quarta-feira, 16 de maio de 2012

MEL, PRÓPOLIS E GELEIA REAL

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Mel do Campo
Mel (plural: meles ou méis) [1] (pronúncia br:/mɛw/ pronúncia pt:/mɛl/) é um alimento, geralmente encontrado em estado líquido viscoso e açucarado, que é produzido pelas abelhas a partir do néctar recolhido de flores e processado pelas enzimas digestivas desses insetos, sendo armazenado em favos em suas colmeias para servir-lhes de alimento.[2] O mel dito puro sempre cristaliza naturalmente. [2]

Índice

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[editar] Variedades de mel

Existem dezenas de variedades de mel de abelhas e marimbondos que podemos obter: segundo a floração, os terrenos de obtenção ou ainda segundo as técnicas de preparação. Dessa forma variam em cor, aroma e sabor. Diferenciam-se, assim, na cor, indo do branco incolor, amarelo ao castanho principalmente.
Outra característica marcante em alguns méis é a consistência líquida ou endurecida que poderá apresentar quando armazenado em recipiente, sendo de igual qualidade sob esse aspecto.
No que diz respeito ao néctar, pode provir de uma única flor (mel monofloral) ou de várias (mel plurifloral).
Certamente não há mel rigorosamente monofloral, entretanto a presença de outro néctar em pequena quantidade não influi apreciavelmente no seu aroma, cor e sabor.
É importante salientar que, a despeito de o mel utilizado atualmente em maior escala na alimentação humana provir da produção das abelhas melíferas, existem outros insetos que também o produzem em menor quantidade e não são explorados economicamente.

[editar] Cidades produtoras de mel no Brasil

[editar] Composição e uso

Além de ser utilizado como adoçante, o mel sempre foi reconhecido devido às suas propriedades terapêuticas. De um modo geral, o mel é constituído, na sua maior parte (cerca de 75%), por hidratos de carbono, nomeadamente por açúcares simples (glicose e frutose). O mel é também composto por água (cerca de 20%), por minerais (cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, entre outros), por cerca de metade dos aminoácidos existentes, por ácidos orgânicos (ácido acético, ácido cítrico, entre outros) e por vitaminas do complexo B, por vitamina C, D e E. O mel possui ainda um teor considerável de antioxidantes (flavonóides e fenólicos). [4]
Apesar de suas propriedades terapêuticas o mel não pode ser consumido por crianças com idade inferior a 1 ano, devido a possibilidade de contaminação pela bactéria Clostridium botulinum, causadora de botulismo.[5] O sistema imune de crianças nesta faixa etária não possui capacidade imunológica para destruir o microorganismo.[6]
Os vários tipos de mel variam em função das plantas de onde é extraído o néctar e, também, de acordo com a localização geográfica dessas plantas e os tipos das abelhas produtoras. Por esta razão, o mel pode apresentar consistências e cores diferentes. Devido ao seu teor de açúcares simples, de assimilação rápida, o mel é altamente calórico (cerca de 3,4 kcal/g), pelo que é útil como fonte de energia.
Composição básica do mel[7]
Componentes Média Desvio Variação
padrão
Água (%) 17,2 1,46 13,4 ~ 22,9
Frutose (%) 38,19 2,07 27,25 ~ 44,26
Glicose (%) 31,28 3,03 22,03 ~ 40,75
Sacarose (%) 1,31 0,95 0,25 ~ 7,57
Maltose (%) 7,31 2,09 2,74 ~ 15,98
Açúcares totais (%) 1,50 1,03 0,13 ~ 8,49
Outros (%) 3,1 1,97 0,0 ~ 13,2
pH 3,91 3,42 ~ 6,10
Acidez livre (meq/kg) 22,03 8,22 6,75 ~ 47,19
Lactona (meq/kg) 7,11 3,52 0,00 ~ 18,76
Acidez total (meq/kg) 29,12 10,33 8,68 ~ 59,49
Lactona/Acidez livre 0,335 0,135 0,00 ~ 0,950
Cinzas (%) 0,169 0,15 0,020 ~ 1,028
Nitrogénio (%) 0,041 0,026 0,00 ~ 0,133
Diastase 20,8 9,76 2,1 ~ 61,2
O mel é também usado externamente devido às suas propriedades antimicrobianas e anti-sépticas. Assim, o mel ajuda a cicatrizar e a prevenir infecções em feridas ou queimaduras superficiais. O mel é também utilizado largamente na cosmética (cremes, máscaras de limpeza facial, tônicos, etc.) devido às suas qualidades adstringentes e suavizantes.
Juntamente com o mel, as abelhas produzem outros importantes produtos a saber a cera, a geleia real, e Própolis.
Própolis é obtida pelas abelhas a partir de resinas retiradas principalmente de secreções de árvores, quando destas se quebra algum galho. Dessa forma a árvore se protege com um produto natural com poder bactericida e a abelha reprocessa essa seiva originando a Própolis. Esta é utilizada pelas abelhas para duas finalidades principais: vedar a colmeia de maneira a não entrar água, vento ou outro animal; e serve também para mumificar outros insetos que penetrem na colmeia e são eventualmente mortos.
A Própolis é bastante útil ao ser humano que a usa como auxiliar medicamentoso uma vez que possui poder bactericida, como já visto[8].
Uma bebida fermentada a partir do mel e água é denominada hidromel.

