentido do masculino e do feminino, a aceitação da independência como um direito válido para as mulheres fazem com que a escolha entre “soldadinhos” ou “bonecas” seja cada vez mais anacrônica. Além disso, as campanhas a favor da paz estão relacionadas também à recusa do consumo de brinquedos bélicos nos Estados Unidos e em muitos países europeus.Corpo fechado, imunidade às facadas, balas ou ataques de animais, graças à feitiçaria. Também é chamado de corpo curado. O candidato ao fechamento do corpo submete-se a um ritual pago, onde após defumações e goles de aguardente, entra descalço em uma bacia onde se equilibra apenas no pé direito. Reza o Credo até o ponto em que a oração diz "morto e sepultado", substituindo estas palavras por "guardado e fechado seja o meu corpo para todos os meus inimigos encarnados e desencarnados". Com uma chave, o oficiante fecha cada parte do corpo. O corpo também pode ser fechado pelo uso de amuletos que livram seu dono de males materiais e morais.Fernanda Montenegro Considerada a primeira-dama do teatro brasileiro, Fernanda Montenegro é também um verdadeiro amuleto das produções cinematográficas brasileiras, participando de suas realizações mais significativas. Este foi o caso, por exemplo, de Eles não usam black-tie, de Leon Hirszman (que ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza de 1981) e Central do Brasil, de Walter Salles Jr., com o qual ganhou o Urso de Prata do Festival de Berlim (o diretor ficou com o Urso de Ouro) pela comovente interpretação da personagem Dora, que levou um crítico de cinema internacional a dizer que um país com uma atriz desse porte tinha salvação.Crendices e superstições, deturpações do sentimento religioso que determinam comportamentos irracionais, de caráter normativo e preconceituoso. Consistem, essencialmente, na atribuição de causas sobrenaturais a fatos ou fenômenos de ordem natural. Têm um conteúdo defensivo que nasce do medo, cujas raízes se fundem na história do homem. O termo superstição vem do latim (ver Língua latina) superstitio que comporta dois sentidos: o de sobrevivente, susperstes, e o de pairar, superstare. Crendice é crença no sentido pejorativo: denota fé considerada absurda ou supersticiosa. Entre as superstições mais difundidas no Brasil, predominam as de origem européia, introduzidas pela colonização portuguesa. A maioria estabelece normas de conduta relacionadas com a vida cotidiana: levantar da cama com o pé direito, não passar debaixo de uma escada, não se sentarem treze pessoas à mesa, não tirar as teias de aranha da casa ou que uma noiva deve usar alguma coisa emprestada no dia do casamento. Algumas superstições são expressas apenas por gestos: bater na madeira com os nós dos dedos, fazer o sinal da cruz, ou cruzar o dedo medio sobre o polegar, com o propósito de afastar o "mal" ou atrair o "bem". Os amuletos como pés de coelho, galhos de arruda, ferraduras (ver Mau-olhado), santinhos, medalhas e fitas do Senhor do Bonfim também são usados, superticiosamente, como exorcismos. Algumas pessoas elegem um amuleto particular, geralmente uma peça de roupa, uma mecha de cabelo ou qualquer outro objeto de referência pessoal. Os gestos e os amuletos gozam de muito prestígio no meio teatral e esportivo. Acredita-se que o gato-preto e o número treze são portadores da má sorte. Segundo a tradição popular, o dia 13 pode ser fatídico quando cai em uma sexta-feira do mês de agosto. A superstição atinge também certas pessoas consideradas portadoras de falta de sorte e, por isto, denominadas de "pés frios".Etnias africanas no Brasil, nações que, durante o período colonial (ver Brasil colonial), chegaram no país através do tráfico negreiro. As estatísticas sobre estes povos foram destruídas após a abolição (ver Lei Áurea), mas historiadores afirmam que o número de escravos variou entre 3 e 18 milhões. Estudos clássicos indicam que os povos africanos (ver África) expatriados para o Brasil podem, segundo sua procedência, ser divididos em três grandes categorias: sudaneses, bantos e guineanos. Os sudaneses também são conhecidos como