quarta-feira, 23 de maio de 2012

SEMENTE...

Sémen

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Sémen humano logo após a ejaculação. As áreas claras (que aparecem negras ou marrom devido à cor do fundo) estão começando a se liquefazer
O esperma (do grego: sperma - "semente") (sémen (português europeu) ou sêmen (português brasileiro)) é o fluido orgânico produzido pelos machos de muitas espécies de animais para transportar os espermatozóides até o local de fertilização na fêmea.

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[editar] Características do sémen humano

O sémen humano é um cremoso espumoso, gosmento, esbranqueado e opalitino. Períodos de abstinência sexual deixam o esperma amarelado.[1] É composto por uma mistura de secreções testiculares, vesículas seminais, próstata e glândula de Cowper. Depois de 10 a 30 minutos fora do organismo humano, o líquido espesso torna-se extremamente fluido [2]
Em volume, a ejaculação de um homem sadio varia entre 3,5 e 5 ml. Volumes em torno de 0,5 ml são, em sua maioria, patológicos. Seu pH encontra-se na faixa de 8,1 a 8,4. São considerados normais 200 a 600 milhões de espermatozóides por ejaculação.[2] Um único ml de esperma contém de 60 a 120 milhões de espermatozóides.[1]

[editar] Composição do sémen humano

Os componentes do sémen derivam de duas fontes: esperma e plasma seminal. O plasma seminal, por sua vez, é produzido pela contribuição da vesícula seminal, próstata e glândulas bulbouretrais.
O plasma seminal dos humanos contém um complexo de componentes orgânicos e inorgânicos.
O plasma seminal fornece um meio nutritivo e protegido para os espermatozóides durante as suas jornadas até o trato reprodutivo feminino. O ambiente normal da vagina é hostil para as células do esperma, já que ele é muito ácido (devido à produção de ácido lático da microbiota vaginal), viscoso, e controlado por células imunes. Os componentes do plasma seminal tentam compensar este ambiente hostil. Aminas básicas como a putrescina, espermina, espermidina e cadaverina são responsáveis pelo cheiro e sabor do sémen. Essas bases alcalinas neutralizam o ambiente ácido do canal vaginal (que é muito nocivo ao esperma), e protegem o ADN dentro do esperma da desnaturação ácida.
Os componentes e contribuições do sémen são os seguintes:
Glândula Quantidade (%) Descrição
Testículos 2-5%[3] Aproximadamente 200- a 500- milhões de espermatozóides, produzidos nos testículos, são lançados pela ejaculação.
Vesícula seminal 65-75% Aminoácidos, citrato, enzimas, flavinas, frutose (a principal fonte de energia para as células espermáticas, que dependem exclusivamente de açúcares do plasma seminal para energia), fosforilcolina, prostaglandinas (envolvida na supressão da resposta imune pela fêmea contra o sémen externo), proteínas, vitamina C
Próstata 25-30% Fosfatase ácida, ácido cítrico, fibrinolisina, antígeno específico da próstata, enzimas proteolíticas, zinco (ajuda a estabilizar as cromatinas com DNA das células espermáticas. Uma deficiência de zinco pode resultar em uma redução de fertilidade devido à fragilidade maior do esperma. A deficiência de zinco pode também afetar de diversas formas a vagina.)
Glândulas bulbouretrais < 1% Galactose, muco (ajuda a aumentar a mobilidade das células espermáticas na vagina e na cérvice por criar um canal menos viscoso para as células espermáticas nadarem sobre, e prevenindo a sua difusão para fora do sémen. Contribui para a textura semelhante a uma gelatina do sémen), pré-ejaculado, ácido siálico

[editar] Sémen e a transmissão de doenças

O sémen de uma pessoa livre de doenças não é nocivo em contato com a pele. Entretanto, o sémen pode ser meio de transmissão de muitas doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV, o vírus que causa a AIDS. Também imagina-se que os componentes do sémen, como os espermatozóides e o plasma, podem causar imunossupressão no corpo quando atingem a corrente sanguínea ou linfa. As evidências para essa teoria datam de 1898, quando Elie Metchnikoff injetou em um porco seu próprio esperma e o esperma de outro porco, mostrando que o anticorpo produzido em resposta; entretanto o anticorpo estava inativo, evidenciando uma resposta de supressão do sistema imune.
Mais pesquisas, como a de S. Mathur e J.M. Goust, mostraram que anticorpos não existentes anteriormente foram produzidos nos humanos em resposta ao esperma. Estes anticorpos reconheciam linfócitos T como estranhos por engano, e consequentemente os linfócitos T sofreram ataque pelos linfócitos B do organismo.
Outros componentes do sémen que se mostraram como estimuladores de um efeito imunossupressivo são o plasma seminal e os linfócitos seminais.

[editar] Sangue no sémen (hematospermia)

A hematospermia, ou seja, a presença de sangue no sémen pode ser indetectável (sendo vista somente microscopicamente) ou visível no fluido. Pode ser causada por inflamação, infecção, danos ao trato reprodutor masculino ou problemas com a uretra, testículos, epidídimo e próstata.

Referências

  1. a b Lima, A. Oliveira. Métodos de Laboratório Aplicados à Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
  2. a b Miller, Otto. Laboratório para o Clínico. São Paulo:Atheneu, 1999.
  3. UNDERSTANDING SEMEN ANALYSIS, no http://www.uhmc.sunysb.edu ; Acesso em 24 de Dez de 2008

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

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