Notas e referências

  1. http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=7092
  2. a b Enciclopédia agrícola brasileira
  3. <http://www.sul-sc.com.br/afolha/cidades/icara.html>. ISSN 0100-4042. doi: 10.1590/S0100-40422007000400017
  4. Muñoz, O, Copaja, S, Speisky, H., Peña RC & Montenegro G. 2007 Contenido de flavonoides y compuestos fenólicos de mieles chilenas e índice antioxidante. Quím. Nova [online]. 30(4): [citado 2008-09-01], pp. 848-851. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000400017&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0100-4042. doi: 10.1590/S0100-40422007000400017
  5. A Vida do Bebê
  6. Livro dos alimentos
  7. Colégio Web - Biologia - Composição nutricional do mel.
  8. Peña RC Ciencia e Investigación Agraria

[editar] Ver também

Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Mel
Própolis Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Própolis Própolis Própolis é uma substância resinosa obtida pelas abelhas através da coleta de resinas da flora (pasto apícola) da região, e alteradas pela ação das enzimas contidas em sua saliva. A cor, sabor e o aroma da própolis variam de acordo com sua origem botânica e vem do mel. A palavra "propolis" vem do grego: ["pro"=em favor de] + ["polis"=cidade], isto é, para o bem, em defesa da cidade, no caso, a colmeia. Escreve-se O ou A Própole. Os gregos chamavam própolis às portas de uma cidade, voz tomada pelo prefixo ‘pro-‘ e ‘polis’ (cidade). Mais tarde, Plínio empregou esta palavra em latim para dar nome à cera – extraída da polpa das árvores – com a qual as abelhas recobrem a entrada de suas colméias a fim de protegê-las contra fungos e bactérias. As propriedades antibióticas e fungicidas desta substância, que em nossa língua se chama própole, eram conhecidas desde a mais remota antiguidade pelos sacerdotes egípcios e pelos médicos gregos e romanos, assim como por algumas culturas sul americanas. Própolis, ou própole, está vinculada através de ‘polis’ com muitas outras palavras da nossa língua, tais como político (relativo à cidade)e metrópole (cidade principal).‘Polis’ provém do sânscrito ‘pur’ (cidade fortificada), que se encontra no nome de Singapura (cidade dos leões). Índice [esconder] 1 Composição 2 Uso na colmeia 3 Uso pelo Homem 4 Propriedades 4.1 Antimicrobiana 4.2 Antifúngica 4.3 Antivirótica 4.4 Antiprotozoário 4.5 Bactericida e bacteriostática 4.6 Anestésica 4.7 Antiinflamatória 4.8 Antioxidante[5] 4.9 Cicatrizante e regeneração de tecidos 4.10 Anti-sépticas e hipotensivas 4.11 Tratamento de gengivites 4.12 Atividade hepatoprotetora e agente anti-úlceras 4.13 Estimuladora do sistema imunológico 4.14 Ação inibidora na multiplicação de células tumorais 5 Referências 6 Ligações externas [editar] Composição Própolis Sua composição é de 55% resinas vegetais; 30% cera de abelhas; 8 a 10% de óleos essenciais; e 5% de pólen aproximadamente. A diferença entre os tipos de própolis está vinculada à sua origem botânica e à espécie de abelha que a produziu. A própolis verde do Brasil está associada a planta Baccharis dracunculifolia, conhecida também como alecrim-do-campo, onde é nativo[1],[2],[3]. Dos mais de 200 compostos químicos já identificados na própolis, entre os principais compostos ativos podemos citar os compostos flavonóides, ácidos aromáticos, terpenóides, aldeídos, álcoois, ácidos alifáticos e ésteres, aminoácidos, esteróides, açúcares, etc. [editar] Uso na colmeia É utilizada pelas abelhas de diversas formas: Para proteger a colmeia de intrusos e do frio, mantendo a temperatura ideal para suas crias, fechando frestas e diminuindo o tamanho da entrada; Para desinfetar o interior da colmeia e os alvéolos onde a abelha rainha faz a postura dos ovos; Quando um intruso é abatido e não pode ser retirado do interior da colmeia, as abelhas cobrem o intruso com própolis, evitando que sua putrefação contamine o ninho. Foi recentemente mostrado que as abelhas puderam sobreviver por um tempo mais longo quando tinham usado a própolis para selar as fendas da colmeia. Isso é provavelmente porque a própolis, feito de 50 % resina, contém bastantes moléculas com funções antibióticas[4]. [editar] Uso pelo Homem A própolis possui