negros maometanos. Os bantos, originários do Sul da África, tiveram como destino os estados do Maranhão, Pernambuco e Rio de Janeiro, de onde migraram em pequenos grupos para Alagoas, Pará, Minas Gerais e São Paulo. Deve-se aos bantos a entrada no Brasil das festas do boi, do louvor a São Benedito, da capoeira, do samba, do batuque e de alguns instrumentos musicais, entre eles, o berimbau. Os negros sudaneses, provenientes do Níger, na África Ocidental, foram introduzidos na Bahia para trabalhar na lavoura, de onde se espalharam pelo Recôncavo. Os sudaneses — mais desenvolvidos e capazes de preservar seus costumes durante os séculos de escravidão — são os responsáveis pela incorporação do candomblé à cultura brasileira. Esta foi a principal contribuição da mitologia jeje-nagô, de cujos cultos compartilhavam os iorubás, os ewes, os thsis e os gás, entre outros. Os negros maometanos, trouxeram o islamismo (ver Islã) para o Brasil. Foram exterminados no começo do século XIX porque, por serem alfabetizados, costumavam liderar todas as revoltas de escravos. Após uma série de insurreições de caráter religioso, insufladas pelos maometanos, estes foram massacrados pelos senhores da velha cidade da Bahia. As principais nações desse grupo eram os peules (fulas), mandingas (solinkês e bambaras), hauçás, tapas, borens e gurunsis. Embora não reverenciassem os orixás, eram conhecidos como grandes feiticeiros, deixando incorporada a palavra “mandinga” à língua portuguesa. Deve-se também a eles o hábito de os negros usarem amuletos, muitas vezes no pescoço, escapulários com orações milagrosas para fechar o corpo contra os perigos, inclusive mordidas de cobra e tiros. Os maometanos também deixaram vestígios na culinária. O arroz de hauçá é uma receita dos negros maometanos.Feitiço, qualquer fórmula, ato ou objeto que se supõe ter poder de evitar o perigo ou atrair boa sorte.Fetichismo, o termo é deriva da palavra latina facticius, sendo, posteriormente, na África, adaptado ao francês fetiche, por ocasião dos estudos das religiões primitivas africanas. Por analogia, usa-se, no português a expressão fetichismo, objeto de culto forte por associação simbólica ao ritual que o acompanha. Pode ser qualquer coisa inanimada onde é reconhecido um espírito estranho, apreciado não por si próprio mas por algum poder místico associado a ele. No marxismo há o conceito de fetichismo da mercadoria, para indicar a transferência de relações sociais para as coisas, e no campo religioso têm importância as relíquia, os amuletos e os talismãs. Entre os latinos, a figa é um fetiche muito difundido. É a mão humana em que o polegar está colocado entre o médio e o indicador, símbolizando a reprodução e anulando as influências negativas da esterilidade. Pode ser confeccionada em materiais diversos - bronze, ouro, prata, barro, osso, coral. Suas cores têm significados distintos: a preta livra do mau-olhado, a vermelha dá sorte, a amarela estimula a memória, a rosa significa recordação e a verde a esperança. Ainda é reconhecido entre seus poderes: afastar maldades e contratempos, e atrair a felicidade. Se guardadas no armário atraem dinheiro, e quando achadas trazem boa sorte. Quando empregado no campo sexual, o termo é chamado de fetichismo erótico para designar atração sexual por determinadas partes do corpo ou por algum objeto associado ao prazer físico, tais como meias femininas ou algemas. Nos cultos jejê-nagô cada orixá possui o seu fetiche.Magia negra, arte de influir no curso dos acontecimentos ou adquirir conhecimento por meios sobrenaturais. A magia está relacionada com a alquimia, o ocultismo, o espiritismo, a superstição e a bruxaria. O termo deriva do persa antigo magi (magos), referindo-se a sacerdotes que se ocupavam do relacionamento com o oculto. Os gregos e romanos também praticaram a magia. Segundo os antropólogos, as crenças e práticas mágicas — leitura da sorte, a comunicação com os mortos, a astrologia e a crença nos números e amuletos da sorte — existem na maioria das culturas. A magia se divide em branca, ou boa, e negra, a maligna. A magia