Nossa vida é construída com base nas inúmeras relações que
constituímos e não há dúvidas de que o homem é um ser social. Essa
dinâmica é a mesma entre animais, porém com implicações mais profundas,
já participam de cadeias alimentares irretocáveis.
Os especialistas em conservação animal aprenderam sobre essas
interações ao estudar as espécies que estão tentando preservar. Para
promover a interconexão entre habitats de espécies protegidas, o
procedimento ideal é criar os chamados corredores ecológicos.
Esses corredores são passagens desenvolvidas especialmente para que
os animais de desloquem de um ponto a outro, não permanecendo como se
estivessem isolados em “ilhas”. Aqui vão algumas razões da importância
dessas “passarelas” para os bichos, segundo listado pelo TreeHuger:
1. Eles precisam viajar longas distâncias.
Espécies como lobos, ursos, linces, alces etc., necessitam de áreas
grandes o suficiente para suprir seus instintos de marcação de
território. Por isso, em reservas menores é fundamental que tenham um
caminho seguro até mesmo para ir para outras reservas, passando até
mesmo por fazendas. Eles precisam sentir que estão se deslocando.
2. Não existem corredores “padronizados”.
Cada corredor de vida selvagem deve preparado pensando na espécie que
mais o utilizará. Muitos fatores determinam quão atrativo será um
corredor para o animal: tipo de terreno, cobertura de vegetação,
incidência de neve, topografia, barreiras físicas, e com certeza, a
frequência de presença humana ao redor (incluindo odores e ruídos).
3. Proteção à diversidade genética
Um dos perigos do isolamento de habitats é que, com o tempo, a
diversidade genética será reduzida e cruzamentos entre animais da mesma
família vão resultar em baixa imunidade e problemas genéticos. É o mesmo
princípio em fazendas e florestas: monoculturas são muito mais
vulneráveis que policulturas. No mundo animal, variedade é igual
à robustez.
4. Corredores naturais ou criados?
Às vezes, corredores selvagens já estão presentes na natureza, como,
por exemplo, quando um vale entre duas montanhas faz o papel de afunilar
a passagem e direcionar espécies que acabam “migrando” de uma área a
outra. Em muitos casos, a diferenciação não existe e a natureza
necessita de nossa ajuda. Isso é o que ONG´s de conservação como a
National Wildlife Federation e a Nature Conservancy fazem. Veja alguns
exemplos de corredores artificiais:
- Paséo Pantera, conhecido também como corredor Biológico MesoAmericano ou Passeio do Jaguar
- Corredor Himalaio do Leste
- Corredor do tigre China-Russia
- Corredor do Tigre Tandai
- Cinturão Verde Europeu
- Corredor Siju-Rewak próprio para elefantes, localizado em Garo Hills na India
- Rede de corredores Ecologische Hoofdstructuur criado para a vida selvagem na Holanda
5. Os governos devem cumprir seu papel
Animais e plantas não se preocupam com limites territoriais. Muitos habitats se estendem aos
limites dos países e muitos importantes corredores atravessam essas
delimitações. Assim, é crucial a cooperação dos governos. Assim como o
trabalho em cooperação de legisladores com os especialistas para as
melhores decisões serem tomadas na direção de manter a integridade
dessas espécies e habitats.
Você
também pode fazer sua parte, seja dando suporte à uma ONG de seu
conhecimento, ou trazendo a conservação de habitats à atenção de seus
representante políticos e sociais!
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