quarta-feira, 4 de abril de 2012

A importância essencial dos corredores ecológicos

Nossa vida é construída com base nas inúmeras relações que constituímos e não há dúvidas de que o homem é um ser social. Essa dinâmica é a mesma entre animais, porém com implicações mais profundas, já participam de cadeias alimentares irretocáveis.
Os especialistas em conservação animal aprenderam sobre essas interações ao estudar as espécies que estão tentando preservar. Para promover a interconexão entre habitats de espécies protegidas, o procedimento ideal é criar os chamados corredores ecológicos.
Esses corredores são passagens desenvolvidas especialmente para que os animais de desloquem de um ponto a outro, não permanecendo como se estivessem isolados em “ilhas”. Aqui vão algumas razões da importância dessas “passarelas” para os bichos, segundo listado pelo TreeHuger:

1. Eles precisam viajar longas distâncias.

Espécies como lobos, ursos, linces, alces etc., necessitam de áreas grandes o suficiente para suprir seus instintos de marcação de território. Por isso, em reservas menores é fundamental que tenham um caminho seguro até mesmo para ir para outras reservas, passando até mesmo por fazendas. Eles precisam sentir que estão se deslocando.

2. Não existem corredores “padronizados”.

Cada corredor de vida selvagem deve preparado pensando na espécie que mais o utilizará.  Muitos fatores determinam quão atrativo será um corredor para o animal: tipo de terreno, cobertura de vegetação, incidência de neve, topografia, barreiras físicas, e com certeza, a frequência de presença humana ao redor (incluindo odores e ruídos).

3. Proteção à diversidade genética

Um dos perigos do isolamento de habitats é que, com o tempo, a diversidade genética será reduzida e cruzamentos entre animais da mesma família vão resultar em baixa imunidade e problemas genéticos. É o mesmo princípio em fazendas e florestas: monoculturas são muito mais vulneráveis que policulturas. No mundo animal, variedade é igual à robustez.

4. Corredores naturais ou criados?

Às vezes, corredores selvagens já estão presentes na natureza, como, por exemplo, quando um vale entre duas montanhas faz o papel de afunilar a passagem e direcionar espécies que acabam “migrando” de uma área a outra. Em muitos casos, a diferenciação não existe e a natureza necessita de nossa ajuda. Isso é o que ONG´s de conservação como a National Wildlife Federation e a Nature Conservancy fazem. Veja alguns exemplos de corredores artificiais:
  • Paséo Pantera, conhecido também como corredor Biológico MesoAmericano ou Passeio do Jaguar
  • Corredor Himalaio do Leste
  • Corredor do tigre China-Russia
  •  Corredor do Tigre Tandai
  • Cinturão Verde Europeu
  • Corredor Siju-Rewak próprio para elefantes, localizado em Garo Hills na India
  • Rede de corredores Ecologische Hoofdstructuur criado para a vida selvagem na Holanda

5. Os governos devem cumprir seu papel

Animais e plantas não se preocupam com limites territoriais. Muitos habitats se estendem aos limites dos países e muitos importantes corredores atravessam essas delimitações. Assim, é crucial a cooperação dos governos. Assim como o trabalho em cooperação de legisladores com os especialistas para as melhores decisões serem tomadas na direção de manter a integridade dessas espécies e habitats.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
  Você também pode fazer sua parte, seja dando suporte à uma ONG  de seu conhecimento, ou trazendo a conservação de habitats à atenção de seus representante políticos e sociais!

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