branca é usada para eliminar ou abrandar efeitos da magia negra que se invoca para matar, fazer mal ou satisfazer ao próprio egoísmo. Durante a Idade Média, a magia negra se baseava na bruxaria, feitiçaria e invocação dos demônios. A magia branca se assentava na astrologia e no uso de diversas ervas.Magia, variedade de práticas, apoiadas na crença em sua eficácia, usadas como meio de lidar com os problemas da vida. Os rituais mágicos têm sido tradicionalmente ligados ao sobrenatural, envolvendo objetos como talismãs, amuletos, balangandãs, substâncias vegetais e animais, fórmulas verbais, encantamentos, palavras mágicas e juramentos. As práticas rituais classificadas como adivinhações são usadas para descobrir as causas de doenças, mortes ou falhas, ou para descobrir o futuro. Outros atos e objetos de magia são usados para proteger contra males ou para intimidar ou prejudicar aos inimigos.Mau-olhado, poder maléfico atribuído ao olhar de certas pessoas. Este mito é universal e, desde a mais remota antigüidade, povos de diferentes culturas deixaram citações sobre ele. Acredita-se que o mau-olhado é capaz de provocar desgraças, doenças e até a morte. Pode atingir também animais e plantas, principalmente a pimenteira, considerada muito sensível a este sortilégio. A arruda, o alecrim e o manjericão afastam o mau-olhado. Benzeduras, defumações e amuletos - como o pé de coelho, a figa e a ferradura - também são usados para afugentar mau-olhado. Quando alguém adoece repentinamente ou sofre de moléstia não identificada, o povo diz que é "quebranto", ou seja, mau-olhado. Olhar-de-seca-pimenteira, olhar-de-matar-pinto e olho-grande são outras denominações do mau-olhado.Medicina popular, resulta da interpenetração da cultura portuguesa, africana e indígena, abrangendo tanto conhecimentos de base empírica quanto elementos mágicos ou religiosos. FITOTERAPIA A cultura brasileira valoriza a fitoterapia (tratamento à base de ervas). No Brasil, são comuns as receitas de chás, mezinhas, compressas, xaropes e ungüentos cuja matéria-prima é sempre uma planta, erva ou raiz. Ao longo dos séculos - já que cultura médica indígena se fundamentava nesta prática -, a fitoterapia vem sendo usada pela população, sobretudo entre as camadas mais carentes. Não há brasileiro que não saiba uma receita de chá de boldo para o fígado, de erva-doce para o intestino, de quebra-pedra para os rins, xarope de agrião como expectorante ou a compressa de arnica como anti-inflamatório. A partir da década de 70, passou-se a valorizar a medicina alopática, baseada em medicamentos químicos. Ao mesmo tempo, a indústria farmacêutica intensificava estudos sobre o uso de plantas e raízes brasileiras cujo princípio ativo, o conhecimento empírico apontava na prática. O impulso recebido pela fitoterapia nos últimos anos decorre não só destes aspectos, mas, também, de uma crescente consciência ecológica que se difunde na sociedade. Atualmente, a fitoterapia faz parte da política de saúde pública, fundamentada na necessidade de se atender segmentos sociais menos favorecidos que necessitam de um atendimento eficiente, mas de baixo custo. ELEMENTOS MÁGICOS E RELIGIOSOS Tem sido bastante estudado o componente psíquico-religioso que atribui a determinados indivíduos poderes especiais que lhes permitem práticas curativas. Neste casos, a crença é um elemento fundamental. Ao curandeiro (ver Curandeirismo) ou rezadeira atribui-se a capacidade de - fazendo o sinal da cruz e rezando sobre a cabeça ou as roupas de um doente - expulsar o mal que o afeta.Um curandeiro usa, paralelamente ao seu "poder" de cura, ervas ou mezinhas que ajudam a reza. Já a rezadeira recorre à orações, gestos e palavras. Há, também, uma profilaxia mágica que busca criar defesa prévia ao mal possível, valendo-se de relíquias, bentinhos, amuletos, patuás, santinhos, talismãs. Ou a crença na ajuda divina que, sensibilizada por novenas, promessas ou romarias, pode debelar um mal: os ex-votos colocados em igrejas e lugares santos confirmam o "agradecimento pela graça recebida".