quarta-feira, 23 de maio de 2012

Um convite à reflexão no Dia da Biodiversidade


Hoje, dia 22 de maio, é celebrado o Dia Internacional da Biodiversidade. A data, criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1993, possui grande destaque neste ano devido à Década da Biodiversidade (2011-2020), estabelecida também pela ONU. A data ganha destaque ainda em função dos números nada animadores relativos às espécies ameaçadas ou extintas nas últimas décadas.
A Biodiversidade compreende o total da variedade de formas de vida que podemos encontrar no planeta. E essa diversidade tem diminuído em escala progressiva.
De acordo com o Relatório Planeta Vivo, da WWF, divulgado no dia 15 de maio, há um crescimento massivo na pressão exercida pelos humanos sobre o planeta. Além disso, o estudo aponta ter ocorrido uma redução de quase 30% das espécies do planeta em comparação com a realidade de 1970. Na região dos trópicos foi constatado um declínio de 60%.
Os mares recebem atenção especial na data. O brasileiro Braulio Ferreira de Souza Dias, secretário-executivo do Convênio sobre a Biodiversidade Biológica, da ONU, é o responsável pela data e aponta 2012 como um ano decisivo para a vida marinha.
Em declaração à agência de notícias espanhola EFE, Dias aponta para os efeitos desastrosos da degradação do meio ambiente marinho, que tive de 30% a 35% de sua biodiversidade destruída. O secretário afirma que o lixo plástico é um dos maiores responsáveis pela morte da vida marinha.
O Brasil é o país que possui a maior biodiversidade do mundo, de acordo com a ONG Conservation International. Muitas dessas espécies estão correndo o risco de terem seus habitats ocupados por 22 hidrelétricas planejadas para a Amazônia.
O dano pode vir a ser maior ainda, caso o novo Código Florestal seja integralmente aprovado pela presidente Dilma Rousseff. O movimento “Veta, Dilma” trafega pelas redes sociais para mobilizar a população a pressionar a presidente pelo veto.
O país ainda sofre com a falta de fiscalização para combater os crimes ambientais, como a caça e a pesca ilegais, além da comercialização de espécies silvestres sem autorização do Ibama.
A corrupção e as fronteiras frágeis facilitam o aumento do tráfico de animais, atividade que movimenta bilhões de dólares e, apesar de pouco divulgado, é a terceira maior atividade ilegal do gênero no mundo, perdendo apenas para os tráficos de armas e drogas.
O Dia Internacional da Biodiversidade serve como um alerta, e os números apresentados mostram que é preciso ter o tema em pauta permanentemente.
A Terra sofre diariamente com a crescente devastação que a nossa espécie causa, o que nos leva à conclusão de que todos os dias deveriam ser “Dia da Biodiversidade”.
* Com informações de Terra, WWF, ONU e Conservation International

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