diversas propriedades biológicas e terapêuticas. Desde a Antigüidade a própolis já era utilizada como medicamento popular no tratamento de feridas e infecções. As histórias das medicinas das civilizações Chinesa, Tibetana, Egípcia e também a Greco-Romana são ricas, todas contendo em seus escritos antigos centenas de receitas onde entram principalmente mel, própolis, larvas de abelhas e às vezes as próprias abelhas, para curar ou prevenir enfermidades. A própolis é conhecida como um poderoso antibiótico natural. Hoje a própolis é utilizada com maior freqüência na prevenção e tratamento de feridas e infecções da via oral, também como antimicótico e cicatrizante. Estudos mais recentes indicam eficiente ação de alguns de seus compostos ativos com ação imuno-estimulante e antitumoral. [editar] Propriedades Entre suas propriedades podemos citar: [editar] Antimicrobiana Ghisalberti, Bee World, 60, 59-84, 1979 Park et. al., Current Microbiology, 36, 24-28, 1998; [editar] Antifúngica Millet - Clerc et. al., Plant. Med. Phytother, 21, 3-7, 1987; Kujumgiev et. al., 64 (2), 235-240, 1999; Silici et al J. Pharmacol. Sci. 99, 39 , 2005;em linha [editar] Antivirótica Esanu et. al., Virologie, 32, 213-215, 1981; [editar] Antiprotozoário Scheller et. al. Arzneim - Forsch. Drug., 30, 1847-1848, 1980; Towers et. al. Rev. Cuban Cienc. Vet., 15-19, 1990; [editar] Bactericida e bacteriostática Focht et. al. - Arzneimitteln Forschung 43-II (8) 921-923, 1993; [editar] Anestésica Ghisalberti, 1979 Paintz and Metzner, 1979; [editar] Antiinflamatória Olinescu, Stud. Cercet. Biochim., 34, 19-25, 1991; [editar] Antioxidante[5] Yanishlieva & Marinova, Kharanitelnopr. Nauka, 2, 45-50, 1986; [editar] Cicatrizante e regeneração de tecidos Stojko et. al., Arzneim - Forsch. Drug Rês., 28, 35-37, 1978; [editar] Anti-sépticas e hipotensivas Ghisalbert, Bee World, 60, 59-84, 1979; [editar] Tratamento de gengivites Magro Filho et. al., 32, 4-6, 1990; [editar] Atividade hepatoprotetora e agente anti-úlceras Kabanov et. al., Sov. Med., 6, 92-96, 1989; [editar] Estimuladora do sistema imunológico Manolova, et al, 1987; Moriyasu, et al, 1993; Harish, et al, 1997; [editar] Ação inibidora na multiplicação de células tumorais Matsuno et. al. 1992; Kimoto et. al. 1995; Referências ↑ Barth O M. 2004 Melissopalynology in Brazil: a review of pollen analysis of honeys, propolis and pollen loads of bees Sci. Agric.(Piracicaba, Braz.), 61:342-350 ↑ Revista Brasileira de Farmacognosia ↑ Denise Pimenta da Silva Leitão, Ademar Alves da Silva Filho, Ana Cristina Morseli Polizello, Jairo Kenupp Bastos and Augusto César Cropanese Spadaro, 2004. Comparative Evaluation of in-Vitro Effects of Brazilian Green Propolis and Baccharis dracunculifolia Extracts on Cariogenic Factors of Streptococcus mutans, Biol. Pharm. Bull., Vol. 27, 1834-1839 ↑ Simone M, Evans JD, Spivak M. Resin collection and social immunity in honey bees. Journal of Organic Evolution. Online pub (2009). ↑ Peña, R.C. 2008 Propolis standardization: a chemical and biological review. Cienc. Inv. Agr. [online].35(1): [cited 29 August 2008],17-26. Available from World Wide Web: . ISSN 0718-1620 [editar] Ligações externas Commons O Commons possui multimídias sobre Própolis Apiterapia Categorias: Abelhas | Apicultura Geleia real Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Question book.svg Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência (desde Dezembro de 2008). Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus Geleia Real é a secreção produzida pelas glândulas hipofaríngeas das jovens abelhas operárias, durante um breve periodo de suas vidas. A continuidade é obtida pela produção das novas jovens operárias da colmeia. A rainha dessa maneira sempre deverá produzir ovos. Este alimento é empregado pelas abelhas para alimentar suas larvas por 3 dias aproximadamente, a rainha durante toda a sua vida, sendo dado também aos zangões no período inicial de suas vidas. Também misturado com mel. Também tem um efeito antioxidante. [editar] Ver também ApiterapiaJustificar Wiki letter w.svg Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categorias: Abelhas | Alimentos

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