Às vezes, julga-se necessário uma cerimônia maior, como é o caso da pajelança ou da toré, da cultura indígena, que invoca os caboclos e seus poderes. Ações realizadas por beatos ou milagreiros, intervenções feitas por médiuns que se acreditam dotados de poderes especiais e "simpatias" capazes de afastar doenças também fazem parte do ritual da medicina popular.Muiraquitã, amuleto em jade trabalhado em forma de animal que, no Baixo Amazonas (ver Amazônia), usa-se pendurado no pescoço, como proteção mágica. A lenda afirma que o muiraquitã era o presente dado pelas guerreiras amazonas aos homens que as visitavam anualmente. A pedra, retirada ainda mole do fundo do rio e moldada pelas mulheres com os dedos, endurecia ao contato com o ar.IDADE MÉDIA - No Médio Império, também foram produzidos magníficos trabalhos de arte decorativa, particularmente jóias feitas em metais preciosos com incrustação de pedras coloridas. Neste período aparece a técnica do granulado e o barro vidrado alcançou grande importância para a elaboração de amuletos e pequenas figuras.Patuá, amuleto que consiste em um pequeno saco de pano, em cujo interior costura-se a cópia de uma oração ou uma relíquia. Acredita-se que a força do amuleto garantirá a quem o usa muitos benefícios: desde corpo fechado até sorte no jogo e no amor.PREPARAÇÃO E DESPEDIDA DO CADÁVER Em todas as sociedades se prepara o cadáver antes de colocá-lo definitivamente no féretro. Os primeiros enterros de que se têm evidências são de grupos de Homo sapiens. Os restos arqueológicos indicam que o homem de Neandertal pintava seus mortos com vermelho ocre. As práticas de lavar o corpo, vesti-lo com roupas especiais e adorná-lo com objetos religiosos ou amuletos são muito comuns. Muitas vezes os pés do falecido são atados, talvez com a intenção de impedir que o espírito saia do corpo. O tratamento mais meticuloso é o de embalsamamento, que nasceu, quase que seguramente, no antigo Egito. Os egípcios acreditavam que o corpo tinha que estar intacto para que a alma pudesse passar para a vida seguinte, e para conservá-lo desenvolveram o processo da mumificação. Na sociedade ocidental moderna esse processo é realizado para evitar que os familiares tenham que enfrentar o processo de putrefação dos restos.Runas, cada um dos caracteres do alfabeto que foi usado pelos povos germânicos. Em toda a Europa ocidental, encontraram-se inscrições rúnicas em monumentos de pedra e em objetos metálicos, como pontas de lança e amuletos. O alfabeto rúnico, que previamente havia recebido o nome de futhark, era formado em sua origem por 24 caracteres.Sino, instrumento musical de percussão em forma de taça invertida, geralmente de metal, às vezes de madeira, cerâmica ou outros materiais, que soa quando golpeado com badalo ou com martelo. O badalo é acionado (tangido) pelo lado de dentro do sino. O martelo, manejado de forma manual ou mecânica, bate pelo lado externo. Classifica-se entre os idiofones (instrumentos em que o som é produzido pela vibração do próprio material de que são feitos). Os sinos já eram conhecidos na China antes de 2000 a.C. e também no Egito, na Índia, na Grécia e em Roma, assim como em outras culturas antigas. Foram usados desde o início como meio de comunicação, como objetos rituais e como amuletos mágicos protetores. Seu uso nas igrejas estendeu-se pela Europa, do século VI ao IX. Os sinos utilizados nas orquestras são simples jogos de tubos metálicos afinados e percutidos com a baqueta.Talismã, do grego telesma (cerimônia religiosa). É um objeto ou símbolo que, se supõe, beneficia a quem o possui.Uirapuru (folclore), pássaro da Amazônia que, segundo a lenda, enfeitiça todos os que escutam seu canto. Dizem, na Amazônia, que quando o uirapuru canta, todos os demais pássaros silenciam e se aglomeram para escutá-lo. Morto, e preparado por um pajé, transforma-se em amuleto, podendo ser guardado dentro de casa ou enterrado à entrada para proteger os moradores. Este mito é de origem indígena e, com o passar dos anos, começou a ser projetado sobre diferentes tipos de pássaro.
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